25 agosto, 2023

Padre João Caruana será nome de Praça em Sarandi

Padre João Caruana será nome de Praça em Sarandi

No próximo sábado, 26, será inaugurada a Praça João Caruana, localizada na estrada Mauro Trindade, Jardim Aurora 4, em Sarandi. A solenidade de inauguração, com bênção, será às 9h.



A lei municipal, de autoria dos vereadores Eunildo Zanchim e Fábio de Souza Silveira, foi promulgada no dia 15 de agosto pelo prefeito de Sarandi, Walter Volpato.

Padre João Caruana faleceu no dia 28 de junho de 2022, aos 81 anos. Nasceu em 03 de junho de 1941, na cidade de Mosta, em Malta. Foi ordenado padre em sua terra natal no dia 11 de março de 1967.

O presbítero chegou ao Brasil em 1984 e trabalhou nas paróquias Santa Terezinha do Menino Jesus, Nossa Senhora das Graças e São Paulo Apóstolo, em Sarandi, São Silvestre em Maringá e por dois anos foi missionário na Diocese Guajará-Mirim em Rondônia – “Igreja Irmã” da Arquidiocese de Maringá, dentro do projeto “Igrejas Irmãs”, da CNBB.

Padre Caruana exerceu relevante trabalho com as Comunidades Eclesiais de Base e pastorais sociais.


Fonte do texto: Site da Arquidiocese de Maringá.


CEBs - Projeto Iniciação à Vida Cristã (IVC)

Arquidiocese de Maringá

CEBs - Projeto IVC
Formação: Introdutora e introdutor

Região Pastoral Sarandi Nossa Senhora das Graças
24/08/2023



Paglia: a economia deve ser regulada pela lógica da solidariedade, menos desperdício


Paglia: a economia deve ser regulada pela lógica da solidariedade, menos desperdício

O presidente da Pontifícia Academia para a Vida falou em uma conferência da FAO em Santiago, Chile, destacando que, para enfrentar o triste fenômeno do desperdício de alimentos, os agentes econômicos devem reconhecer sua responsabilidade social e a interconexão que existe entre todos os indivíduos. Mas também precisamos de dados concretos e mudanças nos hábitos alimentares.

Tiziana Campisi – Vatican News


O desperdício de alimentos marca o destino de milhões de pessoas, e a questão da alimentação não pode ser abordada apenas em uma lógica puramente econômica e de mercado. Isso foi enfatizado por dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, falando na conferência "Prevenir e reduzir a perda e o desperdício de alimentos no contexto da segurança alimentar e nutricional. Um desafio intersetorial", organizada em Santiago, Chile, nesta quinta-feira, 24 de agosto, na sede da Representação da FAO para a América Latina e o Caribe. O prelado, que está na América Latina desde quarta-feira para uma viagem que, até 30 de agosto, incluirá paradas na Argentina e no Chile, abordou o tema lembrando, em primeiro lugar, o que o Papa Francisco disse em 18 de maio de 2019 em seu discurso à Federação Europeia de Bancos de Alimentos: "desperdiçar alimentos significa descartar pessoas", acrescentando que esse descarte de pessoas "é intolerável, insuportável, execrável, uma fonte de imensa vergonha" e que todos são "responsáveis diante de Deus e diante da história".

Desperdício de alimentos e subnutrição

Embora o desperdício de alimentos na América Latina tenha uma porcentagem baixa, cobrindo apenas 6% do desperdício mundial de alimentos, há, no entanto, 47 milhões de pessoas subnutridas no continente, disse dom Paglia, ressaltando que a taxa de subnutrição aumentou nos últimos anos, mas que os 69 kg de alimentos desperdiçados anualmente por cada habitante - um número registrado pela ONU - poderiam contribuir significativamente para a nutrição de 30 milhões dessas pessoas. Há situações trágicas em alguns países, acrescentou o prelado, que relatou uma visita que fez ao Haiti há dois anos e às favelas da capital Porto Príncipe, onde encontrou "pessoas inchadas com alimentos não saudáveis ou atormentadas por uma desnutrição crônica". "Como é possível continuar a fingir que nada está acontecendo, a suportar isso, a não fazer nada?", foi sua amarga reflexão, com um convite "a enfrentar a questão com seriedade e responsabilidade".

A lógica da solidariedade

Ocorre que a estrutura econômica na qual se baseia a produção, a distribuição e o processamento de alimentos "excede, é maior", mas "a economia não pode ser considerada como um fim em si mesma", observou dom Paglia, "mas como um meio a serviço da vida das pessoas e da construção de uma sociedade justa". O Papa Francisco havia apontado isso em sua Mensagem para o Dia da Alimentação de 2021, escrevendo que "a luta contra a fome exige a superação da lógica fria do mercado, focada avidamente no mero benefício econômico e na redução dos alimentos a uma mercadoria como tantas outras, e o fortalecimento da lógica da solidariedade". Esta última, observou o prelado, deve levar à consideração de que "toda experiência humana, inclusive a econômica, se insere e coopera na construção de uma família humana fraterna", como o próprio Pontífice afirmou na Fratelli tutti Fratelli tutti. Portanto, para os agentes econômicos, isso significa reconhecer "a responsabilidade social de seu trabalho, a interconexão entre diferentes sujeitos, o cuidado com as pessoas e com o mundo em que habitam".

Três caminhos para não desperdiçar

Para o presidente da Pontifícia Academia, "para que ninguém fique excluído da mesa da vida", há "três caminhos concretos de trabalho" a serem seguidos. Em primeiro lugar, relatar os dados sobre o desperdício de alimentos e, portanto, avaliar "o peso social desse fenômeno", em relação ao qual "não é indiferente o número de horas de trabalho desperdiçadas ou o custo energético de tais atividades não concluídas", de modo que também seria necessário "dizer qual é a perda em termos sociais e humanos por trás do desperdício de um produto agrícola". Em segundo lugar, é necessário analisar toda a cadeia alimentar, continuou dom Paglia, porque "o desperdício de alimentos só pode ser enfrentado por meio de uma visão abrangente da realidade", portanto, é preciso considerar "a grande distribuição organizada de supermercados e mercados informais ao longo das estradas, as tecnologias mais refinadas e as mais antigas sabedorias camponesas".

Por fim, é necessário "mostrar o valor do alimento e da mesa". Esse é o caminho cultural. "Precisamos de uma abordagem responsável, até mesmo espiritual", disse o prelado, ressaltando que estudos "mostram que um dos principais passos para reduzir o desperdício de alimentos é a educação, que permite a mudança de práticas domésticas que, de outra forma, seriam prejudiciais". "Se uma pessoa está ciente da dignidade e da bondade de si mesma, de seus entes queridos e dos bens que tem à sua disposição", concluiu dom Paglia, "então ela desperdiça menos e faz da alimentação um ato profundamente humano".

Fonte: Vatican News