22 maio, 2020

Para descontrair


ARTIGO | O BRASIL PERDEU A CAPACIDADE DE SENTIR DOR?


O Brasil registrou na terça-feira (19) o recorde de mais de 1.000 mortes por Covid-19 em 24 horas e não houve qualquer comoção à altura dessa catástrofe. Pelo contrário, na sequência do anuncio mórbido se ouviu de políticos importantes frases insensatas. O presidente...Continue lendo AQUI.

Bispo suíço nomeia primeira mulher vigária episcopal da história


Cargo de vigário episcopal é ocupado exclusivamente por padres, segundo o Direito Canônico


A diocese de Lausana, Genebra e Friburgo, na Suíça, será a primeira na história da Igreja Católica a ter uma mulher como vigária episcopal, um cargo habitualmente ocupado por padres. A leiga Marianne Pohl-Henzen foi nomeada pelo bispo Charles Morerod e assumirá funções em 1º agosto.

Marianne Pohl-Henzen irá substituir um dos atuais vigários, o padre Pascal Marquard, do qual foi adjunta nos últimos oito anos. Ela será nomeada delegada episcopal da parte de língua alemã da diocese, mas não receberá oficialmente o título de “vigário episcopal”, já que segundo o direito canônico ele está reservado aos padres.

Mesmo sem a titulação canônica, suas função será a mesma de um vigário-episcopal, o que supõe pertencer ao conselho episcopal da diocese (o órgão de assessoria do bispo nas suas funções de gestão) e ocupar o segundo cargo mais importante na diocese, a seguir ao próprio bispo. Licenciada em Filologia (alemã e clássica) e Teologia, Marianne tem quase 20 anos de experiência na coordenação de equipes pastorais, é catequista, mãe de três filhos e avó de quatro netos.

Na diocese de Lausanne, Genebra e Freiburg, existem cinco vigários episcopais que correspondem aos cinco vicariados diocesanos. Há também um vigário para as vocações.

Fonte: Dom Total

Não há poder paralelo. ‘Tanto a milícia quanto o tráfico têm relações diretas com o poder do Estado’. Entrevista especial com José Cláudio Alves


Na avaliação do sociólogo, a realidade das periferias e favelas cariocas será muito mais difícil depois da pandemia

Foto: Divulgação/ONG Viva Rio


Por: João Vitor Santos e Patricia Fachin | 22 Mai 2020

Projetar como será a realidade nas periferias e favelas cariocas pós-pandemia “é um exercício de imaginação”, mas a tendência é que sejam reforçadas “as estruturas de poder da face ilegal do Estado, tanto no tráfico quanto nas milícias”, afirma José Cláudio Alves à IHU On-Line. Segundo ele, a atuação do tráfico para garantir as medidas de isolamento nas periferias e se autoproteger e, de outro lado, das milícias, para manter o funcionamento do comércio e benefícios a aliados para continuar arrecadando dinheiro, vai projetar tanto milicianos quanto candidatos apoiados pelo tráfico nas próximas eleições municipais no Rio de Janeiro. “Essa estrutura tende a se projetar porque vai lançar mão dos recursos do clientelismo para beneficiar aqueles que são seus aliados nesses espaços”, menciona. 
Na entrevista a seguir, concedida por WhatsApp, o sociólogo relata como tem sido a atuação do tráfico, das milícias e de setores que detêm o monopólio de serviços em municípios do interior do Rio de Janeiro durante a pandemia. “Na cidade de Caxias existe uma única funerária, que tem o monopólio dos enterros e, agora com as mortes pelo coronavírus, essa funerária cobra valores altíssimos para a população: algo em torno de 2.500 reais pelo enterro, com caixão simples. É uma coisa estapafúrdia. Hoje, essa funerária faz um jogo de disputa de poder com a prefeitura, dizendo que o preço do enterro popular que a prefeitura quer pagar não corresponde à realidade. Então, a funerária não quer fazer esses enterros e a prefeitura diz que não pode pagar pelos enterros porque os valores cobrados são altos”, informa. 
Nas áreas onde o “Estado já opera matando”, ressalta, se observa uma sobreposição. “As áreas onde as pessoas morriam por conta do confronto com o aparato policial, com a milícia ou com as facções do tráfico, estão sendo recobertas também pelo maior número de mortos em decorrência da pandemia. Então, existe uma continuação da necropolítica em outra dimensão, que acaba sendo uma face da mesma moeda: a moeda da violência, que reprime e recai sobre esses conjuntos segregados, racialmente discriminados, que são mantidos à margem da pobreza, sem acesso a recursos, à escolaridade”, observa. 
José Cláudio Alves lembra ainda que as eleições municipais deste ano “são decisivas para deputados e senadores se perpetuarem em 2022, então, a Câmara de Deputados e o Senado não têm o menor interesse em tocar os processos de impeachment abertos contra o presidente. O interesse deles é outro: é distribuir renda desse governo para as suas bases eleitorais se protegerem contra a pandemia e, consequentemente, para as pessoas os verem como benfeitores e votarem nos seus aliados eleitorais nos locais onde eles estão”. 
Na entrevista a seguir, ele diz que o futuro pós-pandemia será ainda mais difícil para aqueles que vivem nas periferias. “Como será a realidade da saúde pública nessas áreas depois da pandemia? Vai ser melhor? Tudo indica que não, porque os recursos estão sendo destinados de uma forma inadequada e o SUS, se virou herói nacional, foi por mera contingência, porque não tinha outro sistema que pudesse dar conta desse sofrimento e dessa pandemia. O SUS apareceu num cenário de crescimento e expansão, mas isso não foi nada planejado e o pós-pandemia não garante que o SUS possa receber algum tipo de aporte para, nessas áreas de periferias e favelas, melhorar a condição de atendimento”, lamenta. 
AQUI a entrevista

