30 novembro, 2021

Migrantes, o Papa: a falta de respeito das fronteiras minimiza a nossa humanidade

"Mercadorias", "pedras no tabuleiro de xadrez", "vítimas de rivalidades políticas". É "deplorável o tratamento reservado a milhares de migrantes no mundo hoje. A falta de respeito humano das fronteiras nos minimiza a todos em nossa humanidade".


A Mensagem de Francisco foi lida pelo cardeal Parolin pelos 70 anos da Organização Internacional para as Migrações: “É deplorável usar os migrantes como mercadoria e vítimas de rivalidades políticas”.

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

"Mercadorias", "pedras no tabuleiro de xadrez", "vítimas de rivalidades políticas". É "deplorável o tratamento reservado a milhares de migrantes no mundo hoje. A falta de respeito humano das fronteiras nos minimiza a todos em nossa humanidade". É o que afirma o Papa Francisco na mensagem de vídeo, lida pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, nesta segunda-feira (29/11), por ocasião dos 70 anos da Organização Internacional para as Migrações, principal organização intergovernamental no campo da migração, com sede em Genebra, na Suíça. Há dez anos, a Santa Sé é membro da Organização.


Histórias de desigualdades e desespero

Francisco exorta a uma mudança de perspectiva sobre o fenômeno da migração: "Não é apenas uma história de migrantes, mas de desigualdades, desespero, degradação ambiental, mudanças climáticas, mas também de sonhos, coragem, estudo no exterior, reunificação familiar, novas oportunidades, segurança e trabalho pesado, mas digno".

Além dos aspectos políticos e jurídicos das situações irregulares, nunca devemos perder de vista o rosto humano da migração e o fato de que, além das divisões de fronteiras geográficas, fazemos parte de uma única família humana.

"O debate sobre a migração não diz respeito realmente aos migrantes", enfatiza o Papa. "Não se trata apenas de migrantes: trata-se de todos nós, do passado, do presente e do futuro de nossas sociedades. Não devemos nos surpreender com o número de migrantes, mas vê-los todos como pessoas, olhando seus rostos e ouvindo suas histórias, tentando responder da melhor forma possível às suas situações pessoais e familiares únicas. Esta resposta requer muita sensibilidade humana, justiça e fraternidade".

A "tentação comum" de hoje de "descartar tudo o que incomoda" deve ser evitada. É um sintoma dessa "cultura do descarte" que se que opõe ao ensinamento da maioria das grandes tradições religiosas. Devemos "tratar os outros como desejamos ser tratados e amar o nosso próximo como a nós mesmos", não transcurando a hospitalidade ao estrangeiro. "Certamente", diz o Papa, "estes valores universalmente reconhecidos devem orientar o nosso tratamento dos migrantes na comunidade local e nacional".

Os migrantes enriquecem as comunidades que os hospedam

Devemos olhar não apenas para o que os Estados fazem para acolher os migrantes, mas também para "os benefícios que os migrantes trazem para suas comunidades que os hospedam e como as enriquecem", exorta o Papa.

Por um lado, nos mercados dos países de renda média-alta, a mão-de-obra migrante é muito procurada e bem-vinda como uma forma de compensar a escassez de mão-de-obra. Por outro lado, os migrantes são muitas vezes rejeitados e submetidos a comportamentos de ressentimento por muitas de suas comunidades anfitriãs.

Infelizmente, observa o Pontífice, "este padrão duplo decorre da predominância dos interesses econômicos sobre as necessidades e a dignidade da pessoa humana". Uma tendência exacerbada durante o "confinamento" por causa da Covid-19, "quando muitos trabalhadores 'essenciais' eram migrantes, mas não obtiveram os benefícios dos programas de assistência financeira da Covid ou acesso aos cuidados básicos de saúde ou às vacinas contra a Covid".

Saídas legais para situações irregulares

À luz desses dramas cotidianos, o Papa ressalta "a necessidade urgente de encontrar formas dignas de sair de situações irregulares".

O desespero e a esperança sempre prevalecem sobre as políticas restritivas. Quanto mais rotas legais houver, é menos provável que os migrantes sejam atraídos para as redes criminosas de traficantes de pessoas ou que sejam explorados e abusados no decorrer de sua migração.

