29 outubro, 2021

Segue um relato e uma provocação

Olá povo amado de nosso Deus que é um morador de rua e nos convoca a ir ao encontro e sentir como são humanos.

Segue um relato e uma provocação.


Hoje na calçada em frente à minha casa amanheceu um homem morador de rua deitado. Cabelos e barba que há um bom tempo sem corte e percebi também há tempo sem banho e troca de roupa.

Tem havido com frequência moradores de rua no bairro.

Caminhando, deitado sobre o chão das CEBs da Arquidiocese de Maringá. Caminhando, deitado sobre o chão em uma das CEBs de nossa paróquia, em uma das CEBs que pertencemos.

Sentimento de incapacidade diante do homem que amanheceu deitado em frente à minha casa.

Lembrei das vezes que eu e o padre Genivaldo conversávamos sobre os moradores de rua, na conversa havia preocupação, desejo de aproximar e cuidar, sonho de projeto em nossas conversas. Outros rumos foram tomados, o que aconteceu com o preocupar-se...

Uma provocação

Como deve ser vista e assumida a situação das e dos moradores de rua?

Papa Francisco na mensagem para o II Dia Mundial dos Pobres celebrado em 2018 escreveu “Pobres nos ajudam a redescobrir a beleza do Evangelho”.

Essa beleza do evangelho vejo como uma convocação para as lideranças ordenadas e leigas a não resumir a dimensão da fé ficando dentro de sacristias, dentro apenas de Igrejas, no conforto de nossas casas, a não ficar só em redes sociais.

No dia de Finados não haverá Missa nos cemitérios de Maringá.


No dia de Finados não haverá Missa nos cemitérios de Maringá. Celebrações serão nas paróquias.

Todas as paróquias da cidade de Maringá e dos outros municípios pertencentes à Arquidiocese de Maringá terão celebrações no Dia de Finados, próxima terça-feira, 02 de novembro.

Na cidade de Maringá, não haverá Santa Missa nos cemitérios Municipal e Parque, para que se evite aglomeração.

Como as paróquias já estão ambientadas com as normas sanitárias, o Arcebispo Metropolitano, Dom Frei Severino Clasen, optou em priorizar as celebrações nas igrejas, sendo que nos cemitérios é mais difícil controlar o fluxo de pessoas.

Nos municípios menores, ficará a critério de cada pároco decidir sobre os locais das celebrações.

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá

28 outubro, 2021

Lágrimas!

Uma das coisas mais bela da vida é o lutar contra as lágrimas!

Não há vagas

Movimento Contra a Carestia Curitiba


"Recentemente, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que não adianta todo mundo ir para a universidade porque não tem mais emprego para quem se forma. 

Na opinião do ministro, o jovem brasileiro das camadas mais pobres deveria se contentar com cursos técnicos e com empregos mais modestos e deixar a universidade para os poucos que podem se bancar nelas. 

O ministro está errado. Ou melhor, o ministro defende o ponto de vista das classes dominantes deste país que não querem investimentos em educação superior. O problema não é que temos universidades demais. Ao contrário, deveríamos ter muito mais universidades públicas para todo jovem que quisesse estudar. O problema, de verdade, é que temos cada vez menos empregos onde a força de trabalho qualificada possa ser utilizada.

Para o Brasil ser um país rico, com um povo alimentado, morando bem, com saúde e educação para todos, é preciso mudar radicalmente a economia brasileira. Como fazer isso? 

Em primeiro lugar, os trabalhadores brasileiros precisam compreender que seus interesses e suas necessidades são diferentes dos interesses e necessidades dos grandes capitalistas.

O trabalhador brasileiro precisa ter clareza que sua classe social não é só diferente da classe dos grandes capitalistas, como, também, que estas classes estarão sempre em luta.

No Brasil, os muitos ricos querem deixar tudo do jeito que está: o país sendo vendido a preço de banana e o povo passando fome. Para o trabalhador, de nada adianta termos uma safra recorde de grãos, se a comida não chega na sua mesa. 

E a comida não chega na sua mesa, exatamente, porque o objetivo sempre será uma safra recorde para vender para o estrangeiro. 

