08 maio, 2010

Reflexão: Mãe!

MÃE
Maio é o mês de Maria e é também o mês da mães.
É um momento oportuno para refletimos sobre a figura da mãe e a sua importância na sociedade de hoje. É fato que no mundo em que vivemosesta questão está muito complicada.
Vivemos em uma sociedade onde a figura da família em geral está um tanto quanto deturpada e com isso a figura da mãe igualmente.
São muitos os problemas: é comum vermos o desrespeito com relação às mães, por parte dos filhos que muitas vezes nem sequer escutam o que a mãe diz, a mãe se torna assim uma escrava que está ali pra servir e dar de tudo na mão isso quando não é reduzida a um simples objeto, o abraço, o beijo, dizer “eu te amo”, pedir a bênção então, saiu de moda e assim saiu de moda também a mãe.O único mandamento da Lei de Deus que vem acompanhado de uma promessa é “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá” (Êxodo 20,12).A Palavra de Deus diz “Honra”. Ele não diz apenas para obedecer ou atender, mas honrar. Segundo o Dicionário Aurélio, honrar significa “Conferir honra; dar crédito ou merecimento a (…) Cobrir de honra; distinguir com honrarias; dignificar, enobrecer, estimar, respeitar, acatar; venerar, lisonjear”.
Quantos adjetivos! Honrar é colocar o outro em lugar de honra. É agradá-lo e acatá-lo mesmo quando não concordamos. É bem mais que obedecer.Com tudo isso não é difícil perceber o porquê de tantos problemas no mundo de hoje, alguém que não honra a própria mãe como respeitará qualquer outro tipo de princípio ético ou moral.Também não é difícil perceber a solução para tudo isso, está no amor. O amor é a resposta, dada pela mãe que aceita gerar uma vida, pela grande Mãe de Deus, Maria, que aceitou ser a mãe do Salvador. Assim poderemos dizer Feliz dia das Mães, não só com a boca, mas com atitude de filhos melhores para um mundo melhor.

Ronaldo Kois

O difícil caminho do povo Tupinambá na reconquista da terra

Na madrugada de 10 de março, por volta das duas horas, três homens armados, camuflados e não identificados invadiram a casa do cacique Babau, o algemaram e o levaram. Sua irmã, Magnólia Jesus da Silva, ainda o avistou ser levado pelos três homens mato adentro pela serra do Padeiro.
Sem saber o paradeiro do cacique ou quem o havia carregado, a notícia de que ele estava preso na delegacia da Polícia Federal de Ilhéus chegou até a família somente seis horas depois. “Até as oito da manhã, estávamos apavorados. Não sabíamos o que tinha acontecido. Para onde ele tinha sido levado ou quem tinha levado”, lembra Magnólia.
A única testemunha ocular da prisão é o filho de Babau, “Tiri”, de três anos, que dormia no mesmo quarto. “Meu filho ficou traumatizado, não quer comer, emagreceu muito. Ficou introvertido e só falava da prisão do pai. Quando chega um carro estranho, ele estranha e imagina ser da polícia”, lamenta Joscelia Santos da Silva, professora indígena e mãe de Tiri.
Hoje, preso há mais de 1.300 km de sua casa na serra do Padeiro, aldeia Tubinambá, município de Buerarema, Rosivaldo, mais conhecido como cacique Babau, envia cartas à sua família e sua comunidade aconselhando a continuarem na luta.
Dez dias depois, Givaldo Ferreira da Silva, irmão de Babau, foi preso com base nas mesmas acusações: crime contra a paz pública e formação de quadrilha ou bando, o que provocou a prisão preventiva dos dois ainda na fase de investigação do inquérito policial.
“Quadrilha ou bando é, por sinal, o clássico crime imputado às lideranças de movimentos sociais, porque permite enquadrar a conduta delas na previsão legal do tipo penal que é: ‘Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes’. Comete-se, assim, a insensatez jurídica de achar que, ao se juntarem para ocupar uma fazenda no intuito de pressionar o governo para demarcar uma área, os índios estão formando uma quadrilha para cometer delitos. O juiz raciocina da mesma forma com que julga um grupo de mais de três pessoas que se associam para roubar um banco”, esclarece Luciano Reis Porto, advogado de defesa dos dois irmãos e assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
“A mídia vem, a gente dá entrevista, mas nunca sai o que dissemos. Essa menina mesmo da revista foi muito bem tratada. Teve a chance de conhecer nossa comunidade, nossas produções, nossas casas de farinhas, a escola, nossas crianças. Aproveitou de toda nossa hospitalidade. Mas mentiu, desviou todas as informações que passamos”, critica a professora Joscelia Santos da Silva. Leia na íntegra