16 abril, 2008

No ventre da Terra o grito que vem da Amazônia


O planeta terra é a única casa que todos os seres vivos têm para morar. Nenhum humano, nenhum animal, nenhuma ave, nenhuma árvore, nenhuma planta consegue viver em outro lugar. Se a vida ficar inviável no planeta terra, morreremos todos.

A vida humana, embora a única que pensa como todas as formas de vida é vida frágil. Nada garante a perpetuidade da vida humana sobre a terra, caso as condições de vida no planeta continuem a ser alteradas drasticamente.

Onde não há condições favoráveis à vida, a vida deixa de existir, as principais vítimas dos fenômenos climáticos que abatem o planeta são os pobres.

O ser humano e a natureza gritam e choram ouça o eco do grito da mãe terra pela vida.

Somos mulheres e homens, filhas e filhos desta terra, que vem sendo regada com suor, sangue e muito trabalho de tantas gerações de mulheres e homens de diferentes etnias. Mesmo com tantas lutas de resistência dos povos indígenas, negros e brancos, do povo pobre, nosso país continua sendo um território para extração de riquezas que alimentam o lucro de grades grupos capitalistas.

Para os capitalistas, a terra, as águas, as sementes, o ar, as matas são recursos que devem ser explorados conforme seus interesses econômicos. Em nome do desenvolvimento, do progresso e da modernidade, o capitalismo avança sobre o mundo desrespeitando limites, leis, colocando em risco a vida de todos os seres vivos, inclusive da humanidade.

Para o Povo de Deus em especial para nós que estamos a caminho do V Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base do Paraná os elementos terra, águas, sementes, o ar, as matas são riquezas que não tem preço, por isso não podemos nos calar, não podemos nos omitir.

Nós podemos mudar essa realidade se formos de fato seguidoras e seguidores de Jesus.

Precisamos nos deixar questionar e avaliar as nossas ações pessoais e comunitárias para juntos buscarmos formas de mudanças e ajudarmos na construção de um novo mundo que acreditamos ser possível.

Pequenas ações no dia a dia, como jogar o lixo no lixo, evitar queimadas a menor que seja e o fechar a torneira ao escovar os dentes são como um tijolinho na construção de um mundo justo e fraterno para todas e todos.

No principio, Deus criou o céu e a terra e Deus disse que a terra produza relva, ervas que produzem semente, e árvores que dêem frutos sobre a terra, frutos que contenham semente, cada uma segundo a sua espécie.

Deus criou os luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos e disse que sirvam para iluminar a terra e também fez as estrelas.

Deus disse: que as águas fiquem cheias de seres vivos e os pássaros voem sobre a terra, sob o firmamento do céu. E Deus criou as baleias e os seres vivos que deslizam e vivem na água, conforme a espécie de cada um, e as aves de asas conforme a espécie de cada uma. E Deus os abençoou e disse: Sejam fecundos, multipliquem-se e encham as águas do mar; e que as aves se multipliquem sobre a terra.

Deus disse: que a terra produza seres vivos conforme a espécie de cada um: animais domésticos, répteis e feras, cada um conforme a sua espécie. E assim se fez. E Deus fez as feras da terra, cada uma conforme a sua espécie; os animais domésticos, cada um conforme a sua espécie; e os répteis do solo, cada um conforme a sua espécie.

Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher e os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra; dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra.

Deus colocou nas mãos do homem e da mulher toda sua criação.

O V Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Paraná vai acontecer entre os dias 19 e 21 de abril, na cidade de Foz do Iguaçu, celebrando o tema “CEBs, Ecologia e Missão” e o lema “No ventre da terra, o grito que vem da Amazônia”.

O V Intereclesial das CEBs quer nos levar a ouvir o grito da Mãe Terra pela vida. Será uma riqueza para a Igreja do Paraná.

Está sendo aguardada a participação de todas as dioceses do nosso Estado. O V Intereclesial do Paraná é uma preparação para o XII Intereclesial das CEBs Nacional que vai acontecer entre 21 e 25 de julho de 2009, em Porto Velho, Rondônia.

A arquidiocese de Maringá participará com 52 representantes, sendo padres, religiosas, leigos, leigas e seminaristas. Sairemos no amanhecer deste sábado (19), a 1h30m, local em frente à catedral.