O Brasil precisa passar por uma ruptura com o mercado mundial capitalista.

Precisa deixar de ser um produtor de commodities para exportação e passar a produzir para o mercado interno. Precisa acabar com a fome do trabalhador, precisa desenvolver um conhecimento próprio de nossas riquezas e explorá-las a serviço de todo o povo e não mais de meia dúzia de bilionários nacionais e estrangeiros."

22 outubro, 2021

Meu pai, 89 anos hoje

Pelo sorriso ele gostou.
Que o nosso Deus o abençoe.


20 outubro, 2021

Comunicado: Dom Frei Severino publica transferências dos padres para 2022

O Arcebispo de Maringá, Dom Frei Severino Clasen, publicou nesta quarta-feira, 20 de outubro, decreto comunicando as transferências de padres a partir de janeiro de 2022. Esta é a maior transferência já ocorrida na Arquidiocese de Maringá. Ao todo, são 41 nomeações. Veja o decreto:


TRANSFERÊNCIAS DO CLERO DA ARQUIDIOCESE DE MARINGÁ

Caros padres, queridos diocesanos, saudações de Paz e Bem!

A transferência de padres é sempre uma missão exigente: requer oração, reflexão, ponderações, caridade pastoral e muita compreensão e disponibilidade dos padres e das comunidades. As transferências é tarefa do Conselho Presbiteral sob a presidência do Bispo e sempre são oportunidade de renovação para os sacerdotes e para as comunidades paroquiais, exigindo por vezes um espírito de sacrifício e obediência.

Desta forma, depois de um longo caminho, trilhado com paciência, certos de termos sido assistidos pelo Espírito Santo, concluímos serem necessárias as seguintes mudanças a partir de janeiro de 2022:


Pe. Alécio Carini, atual pároco da paróquia São Silvestre, em Maringá, será pároco da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Maringá.

Pe. Anderson Dias Gumieri, atual vigário da paróquia São Bonifácio, em Maringá, será vigário na paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu.

Pe. César Hipólito, atual pároco da paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu, em Maringá, será pároco da paróquia São José Operário, em Maringá.

Pe. Claudinei Martins Romão, atual pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Esperança, será pároco da paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu, em Maringá.

Pe. Delvair Batista Lemonie, atual pároco da paróquia Cristo Ressuscitado, em Maringá, será vigário da paróquia Catedral Nossa Senhora da Glória.

Pe. Diego Wesley Norberto, atual pároco da paróquia São Benedito, em Kaloré, irá para missão na Diocese de Guajará-Mirim, em Rondônia.

Pe. Edinei José Rigolin, atual pároco da paróquia São Judas Tadeu, em Cruzeiro do Sul, e Imaculada Conceição, em Uniflor, será pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Maringá.

Pe. Geovani José da Silva, atual pároco da paróquia Nossa Senhora Divina Pastora, em Ourizona, será pároco da paróquia Santa Clara, em Maringá.

Pe. Gerson Bris Siqueira, atual vigário da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marialva, será vigário da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Sarandi.

Pe. Gustavo Constantin Florêncio, atual vigário da paróquia São José Operário, em Maringá, será pároco da paróquia Nossa Senhora Divina Pastora, em Ourizona.

Pe. Hiago Igor Santos Araujo da Silva, atual pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marialva, será pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Esperança.

Pe. Ivaldir Camaroti dos Reis, atual pároco da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Sarandi, será pároco da paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu.

Monsenhor Júlio Antônio da Silva, atual pároco da paróquia Divino Espírito Santo, em Maringá, será pároco da paróquia Santa Joaquina de Vedruna, em Maringá.

Pe. Janilson Canuto, atual pároco da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Maringá, será pároco da paróquia Santo Antônio de Pádua, em Maringá.

Pe. João Caruana, atual vigário da paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Sarandi, será vigário na paróquia São Silvestre, em Maringá.

Pe. José Antonio Nogueira Pontes, atual vigário da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Esperança, será administrador paroquial da paróquia São Judas Tadeu, em Cruzeiro do Sul, e Imaculada Conceição, em Uniflor.

Pe. José Aparecido de Miranda, atual pároco da paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Sarandi, será pároco da paróquia São Silvestre, em Maringá.

