23 junho, 2015

Arquidiocese de Maringá - Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)

Arquidiocese de Maringá - Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)

Quase de saída, hoje o nosso encontro será com a Região Pastoral São José Operário

Daqui a pouco, estaremos com a Região Pastoral São José Operário, o encontro será às 20h00, na Paróquia Nossa Senhora da Liberdade, Capela São Vicente de Paulo.
Partilhar um pouquinho da caminhada e dar continuidade a construção do  V Encontrão Arquidiocesano das CEBs.

Em sua 5ª edição o Encontrão Arquidiocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Maringá, reunirá o povo de Deus das paroquias da Arquidiocese, no dia 23 de agosto de 2015, das 13h30 às 17h30, no Parque de Exposições na cidade de Maringá. Com o tema “CEBs: o rosto humano de Deus”, e o Lema “sua ternura abraça toda criatura” (cf. Sl 144(145),9).

O encontrão é organizado pela coordenação arquidiocesana das CEBs, procurando envolver o povo das paróquias no desenvolvimento do encontro, tornando-o dinâmico e participativo.

O Encontrão Arquidiocesano das CEBs, foi idealizado, com a intenção de proporcionar um espaço diferente e gostoso de envolvimento do povo de Deus das paróquias da Arquidiocese, descontração e confraternização. Um momento lindo revelando a face celebrativa, dinâmica, profética e acolhedora das CEBs.

18 junho, 2015

Foto Comovedora - Uma menina síria e seu pai fogem desesperados do Estado Islamico


Una niña siria aparece en esta foto con su padre tratando de cruzar la frontera con Turquía, en un intento desesperado de huir del terror impuesto por el Estado Islámico en algunas zonas del país. Mais informações aqui

"Salvar vidas humanas é obrigação moral e legal"

Forte apelo do Conselho Mundial de Igrejas sobre questões de imigração e acolhimento.
"Todos os membros da comunidade internacional têm a obrigação moral e legal de salvar a vida das pessoas em perigo, independentemente da sua origem e do seu status", reafirma o comitê executivo do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em declaração emitida após a visita feita na semana passada a Echmiadzin, a sede da Igreja Apostólica Armênia.

O comitê ecumênico prestou homenagem às vítimas do Metz Yeghém, o genocídio do começo do século passado, e aproveitou a oportunidade para considerar questões prementes na Igreja e no mundo de hoje: em especial, a "profunda preocupação com a vida de um número crescente de pessoas, em todo o mundo, que, fugindo de situações de violência, opressão, ocupação ou privação econômica, são levadas a fazer viagens desesperadas e arriscadas". Por exemplo, a dos rohingya que fogem de Mianmar e a das pessoas do norte da África que fogem em massa para as costas europeias. 

Para o CMI, a imigração é um "crescente desafio global" que exige resposta rápida e eficaz nos "diferentes contextos". Basta pensar na "morte de um número sem precedentes de imigrantes e refugiados que tentam atravessar o Mediterrâneo rumo à Europa" ou na tragédia dos "rohingya e de Bangladesh no mar de Andaman". Mas também preocupam "os recentes assassinatos de trabalhadores migrantes cristãos etíopes por parte do autoproclamado Estado Islâmico na Líbia e a violência xenófoba contra imigrantes na África do Sul". 

Todas estas situações têm em comum a "vulnerabilidade" de pessoas forçadas a deixar os seus países de origem em busca de uma vida melhor para si e para as suas famílias. Diante de tal situação, o Conselho Mundial de Igrejas "reconhece e respeita" a prerrogativa de cada Estado de "controlar suas fronteiras e as condições de entrada e residência", mas também reconhece "o desafio representado pelo volume de migrantes em situação irregular". 

A organização ecumênica espera que todos os países "honrem o espírito das suas obrigações de direito internacional, incluindo os direitos humanos e o direito dos refugiados". Neste sentido, "acreditamos que é legal e eticamente inaceitável que os países abdiquem às suas responsabilidades de salvar vidas humanas e de fornecer-lhes proteção". 

