Segundo Ruth
Ignácio, socióloga da PUCRS, a Sociologia, ter um saber sociológico é ser capaz
de entender o mundo sendo crítico. "Ser crítico é ter critérios, "Ser
revoltado: de re-voltar, voltar novamente para entender o que aconteceu e ser
radical: voltar à raiz". É um pensar sociológico, que independe de uma
formação universitária ou acadêmica, é da vida, é do fazer, é da experiência
das pessoas.
Portanto, não
se pode refletir sobre a Consciência Negra se, não uma aproximação profunda com
a raiz da história das negras e dos negros no Brasil.
Quando se
criam os movimentos negros, as associações negras ou quando se incentivam a
vivência nas comunidades quilombolas, se resgata a vida e a história negra no
Brasil.
É voltar no
tempo, às raízes, ao começo. Isso tem uma importância incalculável, porque é um
rompimento com aquilo que conhecemos dos negros a partir da ótica branca, é ser
realista com a história verdadeira e por isso é lembrada como caminho de
libertação.
Para Hugo
Fragoso, frade franciscano, OFM, nossa história, de maneira quase exclusiva,
foi escrita não pelos índios e negros, mas pelos seus conquistadores. Isso
explica o porque que a história é uma matéria obrigatória na escola. Não tem
como entender quem somos se não for conhecendo a história.
Foram 400 anos de humilhação e negação da identidade e da cultura negra. A escravidão no Brasil ainda precisa ser muito estudada.
Foram 400 anos de humilhação e negação da identidade e da cultura negra. A escravidão no Brasil ainda precisa ser muito estudada.