15 junho, 2018

Marco Referencial da Missão: Caminhos para uma “Igreja em Saída” - Arquidiocese de Maringá






Marco Referencial da Missão: Caminhos para uma “Igreja em Saída” 

Hoje apresentarmos o Marco Referencial da Missão ao arcebispo da Arquidiocese de Maringá, dom Anuar Battisti.

Na última Assembléia Arquidiocesana, foi escolhida como 2ª prioridade “A Missão”, tendo como projeto “Igreja em saída – Comunidades em estado permanente de missão”.

Como primeiro fruto desta Prioridade, o Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), com a participação da Infância e Adolescência Missionária e da Juventude Missionária, em parceria com a Coordenação Arquidiocesana da Ação Evangelizadora, as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) e a Escola de Evangelização Santo André, propõe este subsídio, que busca orientar as paróquias, com seus CPP’s e toda a Pastoral, no caminho que deve ser feito, isto é, na reflexão sobre a Dimensão Missionária da Igreja e a implantação do Conselho Missionário Paroquial (COMIPA).

Na busca de “proporcionar condições para que as CEBs e outras comunidades se tornem cada vez mais lugar de encontro com Jesus Cristo [...], a partir de uma proposta que contemple a Pastoral Ordinária/ Manutenção, a Reevangelização e a Missão Ad Gentes” (24º PAE, p.57), queremos oferecer um subsídio (Marco Referencial) que ajude as paróquias a assumirem a identidade missionária, a partir da consciência de que “a Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes [...]” (DAp n.30).

É certo que há “uma real interdependência entre as diversas atividades salvíficas da Igreja: cada uma influi sobre a outra, estimula-a e a ajuda” (RM 34b). Sob esta ótica, vimos que a melhor forma de otimizar a dimensão missionária em nossa Arquidiocese é implantando e fortalecendo o COMIPA – que já é proposta do 24º Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá – em cada paróquia, partindo da estrutura que já existe: as CEB’s. 

Como Implantar o COMIPA - Sobre as CEB’s e o seu coordenador

A maioria das nossas paróquias já está organizada a partir das CEB’s. Cada CEB’s tem seu coordenador, que, ajudado pelos que fazem o CPC (Conselho Pastoral da Comunidade), desenvolve as propostas firmadas pelo CPP (Conselho Pastoral Paroquial), do qual é membro, e anima a comunidade a tornar-se cada vez mais discípula e missionária de Jesus Cristo. Assim, propomos que o coordenador de cada CEB’s, na impossibilidade deste, outra pessoa indicada por ele e confirmada pelo pároco seja membro efetivo do COMIPA.

Em algumas paróquias, já existe uma “certa” organização de COMIPA. A esse grupo existente, os coordenadores das CEB’s serão inseridos e assim, será efetivado o Conselho Missionário Paroquial. 

O objetivo é que a atividade missionária aconteça a partir das CEB’s como algo vivo, dinâmico e permanente, através do fortalecimento da vocação missionária nas comunidades de base. A cultura do encontro, característica da missão, acontecerá em um movimento dinâmico de chegada (acolhida) e saída (anúncio) a partir da periferia, pois é ali que encontramos o verdadeiro rosto de Jesus que, vivendo entre os pobres, se fez presente em suas dificuldades cotidianas. 

Pretende-se, portanto, que seja nas CEBs e através de seus agentes, animados pelo COMIPA, que se possa fazer sentir e ressoar ao irmão mais próximo e àquele que se afastou o anúncio da Palavra viva de Cristo, de tal forma que desperte o desejo de partir e anunciar esta Palavra para muito além das fronteiras paroquiais, tornando forte a missão Ad Gentes. 

O subsídio consta de cinco partes que, de forma sucinta e clara, procuram iluminar a proposta de um modo de ser “Igreja em saída”: 

Na primeira parte, apresentamos a Ação Missionária da Igreja, baseada nas Sagradas Escrituras, nos Documentos do Magistério e no texto do 24º Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá. Na segunda parte, buscamos apresentar a caminhada que já se tem feito, no tocante à missionariedade, em nossa Arquidiocese. Na terceira parte, focamos na Ação Missionária dentro da Paróquia, tendo como meta esclarecer a função do COMIPA – o que é, o que faz, como se cria... – por meio de uma proposta conversada e refletida com os padres da Coordenação da Ação Evangelizadora e assumida com positividade pela Coordenação Arquidiocesana das CEB’s e da Escola de Evangelização Santo André. Na quarta parte, esclarecemos o objetivo deste marco referencial e o que ele trará de avanço para a Igreja, inclusive na sua estrutura. Por fim, na quinta parte, a título de conhecimento, anexamos informações sobre as equipes que se empenharam e estão dispostas a trabalhar para a execução desta proposta.