Fonte: Zenit.org

Voluntários colocam cabides nas ruas para doações de roupas de frio

Iniciativa é realizada pela segundo ano seguido em Londrina, no Paraná. São 14 cabides instalados pelo projeto em vários pontos da cidade.

Um grupo de voluntários colocou vários cabides espalhados em alguns pontos de Londrina, no norte do Paraná, para estimular a doação de roupas de frio durante o inverno. O objetivo do projeto “Amigos Solidários” é simples: as pessoas deixam as roupas no local para quem mais precisa recolher e usar.
O número de pontos aumentou em 2015, passando para 14 cabides instalados. A campanha segue até o fim do inverno. Aqui mais informações

Dois australianos saem às ruas lavando a roupa de mendigos

 Os dois australianos Lucas Patchett e Nicholas Marchesi elaboraram uma maneira brilhante de ajudar moradores de rua: implantaram em sua van duas máquinas de lavar e secar roupa e um gerador.
Os dois jovens de 20 anos, com a ajuda de doações, estão saindo às ruas de Brisbane desde Julho, 5 vezes por semana, no projeto que chamaram de Orange Sky Laundry Project, que se tiver sucesso vai ser espalhado por toda a Austrália. 
Os 20 quilos de roupa que eles conseguem lavar por hora já facilitaram a vida de centenas de moradores de rua nesses últimos meses.
Fonte: Catraca Livre

Amazônia: Velhos e Novos Instrumentos do Saque

No inicio da invasão europeia os índios eram tolerados porque os portugueses e espanhóis necessitavam deles para localizar as riquezas de seu interesse e como mão-de-obra para explorá-las. Mas na medida em que o invasor foi criando os seus próprios instrumentos para localização e exploração das mesmas, foi dispensando os donos da casa e ficou agressivo, criando leis e instrumentos de dominação. Dentre as leis a injusta lei da propriedade privada da terra é simplesmente arrasadora para os povos indígenas. A brutalidade contra os povos indígenas vem crescendo desde o início da colonização até hoje. No início atingia as comunidades enquanto retirava principalmente os homens das aldeias para escravizá-los aos interesses de exploração das riquezas descobertas e nas fazendas. No período moderno uma classe desses descendentes europeus procura simplesmente despojar os povos indígenas de seus territórios tirando-lhes todas as condições de sobrevivência, cultural e física.
Em meados do século XX todos os rios já haviam sido explorados e foi preciso ir território adentro para descobrir e espoliar os últimos depósitos das riquezas amazônicas. Agora os espoliadores já dispõe de todos os instrumentos, leis favoráveis, mapeamento das riquezas e maquinário para explorar o território, dispensando qualquer colaboração autóctone para transpor os obstáculos que se apresentam. Assim todos os governos, ditatoriais e democráticos, começam a romper as florestas e o alto dos rios e igarapés como se fossem “vazios demográficos”. A entrega dos empreendimentos novos na Amazônia à empresas, ficções criadas pelo homem e por isso, sem consciência e sem responsabilidade, alivia, aparentemente, a ciência congênita ou consciência dos mandantes dos crimes atuais. E o almoxarifado da Amazônia começa a ser conhecido e saqueado em todas as suas dimensões: terra, rios, peixes, seixo, minerais, madeira, plantas medicinais, fontes energéticas... A gente que está aí, “não existe mais” e se existe não deveria existir, porque é apenas “estorvo do desenvolvimento”!
A Zona Franca de Manaus, “vaca sagrada” dos governantes de hoje, foi um dos...continue lendo...

14 junho, 2015

Audiência Pública com o tema : Crianças, Adolescentes e Jovens - Direito à Cidade

O vereador Humberto Henrique , presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de Maringá , convida para a Audiência Pública com o tema : Crianças, Adolescentes e Jovens - Direito à Cidade.
A Audiência acontecerá no dia 17 de junho de 2015, quarta- feira , a partir das 19h.