Benefícios negados

Neste sentido, a questão da integração é "fundamental", o que "implica um processo bidirecional, baseado no conhecimento recíproco, abertura mútua, respeito das leis e da cultura dos países anfitriões num verdadeiro espírito de encontro e enriquecimento recíproco".

A família migrante é um componente crucial das comunidades em nosso mundo globalizado, mas em muitos países aos trabalhadores migrantes são negados os benefícios e a estabilidade da vida familiar por causa de impedimentos legais.

"O vazio humano deixado quando um genitor emigra sozinho é um forte apelo ao dilema paralisante de ser obrigado a escolher entre emigrar apenas para alimentar sua família ou desfrutar do direito fundamental de permanecer em seu país de origem com dignidade", ressalta Francisco.

Uma escolha consciente, não uma necessidade desesperada

Daí o convite à Comunidade internacional para "enfrentar urgentemente as condições que dão origem à migração irregular, tornando a migração uma escolha consciente e não uma necessidade desesperada".

A maioria das pessoas que podem viver decentemente em seus países de origem não se sentiria obrigada a migrar irregularmente. São necessários esforços urgentes para criar melhores condições econômicas e sociais para que a migração não seja a única opção para quem busca paz, justiça, segurança e pleno respeito pela dignidade humana.

Uso excessivo das redes sociais pode levar a uma realidade ficcional

Segundo a professora Henriette Tognetti Penha Morato, nas redes as pessoas buscam alterar virtualmente o que não consideram satisfatório na vida real


O Instagram é uma das maiores plataformas de mídias sociais do mundo. Os jovens são os que mais utilizam. Segundo dados da Pew Research Center, 64% das pessoas entre 18 e 29 anos possuem um perfil na rede. São mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês. Apesar da popularidade, o Instagram foi eleita a rede social mais tóxica para a saúde mental de seus usuários. É o que diz o estudo realizado em 2017 pela entidade de saúde pública do Reino Unido. Entre os principais problemas relatados no estudo pelos usuários estão ansiedade, depressão, solidão, baixa qualidade de sono, autoestima e dificuldade de relacionamento fora das redes.

A professora Henriette Tognetti Penha Morato, do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da USP, informa que o uso intenso das redes sociais suga os usuários e leva a uma elaboração ficcional da realidade. Nas redes, as pessoas buscam alterar virtualmente o que não consideram satisfatório na vida real: “Cada um tenta dizer as coisas da maneira como vê e às vezes provoca para ver como é que vão reagir. É uma distorção criada para modificar a própria realidade com a qual não se está satisfeito ou criada para provocar alguma coisa”.

O psiquiatra Cristiano Nabuco, coordenador do grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, informa que, quanto mais se busca a perfeição nas redes sociais e se negligencia a vida real, mais infeliz o usuário pode se sentir. “Oitenta e cinco por cento de todas as fotografias que são postadas são editadas. Isso é um problema, porque se desenvolve uma autoestima virtual e não pessoal, e quanto mais o indivíduo busca se equiparar a essa vida paralela, mais infeliz ele vai se sentir na vida real.”

Conforme Henriette, para manter a saúde mental, é importante não se restringir ao mundo on-line e observar as possibilidades que existem na vida real. “Há outras possibilidades para se explorar e estamos nos restringindo ao virtual, ao ficcional, às redes, às séries. Estamos quase nos tornando robôs de nós mesmos, estamos perdendo a possibilidade de descobrir o mundo à nossa volta com olhares mais contemplativos e não tão pretensiosos de se dar a ver, de desempenho, de produtividade, de ser chamado ou visto”, finaliza.

15 novembro, 2021

Proclamação da República


Não é uma festa porque vivemos em uma república que ainda não pratica valores republicanos.

Em uma verdadeira republica precisa existir os princípios de igualdade.

Neste dia de Proclamação da República do Brasil reafirmamos a necessidade de governos republicanos que colocam ênfase no interesse comum e da comunidade em oposição aos interesses privados e particulares.

Ano de 1889, dia 15 de novembro, um grupo de militares liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca destituiu o imperador Pedro II e instalou um governo provisório republicano.

Embora a historiografia tradicional ainda dê conta de que Deodoro da Fonseca foi o líder desse movimento, sabe-se que, de fato, a República é proclamada na Câmara-Geral do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, e que esse teria sido apenas o ponto alto de um longo movimento republicano.