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Denuncie "disque 100"


O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), tem como objetivo criar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, já há muito, colocou à disposição o “Disque 100” – Ao chamar, o Departamento atende é Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos que receberá e examinará as denúncias e reclamações de atos que envolvam violações aos Direitos Humanos, podendo agir de ofício, atuando diretamente ou em articulação com outros órgãos públicos e organizações da sociedade. As denúncias poderão ser anônimas ou, quando solicitado pelo denunciante, é garantido o sigilo da fonte das informações.

II Dia Mundial dos Pobres: convite para redescobrir a beleza do Evangelho

Um convite para redescobrir a beleza do Evangelho: assim pode ser interpretada a mensagem do Papa Francisco elaborada já tendo em vista o II Dia Mundial dos Pobres, que este ano se celebra em 18 de novembro, no 33º Domingo do Tempo Comum.


O tema da mensagem foi extraído do Salmo 34: "Este pobre grita e o Senhor o escuta".
E Francisco assim o comenta na Mensagem:

"As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres', diz.

Os três verbos...

Desta oração, diz o Pontífice, emerge o sentimento de abandono e de confiança num Pai que escuta e acolhe.

São três os verbos que dão ênfase e caracterizam este salmo. Neles estão contidas a atitude do pobre e sua relação com Deus. 
"Gritar", "responder", "libertar" são as três ações que caracterizam a relação pobre / Deus.

"Gritar"


O Papa falou do verbo "gritar". Para ele, a condição de pobreza não se esgota numa palavra. 
"Gritar" é mais que isso. A palavra transforma-se em um grito que atravessa os céus e chega até Deus.

Num Dia como este, todos nós somos chamados a fazer um sério exame de consciência, de modo a compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres, pois é do silêncio da escuta que precisamos para reconhecer a sua voz

"Responder"

Responder é o outro verbo que caracteriza esse salmo.

O Salmista afirma que o Senhor não só escuta o ‘grito' do pobre, mas Ele ‘responde'.

E sua resposta é uma ação repleta de amor e comiseração para com a condição do pobre.

Deus transforma-se num apelo para que quem acredita , n'Ele possa proceder de igual modo, dentro das limitações do ser humano.

Francisco descreve, então, em sua Mensagem que "O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta que, de toda a Igreja, dispersa por todo o mundo, é dirigida aos pobres de todos os tipos e de todas as terras para que não pensem que o seu grito tenha caído no vazio.

Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e, contudo, pode ser um sinal de partilha para com os que estão em necessidade, para sentirem a presença ativa de um irmão e de uma irmã".

Libertar

O pobre da Bíblia vive com a certeza que Deus intervém a seu favor para lhe restituir a dignidade.

A pobreza não é procurada, mas é criada pelo egoísmo, pela soberba, pela avidez e pela injustiça. E estes são males tão antigos como o homem.

Mas, mesmo assim continuam a ser pecados que implicam tantos inocentes, conduzindo a consequências sociais dramáticas.
Francisco cita a falta de meios elementares de subsistência, a marginalidade, as diversas formas de escravidão social apesar dos progressos levados a cabo pela humanidade...

E é aqui que entra o verbo "libertar".

"Quantos pobres, como Bartimeu, estão hoje à beira da estrada e procuram um sentido para a sua condição! ", escreve Francisco.

Habilitados para reconhecer a presença de Deus...

Então, o Papa Francisco denuncia em sua Mensagem a aversão aos pobres, considerados não apenas como pessoas indigentes, mas também como gente que traz insegurança, instabilidade e desorientação.

Enquanto, na verdade, afirma Francisco, os pobres são os primeiros a estar habilitados para reconhecer a presença de Deus e para dar testemunho da sua proximidade na vida deles.

Um dia de alegria

Francisco manifesta o desejo de que este Dia seja celebrado com a marca da alegria pela redescoberta capacidade de estar juntos:

"Rezar juntos em comunidade e partilhar a refeição no dia de domingo. Uma experiência que nos leva de volta à primeira comunidade cristã."

O Evangelho é belo

É de esperança a palavra com a qual Francisco conclui sua mensagem:

"Muitas vezes, são os pobres que colocam em crise a nossa indiferença, filha de uma visão da vida demasiado imanente e ligada ao presente. (...) É na medida em que somos capazes de discernir o verdadeiro bem que nos tornamos ricos diante de Deus e sábios diante de nós mesmos e dos outros. É na medida em que se consegue dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza, cresce-se em humanidade e torna-se capazes de partilha".

As palavras finais do Pontífice vem em forma de um convite para que toda a Igreja a viva este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização.

"Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair no vazio esta oportunidade de graça. " (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)