11 junho, 2015

Conselho Pastoral da CEBs (CPC)

Um pequeno texto que escrevi para uma reflexão

Conselho Pastoral da CEBs (CPC)

Sabemos que o CPC tem como objetivo executar as decisões, avaliar as ações realizadas e de forma criativa planejar as ações da comunidade levando-á a ser uma samaritana a serviço da vida para acolher e animar a vida pastoral, ouvindo e servindo a comunidade, estendendo a mão a todas as necessidades. Manter a Comunidade Eclesial de Base em comunhão com a paróquia.

Mas é preciso também, fazer com que o CPC, esse encontro das lideranças, seja um momento de sensibilizar quanto à ternura de Deus que abraça toda criatura, e que seu rosto humano precisa ser revelado a cada momento de encontro, precisa ser revelado no dia a dia, nas famílias,  em nossas Comunidades Eclesiais de Base, a CEBs, em nossa paróquia, em todos os lugares.

Ternura é afeto doce e delicado, vivido com participação viva, afetuosa e dinâmica, sair do eu para encontrar-se com o tu, uma relação real de dedicação, cuidado e reciprocidade. Ternura é força, vigor interior e desabrocha em coração livre, capaz de ofertar e receber amor.

A ternura é a força do amor humilde.  A ternura de Jesus revela o que de mais humano existe em Deus e o que de mais divino existe na mulher e no homem.

Onde não houver ternura, dificilmente haverá amor. Uma das características lindas do agir de Jesus é o seu fazer-se próximo com uma ternura de compaixão, de amizade, de serviço e de participação profunda na vivência com toda criatura de Deus.

A ternura exprime uma das qualidades mais belas do amor, a bondade. Amar é ser bom. Só a ternura pode curar os corações feridos, porque a ternura é generosa, tudo dá, tudo faz pelo bem do outro.

Isso é muito lindo, esperamos coma a graça Deus, pela intercessão de Nossa Senhora da Liberdade que em cada CPC, possamos sensibilizar quanto a ternura de Deus que abraça toda criatura.
                                                                                                             Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)

“Louvado sejas” é o título oficial da nova encíclica do papa Francisco

"Louvado sejas”
“Louvado sejas” é o título oficial da nova encíclica do papa Francisco, a ser publicada no dia 18 de junho. O título não é em latim, como costuma acontecer tradicionalmente, mas num italiano arcaico falado por São Francisco de Assis: trata-se do primeiro verso do famoso “Cântico das Criaturas”. A encíclica é a segunda do papa Francisco.
O texto da encíclica estará disponível em italiano, francês, inglês, alemão, espanhol e português, nas versões impressa e digital.

06 junho, 2015

'Para que este gênio feminino seja reconhecido, deve ser ouvido’

