10 julho, 2012

Presidenta da República lamenta morte de dom Eugênio

A presidenta Dilma Rousseff emitiu, nesta terça-feira, 10 de julho, uma nota de pesar pelo falecimento do cardeal dom Eugênio de Araújo Sales. Ela afirma que o arcebispo emérito do Rio de Janeiro "deixa seu nome inscrito na história da Igreja Católica pelo relevante papel que desempenhou em toda a sua vida".
Leia a nota:
"O cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, deixa seu nome inscrito na história da Igreja Católica pelo relevante papel que desempenhou em toda a sua vida. Em sua trajetória, a preocupação social sempre esteve associada ao trabalho eclesiástico, como bem sintetizam as Campanhas da Fraternidade, uma de suas iniciativas, que marcam a ação da igreja em todo o Brasil. Neste momento de pesar, levo minha solidariedade ao povo do Rio de Janeiro e a todos os admiradores, familiares e amigos de D. Eugenio.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Dom Anuar: Considerações sobre o censo 2010 sobre religião no Brasil

"Embora tenha perdido fieis em termos quantitativos, é cada vez maior o número de fieis qualitativos na Igreja Católica"
Da parte Católica, esses dados não surpreendem, já que essa realidade vem sendo percebida ao longo dos anos. A cultura brasileira foi profundamente marcada pelo catolicismo, sendo a Igreja absolutamente majoritária durante muitos anos. Ser católico era algo praticamente “natural”, já que toda a família era católica, a sociedade e a cultura eram católicas. Os católicos no Brasil nunca se preocuparam muito em ser missionários, já que quase todos acabavam sendo batizados no catolicismo. Daí, a preocupação católica era mais com os sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, matrimônio. Porém, para uma boa parte das pessoas, isso era algo mais cultural e social do que opcional, de modo que tínhamos, e ainda temos, muitos católicos batizados, mas não evangelizados. São os famosos “católicos não praticantes”.
Embora tenha perdido fieis em termos quantitativos, é cada vez maior o número de fieis qualitativos na Igreja Católica. As pessoas que participam hoje são muito mais conscientes e assumem o ser católico como algo de sua opção e não por imposição sócio-cultural. Isso é muito bom. Queremos ser uma Igreja de pequenas comunidades que se conhecem, que se respeitam e que se amam. Queremos principalmente que a experiência de Cristo leve a pessoa a uma opção fundamental pelo seu Evangelho e que isso a faça participante ativa da Igreja e comprometida com a vida em plenitude em todos os sentidos.
E é isso o que temos percebido: o crescimento do número de católicos por opção e de fato. Vale lembrar que...Leia na íntegra

Violência pode ter raiz nos castigos físicos na infância

Pesquisa realizada pela FAPESP em 11 capitais brasileiras revelou que mais de 70% dos 4.025 entrevistados apanharam quando crianças. Para 20% deles, a punição física ocorreu de forma frequente – uma vez por semana ou mais. A palmada, entretanto, não foi o castigo físico entre os que apanharam todos os dias. A agressão, segundo os relatos, variava entre castigos com vara, cinto, pedaço de pau e outros objetos capazes de provocar danos graves. Os entrevistados que relataram ter apanhado muito quando criança foram os que mais escolheram a opção "bater muito” em seus filhos caso esses apresentassem mau comportamento. Também foram os que mais esperariam que os filhos respondessem com violência caso fossem vítimas de agressão física na escola. Segundo os pesquisadores, os dados sugerem um ciclo perverso de uso de força física que precisa ser combatido. O levantamento foi feito em 2010 e divulgado no mês de junho pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.