Existe correntes que defendem que o processo republicano brasileiro inicia em 1817, quando a Revolução Pernambucana explode como uma revolta contra os exageros para manter a Família Real vinda de Portugal, em 1808.

Que o nosso Deus nos ajude a construir um Estado Social de Direito democrático e participativo.

Jornada Mundial dos Pobres 2021 - Mensagem de Dom Frei Severino Clasen

13 novembro, 2021

Ney Matogrosso - Rosa de Hiroshima | 28º Prêmio da Música Brasileira (2017)

 

A ROSA DE HIROXIMA

Pensem nas crianças Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres Rotas alteradas 
Pensem nas feridas Como rosas cálidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroxima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A antirrosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 

 Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro: ‘Antologia Poética’ – 1954)

12 novembro, 2021

"Esperança e resistência partilhadas"

Segue uma provocação

Eis a missão de nossas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs, conforme nos ensina o nosso querido e amado profeta Papa Francisco:

"Esperança e resistência partilhadas"

“É precisamente isto que considero um grande tesouro, porque não há nada, mas o que temos nos foi dado pela Providência (...) Este é o ensinamento que São Francisco nos dá: saber contentar-se com o pouco que temos e partilhá-lo com os outros (...)”.

São Francisco “(...) nunca teria pensado que o Senhor lhe pedisse para dar a sua vida para renovar não a igreja feita de pedras, mas a de pessoas, de homens e mulheres que são as pedras vivas da Igreja (...)”.

As nossas CEBs, são pedras vivas da Igreja
O quão próximo, o quão aberto, o quão dispostos nós estamos das CEBs para que elas sejam pedras vivas da Igreja?

São Francisco “(...)“recolhia-se (...) em silêncio e escutava o Senhor, o que Deus queria dele. Também nós (...)queremos pedir ao Senhor que ouça o nosso grito e venha em nosso auxílio. Não esqueçamos que a primeira marginalização de que os pobres sofrem é espiritual. ”

Acolher para amar, cuidar e caminhar junto
O quão próximo, o quão aberto, o quão dispostos nós estamos das CEBs para que elas sejam Acolhedora, uma samaritana a serviço da vida?

“Acolher significa abrir a porta, a porta da casa e a porta do coração, e permitir (àquelas) àqueles que batem à porta de entrar. E que podem sentir-se à vontade, sem medo. Onde existe um verdadeiro sentido de fraternidade, existe também a experiência sincera de acolhimento”

Ir ao encontro
O quão próximo, o quão aberto, o quão dispostos nós estamos das CEBs para que elas sejam peregrina indo ao encontro?

“Encontrar-se é a primeira coisa, ou seja, ir ao encontro uns dos outros com o coração aberto e a mão estendida. Sabemos que cada um de nós precisa do outro, e mesmo a fraqueza, se experimentada em conjunto, pode tornar-se uma força que melhora o mundo”.

Vencer a hipocrisia e os que ela sustenta e gera dor, sofrimento e exclusão
O quão próximo, o quão aberto, o quão dispostos nós estamos das CEBs para que elas sejam profetas da transformação das injustiças?

“Hipocrisia dos que querem se enriquecer para além das medidas, se coloca a culpa sobre os ombros dos mais fracos. É tempo que seja restituída a palavra aos pobres, porque durante demasiado tempo os seus pedidos não foram ouvidos. É tempo que se abram os olhos para ver o estado de desigualdade em que vivem tantas famílias. É tempo de arregaçar as mangas para restituir dignidade através da criação de empregos. É tempo que se volte a se escandalizar diante da realidade de crianças famintas, escravizadas, tiradas das águas quando naufragam, vítimas inocentes de todo o tipo de violência. É tempo que cessem as violências contra as mulheres e as mulheres sejam respeitadas e não tratadas como mercadoria. É tempo que se rompa o círculo da indiferença para retornar a descobrir a beleza do encontro e do diálogo”.

Testemunho que transforma
O quão próximo, o quão aberto, o quão dispostos nós estamos das CEBs para que elas sejam corajosas, sinceras, exemplo, testemunho que encanta, cativa e transforme?