Por que a paridade tem que significar que a mulher seja parecida com o homem e não ao contrário? Entrevista com Maria Giovanna Ruggieri, presidente da União Mundial das Organizações Femininas Católicas, sobre o Congresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O ano de 2015 será um ano crucial para a comunidade internacional já que nas Nações Unidas será preparado e discutido a nova agenda para o desenvolvimento, que constituirá para a comunidade internacional o novo quadro de referência para os próximos quinze anos. Um grupo de mulheres que trabalham no âmbito eclesial, se reuniu no Vaticano recentemente para discutir, debater e contribuir com seu ponto de vista a estes objetivos. O Congresso foi organizado pelo Pontifício Conselho de Justiça e Paz junto com a World Union of Women’s Catholic Organisations (WUCWO) e a World Women’s Alliance for Life and Family.
Maria Giovanna Ruggieri, presidente da União Mundial das Organizações Femininas Católicas, (WUCWO) explicou a ZENIT que "o objetivo do congresso era ouvir, da base, reflexões e prioridades no nosso papel de organizações e realidades a serviço da Igreja e da sociedade. Entender quais são os elementos que nos chamam e são emergenciais, que não podemos adiar". Também “dar uma contribuição como mulheres” porque o documento final que realizaram é oferecido “à Santa Sé para quando tenham que participar na ONU da discussão dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.
Por outro lado, a presidente Ruggieri disse que "isso também nos levou a verificar qual ideia de mulher oferecemos. Os objetivos são para todos, mas nós o vimos com olhos de mulher. E especialmente buscamos entender o que se quer privilegiar e o que está por trás dos objetivos propostos e oferecidos pelas diferentes realidades”. A ideia de mulher que deve emergir não é "uma mulher comercializada, uma mulher objeto ou uma mulher explorada”, mas “uma mulher respeitada na sua dignidade de pessoa”. Nossa proposta – afirma – é que brote esta dignidade que está em todos e cada um.
Também, adverte que em alguns aspectos estes Objetivos são muito "ocidentais" e que as prioridades, talvez, não sejam totalmente universais. O documento em que trabalharam durante o congresso está estruturado em quatro temas: “Ecologia humana”, “educação e trabalho”, “pobreza e ambiente”, “paz e desenvolvimento”.
O passo seguinte – nos diz Maria Giovanna – é como fazer para que os nossos organismos a nível nacional, local, “percebam estas coisas que falamos e se é possível dar um salto e estar atentos às prioridades desses Objetivos a serviço da pessoa”.
Uma das urgências que deve ser abordada é “a necessidade de trabalhar muito para que a dignidade da mulher seja realmente assumida”, destaca. E coloca o seguinte exemplo: “Se para vender qualquer produto é preciso colocar uma mulher linda do lado, isso fala muito do grau de dignidade que temos com a mulher”. Este problema – explica – afeta todo o mundo, é universal, de forma diferente, mas no fundo está sempre a ideia dessa mulher-objeto. “Objeto a ser usado para os meus interesses, para o trabalho, sexualidade... Infelizmente são muitas as novas formas de escravidão, que mostram quanto trabalho de educação e formação ainda é preciso ser feito para ajudar a todos, incluindo as mulheres, para terem respeito pela dignidade da pessoa”, adverte.
Falar sobre o valor das mulheres "não é nenhuma reivindicação, mas é pedir um reconhecimento de uma dignidade que, infelizmente ainda não tem totalmente", diz a presidente. E a Igreja – observa –  deve também ajudar-nos nisso porque, em algumas situações a dignidade da mulher não é respeitada totalmente, e a Igreja poderia incidir ainda mais.
A este respeito, se pergunta: "Pensando nestas meninas que são exploradas sexualmente me pergunto o que fazemos para sensibilizar as comunidades eclesiais sobre este problema? Estas meninas são exploradas porque há demanda. Qual educação e formação existe? Na Itália, país tradicionalmente católico, fomos educados nas paróquias a respeitar a menina, a jovem, as mulheres? Isto não é transmitido geneticamente, e acho que ainda temos muito a fazer”.
A presidente se questiona sobre a ideia e a forma de entender hoje em dia a paridade, “Por que a paridade significa que eu tenho que ser como o homem e não que o homem se aproxime da sensibilidade feminina?, Deve ser obrigatoriamente esse o nível máximo a ser alcançado, não existe uma possibilidade intermediária? Por que entender a paridade como ‘fazer o que fazem os homens’? Por que a ternura deve pertencer somente à mulher?, Por que o homem não pode mostrar os seus sentimentos?”
Portanto, ela reconhece que gostaria que "na paridade, ambos reconheçam no outro valores e princípios, modos, que podem enriquecer-me, e não que eu tenha que tirar o que me pertence”.
Finalmente, Maria nota que o Papa está falando muito do “gênio feminino” como um grande dom que deve ter mais espaço na sociedade, mas “se ele fala e depois não se coloca em prática, o que ele diz, na sociedade, nada mudará”. Ele nos está abrindo um caminho, mas e nós? E para que este gênio feminino seja reconhecido, deve ser ouvido.

Fonte: Zenit.org

05 junho, 2015

CEBs - Arquidiocese de Maringá

Amanhã, 06 de junho, estarei com a Região Pastoral Nossa Senhora Aparecida.