Covid-19 – Casos sem sintomas ou com sintomas leves ‘são a chama que mantém a contaminação’ no Brasil, avalia especialista

Cientistas veem Brasil como epicentro da pandemia num futuro próximo e, com dados subdimensionados pela testagem somente de casos mais graves, sem condições reais de enfrentamento.
A reportagem é de Rose Talamone, publicada por Jornal da USP e reproduzida por EcoDebate, 21-05-2020.
Um dos maiores problemas enfrentados pela ciência de dados no monitoramento do novo coronavírus são os dados mal coletados e restritos, afirma Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coordenador do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) que acompanha a evolução da pandemia em Estados e municípios do País. Para ele, “casos sem sintomas ou com sintomas leves são a chama que mantém a epidemia”, já que não são testados e os infectados não fazem um isolamento restrito.
Os boletins oficiais divulgados diariamente sobre o número de infectados não refletem a realidade da pandemia no Brasil, pois se baseiam nas internações; só nesses casos é que são feitos os testes para detecção do vírus, alerta o professor. Enquanto os registros oficiais mostravam pouco mais de 165 mil infectados no dia 11 de maio, por exemplo, as projeções dos pesquisadores de Ribeirão Preto chegavam a 2,3 milhões.
Mesmo projetando o País como novo epicentro da pandemia, Alves diz que essas estimativas são feitas sempre para baixo, pois a metodologia empregada utiliza o número de mortes pela doença e não o de infectados. E até esse indicador, feito através dos óbitos, também não reflete a realidade, argumenta, já que ele é igualmente subnotificado. O fato é considerado grave pelos pesquisadores pois as ações de planejamento e as políticas públicas para controle da pandemia dependem de dados reais.
Como exemplo, Domingos Alves cita a diferença entre os números utilizados pelo seu grupo e os levantados pela Universidade Federal de Pelotas, estimando a infecção para o Estado do Rio Grande do Sul. Os pesquisadores gaúchos encontraram, para um mesmo período de tempo, sete vezes mais casos naquele Estado do que os boletins oficiais notificaram. “Eles apontavam o número de infectados em torno de 5,7 mil pessoas, e nós, em torno de 5 mil”, diz.
Monitoramento de casos e óbitos confirmados de covid-19.
(Gráficos encaminhados pelo pesquisador
Gráficos encaminhados pelo pesquisador.

Gráficos encaminhados pelo pesquisador.
Casos confirmados no Brasil e em SP; ao contrário da Europa, nós ainda não estamos descendo a curva, muito pelo contrário. Estamos em plena subida.
Usando essa metodologia, o professor afirma que não dá para fazer projeções para um futuro mais distante, mas é possível afirmar que os números devem dobrar em uma semana. “Até onde sabemos, tanto no Brasil como no Estado de São Paulo, o número de casos ainda está crescendo num comportamento exponencial. Ou seja, nós não conseguimos ver o pico da epidemia ainda. Então, supondo que o crescimento é exponencial, tanto no Brasil quanto no Estado de São Paulo, esses números devem dobrar num prazo de até uma semana.” Alves acredita que o afrouxamento das medidas de restrição e mobilidade devem piorar a situação desses números. Para o professor, os municípios devem antes apresentar evidências de que a epidemia está sob controle. “O número de casos tem que começar a diminuir de maneira sustentável; ou seja, o número de casos caindo em qualquer proporção, num prazo de duas a três semanas, seria uma evidência de que as medidas de contenção poderiam começar a ser relaxadas, mantendo ainda um distanciamento social importante e observando se o número de casos não vão crescer de novo.”
Segundo Alves, os municípios de Campos do Jordão e São Sebastião, no Estado de São Paulo, são exemplos de locais que estão monitorando corretamente a pandemia. São Sebastião está testando a população e, ao encontrar casos suspeitas ou confirmados, as pessoas são colocadas em isolamento.
Fonte: IHU

Livro Papa Francesco - Vida Aprós A Pandemia



Livro Papa Francesco - Vida Aprós A Pandemia


Nos primeiros meses de 2020, o Papa Francisco refletiu com frequência sobre a pandemia do coronavírus, à medida que esta se apoderou da família humana.

O livro, oito textos significativos, falados e escritos pelo papa entre 27 de março e 22 de abril.

A quem e como falou ele? O que disse, e por quê?

Para além das suas ocasiões específicas, estes oito textos poderiam ser lidos em conjunto como uma única progressão do seu pensamento e como uma mensagem rica à humanidade.

A coletânea tem dois objetivos.

O primeiro objetivo
É o de sugerir uma direção, chaves de leitura e diretrizes para a reconstrução de um mundo melhor que possa nascer desta crise da humanidade.

O segundo objetivo
É, em meio a tanto sofrimento e perplexidade, semear a esperança.

O Papa fundamenta claramente esta esperança na fé, porque « com Deus, a vida não morre jamais ».

(conforme prefácio do livro)

O livro foi lançado pela editora oficial do Vaticano.

No link o livro para ler online, imprimir ou baixar


É tempo de Cuidar!