As pessoas simples, pobres, marginalizadas são testemunhas vivas de coragem e sinceridade

“Coragem, porque quiseram partilhar com todos nós, mesmo que façam parte da sua vida pessoal; sinceridade, porque se mostraram como são e abriram o seu coração com o desejo de serem compreendidos. (...) “Percebi um grande sentido de esperança. A marginalização, o sofrimento da doença e da solidão, a falta de muitos meios necessários não os impediu de olharem com os olhos cheios de gratidão para as pequenas coisas que lhes permitiram de resistir (...)”. Resistir além da esperança: “ (...) deriva da esperança. O que significa resistir? Ter a força para continuar apesar de tudo. A resistir não é uma ação passiva, pelo contrário, requer coragem para empreender um novo caminho sabendo que dará frutos”.


Rezemos juntos, "Senhor (...) nos ajude sempre a encontrar a serenidade e a alegria. (...) São Francisco ensina-nos a alegria que vem de olhar para quem está próximo como a um companheiro de viagem que nos compreende e nos apoia, tal como nós somos para ele ou ela”.

Um beijo carinhoso no seu coração.

04 novembro, 2021

As pessoas que sofrem de depressão - O Vídeo do Papa - Novembro de 2021

A sobrecarga de trabalho e o estresse laboral fazem com que muitas pessoas experimentem uma exaustão extrema, um esgotamento mental emocional, afetivo e físico.

A tristeza, a apatia, o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas que estão sobrecarregadas com o ritmo de vida atual. Procuremos estar perto (daquelas) daqueles que estão esgotados, daqueles que estão desesperados, sem esperança muitas vezes simplesmente escutando em silêncio porque não podemos chegar e dizer a uma pessoa, "não, a vida não é assim. Escuta-me vou te dar a receita". Não existe receita.

 E, além disso, não esqueçamos que, junto com o imprescindível acompanhamento psicológico útil e eficaz, as palavras de Jesus também ajudam. 

Vem-me à mente e ao coração: "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso". 

Rezemos para que as pessoas que sofrem de depressão ou de esgotamento extremo recebam o apoio de (todas) todos e recebam uma luz que as abram à vida.


 

02 novembro, 2021

“Catequese Permanente” – Sínodo para Sinodalidade

A convite das CEBs da Arquidiocese de Maringá, uma catequese com o tema "Sínodo para Sinodalidade" 

Com Celso Pinto Carias 

Doutor em Teologia pela PUC-Rio. Assessor da Ampliada Nacional das CEBs e do Setor CEBs da Comissão Pastoral Episcopal para o Laicato da CNBB.


 

01 novembro, 2021

Papa: as Bem-aventuranças são a profecia de uma nova humanidade

“As Bem-aventuranças, portanto, são a profecia de uma nova humanidade, de uma nova maneira de viver: fazer-se pequeno e confiar-se a Deus, em vez de emergir sobre os outros; ser mansos, em vez de tentar impor-se; praticar a misericórdia, em vez de pensar somente em si mesmo; comprometer-se com a justiça e a paz, em vez de alimentar, mesmo com a conivência, injustiças e desigualdades”



No Angelus da Festa de Todos os Santos o Papa Francisco falou sobre dois aspectos que levam ao Reino de Deus e à felicidade seguindo as Bem-Aventuranças: a alegria e a profecia. “As Bem-aventuranças são a profecia de uma nova humanidade, de uma nova maneira de viver: fazer-se pequeno e confiar-se a Deus, em vez de emergir sobre os outros”.


No Angelus desta segunda-feira, 1° de novembro celebração de Todos os Santos, o Papa Francisco falou sobre a mensagem de Jesus no capítulo 5 do Evangelho de Marcos sobre as Bem-Aventuranças. Explicando que elas nos mostram “o caminho que leva ao Reino de Deus e à felicidade”. E se concentrou em dois aspectos: a alegria e a profecia.


Alegria


Ao falar sobre a alegria o Papa recordou que Jesus começa com a palavra "Bem-aventurados" (Mt 5,3). Explicando em seguida porque somos bem-aventurados aos encontrar Jesus:


“É o anúncio principal, de uma felicidade sem precedentes. As bem-aventuranças, a santidade, não é um programa de vida feito apenas de esforço e renúncia, mas é sobretudo a alegre descoberta de ser filhos amados por Deus. Não é uma conquista humana, é um dom que recebemos: somos santos porque Deus, que é o Santo, vem habitar em nossas vidas. Por isso, somos bem-aventurados!”