O encontro será às 14 horas, na Paróquia Santo Antônio de Pádua, cidade de Maringá.

Partilhar um pouquinho da caminhada e dar continuidade a construção do V Encontrão Arquidiocesano das CEBs.

Em sua 5ª edição o Encontrão Arquidiocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Maringá, reunirá o povo de Deus das paroquias da Arquidiocese, no dia 23 de agosto de 2015, das 13h30 às 17h30, no Parque de Exposições na cidade de Maringá. Com o tema “CEBs: o rosto humano de Deus”, e o Lema “sua ternura abraça toda criatura” (cf. Sl 144(145),9).

O encontrão é organizado pela coordenação arquidiocesana das CEBs, procurando envolver o povo das paróquias no desenvolvimento do encontro, tornando-o dinâmico e participativo e foi idealizado, com a intenção de proporcionar um espaço diferente e gostoso de envolvimento do povo de Deus das paróquias da Arquidiocese, descontração e confraternização. Um momento lindo revelando a face celebrativa, dinâmica, profética e acolhedora das CEBs.

04 junho, 2015

Paróquia Nossa Senhora da Liberdade - Arquidiocese de Maringá

Veja em fotos como foi a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), da Paróquia Nossa Senhora da Liberdade, da Arquidiocese de Maringá, que tem como Pároco Pe. Dirceu Alves do Nascimento.

Aqui Confecção tapete
Aqui Tapete pronto









03 junho, 2015

A festa de Corpus Christi


Um pequeno texto que escrevi sobre a Festa de Corpus Christi

A festa de Corpus Christi
Jesus disse às multidões dos judeus: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Precisamos deste pão para crescer no amor para reconhecer o rosto de Cristo no rosto das irmãs dos irmãos.
Jesus não sabe fazer outra coisa a não ser amar toda a humanidade, toda a criação divina. Jesus entende que a vida é amar. “Eu serei e viverei para sempre como aquele que ama”.
A celebração de Corpus Christi nos revela a face acolhedora de Cristo, que acolhe a todas e a todos sem excluir ninguém, saciando a “fome”, resgatando a vida, a esperança, a dignidade humana. A celebração de Corpus Christi também nos revela que quem participa da Eucaristia, mas não é capaz de “partilhar” alimentos, amizade, solidariedade, fraternidade precisa rever suas atitudes, porque ainda não compreendeu e não foi capaz de entrar em comunhão com Ele.
A festa de Corpus Christi é celebrada com missa, seguida de procissão. A procissão nos faz recordar a caminhada do povo de Deus, que liberto da escravidão egípcia, vai ao encontro da terra prometida. Deus nunca abandona o seu povo, envia o seu Filho Jesus como caminho, verdade e vida, e ao mesmo tempo o seu Filho quis continuar no meio de nós como um sinal visível, sob as espécies de pão e de vinho.
Lucimar Moreira Bueno (Lucia)

02 junho, 2015

Pastorais do Campo do Nordeste se encontram, dialogam e convocam

“Quero uma Igreja solidária,
servidora e missionária,
que anuncia e saiba ouvir./
Ao lutar por dignidade,
 por justiça e igualdade,
pois eu vim para servir.

(cf. Mt 10, 45)