Com a Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, e com o nosso Deus amigo e companheiro, queremos caminhar para o V Intereclesial das CEBs do Paraná com o sonho de fortalecer nossas CEBs como antigo e sempre novo jeito de ser Igreja, Povo de Deus, Igreja profética e libertadora, na busca de um novo mundo que acreditamos ser possível.

Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Coord. das CEBs na Arquidiocese e Província Eclesiástica de Maringá

Por Roberth Fabris

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Bispo do PA diz que crianças se prostituem por comida

Bispo do PA diz que crianças se prostituem por comida
Carlos Mendes
O bispo do Marajó, d. José Luís Azcona Hermoso, denunciou ontém em Belém que crianças entre 12 e 14 anos estão se prostituindo em troca de comida em municípios como Breves, Portel e Melgaço, no norte do Pará. "Levadas em muitos casos para a prostituição pelos próprios pais, elas abordam passageiros que transitam de barco pela região e oferecem o corpo em troca de dois quilos de carne e cinco latas de óleo de cozinha para matar a fome da família", afirma o religioso. Ele acusa o Executivo e o Judiciário paraense de "total omissão".
Segundo Azcona, a exploração sexual de crianças e mulheres no Marajó é "escancarada", embora ele próprio tenha feito denúncias em 2006 que provocaram a visita de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados à cidade de Portel para apurar casos como o estupro de menores envolvendo os vereadores Roberto Alan de Souza Costa, o Bob Terra, e Adson de Azevedo Mesquita. Costa é filho do vice-prefeito de Portel, Ademar Terra.
As Polícias Civil e Federal, além do Ministério Público (MP), critica o bispo, não demonstram nenhum interesse em investigar a exploração sexual de crianças e adolescentes para punir os responsáveis ou combater o tráfico humano de mulheres do Marajó para a Guiana Francesa e a Europa. "A impunidade dos criminosos é completa no Estado", afirma.
Ele citou o caso recente de denúncia feita pela imprensa de 178 mulheres levadas como escravas sexuais do Brasil para vários países. Desse total, 52 mulheres eram da cidade de Breves. Houve prisões de alguns traficantes. Seis advogados se apresentaram imediatamente para defendê-los e conseguiram livrá-los da cadeia. Está aí a prova, segundo o bispo, de que o poder econômico é um "grande aliado" do tráfico humano. Nenhuma das instituições citadas pelo bispo em suas denúncias quis comentar as acusações.

Fonte: Agência Estado Link: http://www.estadao.com.br/agestado/

Transparência na lista de espera não é aprovada

Transparência na lista de espera não é aprovada
Infelizmente por oito votos contra o projeto de lei do vereador Humberto Henrique (PT) foi ontém rejeitado na sessão da Câmara. O projeto de lei previa transparência na fila de espera por vagas nos centros de educação infantil do município de Maringá, com ele a prefeitura estaria obrigada a tornar pública em cada estabelecimento uma lista com o nome das pessoas a espera das vagas.
“É um projeto de transparência para que as pessoas interessadas tenham conhecimento das vagas existentes e possam fiscalizar o cumprimento da fila de espera”, defendeu o vereador Humberto Henrique, autor do projeto de lei.
A vereadora líder do prefeito na Câmara convocou a base aliada para votar contra a proposta e tentou justificar alegando que pode ser necessário atender casos extremos e que a divulgação da fila de espera pode gerar desentendimento entre as pessoas.
Humberto Henrique esclareceu que casos extremos não seriam prejudicados com a aprovação da lei. “Quem cuida dessas situações é o Conselho Tutelar, e a população entende quando acontece estes casos”, explicou.
“Se há necessidade [de passar a vez de alguém] é só justificar”, defendeu o vereador Mario Verri (PT) que completou dizendo que a aprovação do projeto seria uma oportunidade para a administração mostrar transparência.
A vereadora Marly Martins (DEM) também se posicionou a favor da transparência nas filas de espera por serviços públicos. “Se fosse público ficaria bom para todo mundo”, disse.
Após agradecer pelos votos favoráveis ao projeto, Humberto Henrique questionou a transparência da administração municipal. “Não dá para a gente brincar de ser transparente. E hoje a administração mostrou, mais uma vez, que não é transparente. Isto é transparência de fachada”.