Recordando em seguida que: “Sem alegria, a fé torna-se um exercício rigoroso e opressivo, e corre o risco de adoecer de tristeza”. E concluiu este aspecto com uma sugestão:


“Perguntemo-nos o seguinte: somos cristãos alegres? Espalhamos a alegria ou somos pessoas maçantes e tristes, com uma expressão fúnebre? Lembremo-nos: não há santidade sem alegria!”


Profecia


Em seguida o Papa falou sobre o outro aspecto, ou seja, a profecia afirmando:


"As Bem-aventuranças são dirigidas aos pobres, aos aflitos, aos famintos por justiça. É uma mensagem contracorrente”, explica porque enquanto o mundo diz que “para ter felicidade é preciso ser rico, poderoso, sempre jovem e forte”. “Jesus derruba estes critérios e faz um anúncio profético":


“A verdadeira plenitude de vida é alcançada seguindo-O, e praticando a Sua Palavra. E isto significa ser pobre por dentro, esvaziando-se para dar lugar a Deus”


Depois de afirmar que os ricos por se considerarem autossuficientes se fecham a Deus, os pobres “permanecem abertos a Deus e ao próximo”. Assim, afirmou, o pobre encontra a alegria.


“As Bem-aventuranças, portanto, são a profecia de uma nova humanidade, de uma nova maneira de viver: fazer-se pequeno e confiar-se a Deus, em vez de emergir sobre os outros; ser mansos, em vez de tentar impor-se; praticar a misericórdia, em vez de pensar somente em si mesmo; comprometer-se com a justiça e a paz, em vez de alimentar, mesmo com a conivência, injustiças e desigualdades”


“A santidade está em aceitar e colocar em prática, com a ajuda de Deus, esta profecia que revoluciona o mundo”.


Também neste aspecto o Santo Padre concluiu seu pensamento fazendo com que nos interroguemos:


“Sou testemunha da profecia de Jesus? Eu expresso o espírito profético que recebi no Batismo? Ou eu me conformo com o conforto da vida e com minha própria preguiça, pensando que tudo está bem se estiver bem comigo? Levo ao mundo a alegre novidade da profecia de Jesus ou as habituais queixas sobre o que está errado?


Francisco conclui o Angelus desejando “que a Santíssima Virgem nos dê algo de sua alma, aquela alma abençoada que alegremente engrandeceu o Senhor, que ‘derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes’.”


Fonte: Vatican News - Jane Nogara

O tempo passa!

Há dois anos, primeiro de novembro de dois mil e dezenove, em uma noite bonita, dia das santas e santos de Deus minha Santa mãezinha foi levada por Ele para com Ele viver a eternidade.

Ao levar minha mãezinha para juntar-se as suas santas e santos deixou-me as lembrança, o amor e a saudade.

Papa Francisco nos ensina que a ternura de Deus é tanto que, "Parece que o nosso Deus quer cantar para nós uma canção de ninar. O nosso Deus é capaz disso."

A ternura de Deus é a força que não nos deixa abater pela dor da saudade.

As santas e santos encontraram no Senhor força para levantar-se sempre e prosseguir no caminho!


 
Dia de toas as Santas e Santos

As santas e santos são amigos de Jesus e porque o amam de todo o coração, aceitaram viver seus ensinamentos, ocupando-se mais particularmente daquelas e daqueles que sofrem ou que são diferentes. É por isso que as santas e santos são, muitas vezes, amigos dos pobres e marginalizados.

Santas e santos que vivem com o nosso Deus na eternidade as bem-aventuranças no discurso de Jesus da Montanha, conforme Evangelho de Mateus (5,1-12).

“Os Santos e as Santas de todos os tempos, que hoje celebramos todos juntos, não são simplesmente símbolos, seres humanos distantes, inalcançáveis. Ao contrário, são pessoas que viveram com os pés na terra; experimentaram o cansaço cotidiano da existência com os seus sucessos e fracassos, encontrando no Senhor a força para se levantar sempre e prosseguir no caminho” (Papa Francisco)