Representantes das Pastorais do Campo do Nordeste (Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Pastoral da Juventude Rural - PJR, Serviço Pastoral dos Migrantes – SPM e Caritas) encontraram-se fraternalmente nos dias 25 e 26 de maio 2015, no Recanto do Pescador, em Olinda-PE, espaço de formação popular e articulação das lutas dos pescadores e pescadoras, que o CPP colocou à disposição. Além do encontro de amigos(as) e companheiros(as) ser sempre enriquecedor, o intuito principal foi aprofundarmos o momento conjuntural de nossa realidade, cujos dias, meses e anos “fazem pensar”.  Nosso horizonte é cotidianamente povoado pelas tribulações e esperanças dos povos indígenas e quilombolas, camponeses com suas múltiplas facetas, comunidades tradicionais pesqueiras, homens e mulheres da migração forçada, juventudes rurais, do meio popular e das periferias urbanas.
Compartilhamos nossas experiências, metodologias e desafios. Recobramos de nós mesmos vontade firme para renovarmos nossa opção: assumir, junto com os protagonistas, ao redor das terras, territórios e águas de nosso Nordeste, perspectivas conjuntas de colaboração e atuação mais eficazes. Apesar de vivermos uma realidade que se apresenta, cada vez mais, “diversa e adversa”, fomos unânimes em assumir que uma das dimensões que configura nosso ser e nos caracteriza chama-se: “pastoralidade, com as ressonâncias bíblicas e históricas que esta palavra evoca.
Nosso filtro de leitura, portanto, nos apontou algumas focalizações que, sinteticamente aqui elencamos como atitudes e opções de “trabalho pastoral”:
·         repudiamos a violência e expulsão de povos e comunidades tradicionais e camponeses de suas terras e territórios. Nestes últimos anos, de forma mais acelerada, uniram-se aos interesses vorazes do capital o Estado nos três níveis, federal, estadual e municipal. Capital e Estado, portanto, são promotores da expropriação e violência a serviço de seus interesses economicistas;
·         condenamos a privatização e mercantilização da natureza, de suas dádivas básicas e comuns  como a terra, água e a biodiversidade;
·         denunciamos, com a veemência que nos vem da ética que cultivamos e de nossa história, a forma premeditada e perversa com que executivo, congresso e judiciário, têm violado e produzido retrocessos em direitos adquiridos,  conquistados e consolidados pelas lutas dos povos ao longo de nossa história, que tiveram uma etapa positiva na Constituição Federal de 1988;
·         jamais aceitaremos e deixaremos de denunciar o extermínio das juventudes, em especial a negra e empobrecida. Este crime instalado no Brasil inteiro é promovido com uma violência institucionalizada, que nos envergonha como humanos;
·         Completa o nosso grito o repúdio ao preconceito e à falta de incentivo para com as juventudes rurais e das periferias e todas as formas de violência contra as mulheres.
Como cristãos e cristãs, no horizonte ecumênico, aberto e acolhedor para todas as denominações eclesiais e religiosas, no sentimos enraizados nesta dimensão, chamada pastoralidade, desde o Concílio Ecumênico Vaticano II, concluído em 1965. Nestes 50 anos, o Espirito Santo de Deus aponta para que as Igrejas sejam cada vez mais, sobretudo no nosso Nordeste do Brasil, populares, encarnadas nas experiências múltiplas das CEBs, vivendo espiritualidades e teologias libertadoras, a própria missão que Jesus assumiu e as primeiras comunidades assumiram (cf. Lc 4,18 e At 3,1-9).
Partilhamos assim os apelos do Espirito para:
·         Retomar o trabalho de base e nas bases das Igrejas e da sociedade;
·         reorganizar pequenos grupos, núcleos, comunidades, conselhos locais que sintam a força do Espirito de Deus para agir de modo autônomo e interconectado;
·         incentivar o hábito de rodízio periódico de cargos e tarefas ligadas aos ministérios de coordenação, como método “revolucionário e alternativo ao sistema” de renovação e radicalização da democracia. Estas palavras, para nós, são sempre uma exigência explicita e inseparável do chamado à comunhão;
·         favorecer a autogestão e auto sustentabilidade como exercício da autonomia e soberania dos povos, comunidades e movimentos.
Sentimos, nessa busca, o sopro do Espírito também quando nos impele a reavivar o nosso compromisso com a radicalização da democracia. Daí a importância também de promover mobilizações populares como forma de expressar a indignação diante do atual modelo hegemônico de desenvolvimento: violento, concentrador e excludente. Assumimos o compromisso de participação efetiva nos rumos do país, reconhecendo que, historicamente, os direitos garantidos que temos só foram possíveis pela organização e mobilização de toda sociedade.
Afirmamos a importância das mais diversas experiências locais para que sejam adequadas ao modo de vida dos nossos povos, à produção nos diferentes ecossistemas e biomas; a partir de perspectivas de convivência e sustentabilidade, em vista da vida com dignidade das atuais e futuras gerações. Sentimos como urgente aprofundar e apontar caminhos para um novo modo de produção, um novo modo de consumo e gestão da sociedade.
Neste quadro convocatório, sentimo-nos encorajados para fazer memória e reafirmarmos, como enraizados num sulco fecundo, os encaminhamentos do Encontro Nordeste da 5ª Semana Social (4-6 de abril de 2014). Com força crítica e aceitando a riqueza da diversidade, este momento unificou a inspiração do Espírito de Javé e a lucidez do discernimento humano diante dos desafios do hoje. A articulação de movimentos e pastorais populares, do campo e urbanos, continua nos apontando uma outra perspectiva para o Nordeste, a partir do próprio povo.
Nesta hora, tribulada e esperançosa, sopra também, em nossas vidas, o Espirito com que os posicionamentos de papa Francisco confirmam nossa fé e nossa ousadia evangélicas. Fé e ousadia poderão proporcionar eficácia ao sopro unificador da vida dos povos indígenas, quilombolas, camponeses e camponesas, ribeirinhos e ribeirinhas, pescadores e pescadoras. E através deles a toda a humanidade e ao nosso “planeta doente”.
Este sopro vem dar novo vigor à rica tradição cultural de fé, esperança e solidariedade amorosa da Terra sem Males, do Bem Viver e do Axé que a riqueza de nossas tradições históricas e culturais populares nos deixaram em preciosa herança e que nós assumimos ao gritarmos com lúcida vibração: Amém, Axé, Awêre, Aleluia!


OS/AS REPRESENTANTES DAS PASTORAIS DO CAMPO
DO NORDESTE DO BRASIL
Olinda – PE, 25-26 de maio de 2015

01 junho, 2015

Delegar e confiar são os maiores desafios

Um pequeno texto que escrevi para uma reflexão por parte das lideranças


Delegar e confiar são os maiores desafios

A importância da liderança se apoiar e confiar nas outras pessoas. Um maestro não precisa tocar os instrumentos de uma orquestra para conseguir extrair dos músicos o melhor ritmo e sonoridade num concerto. Da mesma forma, a liderança, não há necessidade de executar todas tarefas, é preciso confiar que as pessoas que assumiram são capazes e que as metas estabelecidas serão alcançadas.

Uma boa liderança não é aquela que esta presente em tudo, como se sem ela as coisas não vai acontecer como deveria, mas é proporcionar o crescimento, a participação e o compromisso e expressar solidariedade nas dificuldades e nas alegrias, ter espirito de abertura e confiança.

Uma liderança não pode viver no individualismo, porque pode cair e não ter força para levantar. O individualismo pode levar ao cansaço. Uma boa liderança e aquela que orienta sem dominar,  dá oportunidade a todos. Coordena de forma participativa. Confia, e assim delega e distribui responsabilidades e tarefas, sem precisar estar em tudo, evitando o cansaço.

Uma boa liderança, sabe utilizar o saber da comunidade, não é centralizadora, sabe apoiar e confiar nas outras pessoas. Tem capacidade para perceber que as pessoas tem saber, capacidade, valores, criatividade e intuições que contribuem.

Delegar e confiar são os maiores desafios.  Quando se lidera uma equipe, é preciso deixar de executar as tarefas como fazia antes e passar a delegá-las para que outros façam. É uma dinâmica diferente, pois ele vai obter resultados por meio das pessoas e não pelas próprias mãos.

Em função da relação autoridade-responsabilidade, afirma-se que delegar não é “delargar”, ou abdicar da tarefa, mas tão somente permitir que uma outra pessoa se encarregue da execução e da operacionalização de uma atividade.

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)