Pe. José Mello, atual pároco da paróquia Santa Paulina, em Maringá, será pároco da paróquia Nossa Senhora da Liberdade, em Maringá.

Pe. Joseir Sversutti, atual vigário da paróquia Bom Pastor, em Mandaguari, será vigário na paróquia São Pedro Apóstolo, em Inajá.

Pe. Leomar Antônio Montagna, atual vigário da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marialva, será pároco da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Sarandi.

Pe. Luiz Antônio Bento, atual pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Maringá, será vigário da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Maringá.

Pe. Luiz Carlos de Azevedo, atual pároco da paróquia São Francisco de Assis, em Maringá, será pároco da paróquia Nossa Senhora Rainha, em Atalaia.

Pe. Marcos Andeluci, atual pároco da paróquia Nossa Senhora da Liberdade, em Maringá, será pároco da paróquia Santo Expedito, em Maringá.

Pe. Marcos André Oliveira, atual vigário da paróquia São Sebastião, em Mandaguaçu, será vigário da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Esperança, e permanece Reitor do Seminário Santo Cura d’Ars, em Mandaguaçu.

Pe. Marcos Roberto Almeida Santos, atual vigário da paróquia São Bonifácio, em Maringá, será pároco da paróquia São Francisco de Assis, em Maringá.

Pe. Nailson Bacon, atual pároco da paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu, será pároco da paróquia Cristo Ressuscitado em Maringá.

Pe. Nelson Molina, atual vigário da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Sarandi, será vigário da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marialva.

Pe. Neri Dione Squisati, atual pároco da paróquia Santo Antônio de Pádua em Maringá, será pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Marialva.

Pe. Obelino Silva de Almeida, retorna da missão na Diocese de Guajará-Mirim, em Rondônia, e será pároco da paróquia Bom Pastor, em Mandaguari.

Pe. Paulo Felipe dos Santos, atual pároco da paróquia Santa Clara, em Maringá, será vigário da paróquia São Sebastião, em Mandaguaçu.

Pe. Pedro Jorge Delgado Bento, atual vigário da paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu, será vigário da paróquia São Bonifácio, em Maringá.

Pe. Renato Quezini, atual pároco da paróquia São José Operário, em Maringá, se dedicará aos estudos do Mestrado na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte.

Pe. Rinaldo de Peder Rosa, atual pároco da paróquia Bom Pastor, em Mandaguari, será pároco da paróquia Santa Paulina, em Maringá.

Pe. Rodrigo Gutierrez Stabel, atual vigário da paróquia Santa Maria Goretti, em Maringá, será vigário da paróquia Santa Teresa de Jesus, em Marialva.

Pe. Sandro Ferreira, atual vigário da paróquia São João Batista, em Jandaia do Sul, será vigário da paróquia São José Operário, em Maringá.

Pe. Sidney Fabril, atual vigário da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Maringá, será pároco da paróquia São Benedito, em Kaloré, e permanece reitor do Seminário de Teologia, etapa da configuração, em Londrina.

Pe. Vanilson dos Santos Rigon, atual pároco da paróquia Santo Expedito, em Maringá, será pároco da paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Sarandi.

Pe. Virgílio Cabral dos Santos, atual vigário da paróquia Catedral Nossa Senhora da Glória, será pároco da paróquia Divino Espírito Santo, em Maringá.

Monsenhor Wilson Galiani, atual pároco da paróquia Santa Joaquina de Vedruna, em Maringá, irá residir no Seminário Maior Nossa Senhora da Glória e será colaborador da paróquia Catedral Nossa Senhora da Glória.


Seminarista Daniel Fabrício Zampieri, após receber a ordenação diaconal será colaborador na paróquia São João Batista, em Jandaia do Sul.

Seminarista João Paulo da Silva Piller, após receber a ordenação diaconal será colaborador na paróquia Bom Pastor, em Mandaguari.


Aproveito a ocasião para recomendar a todos que exerçam o seu serviço com disponibilidade de “Bom Pastor” e que jamais lhes falte a intercessão de Maria nossa Mãe e Padroeira, a Senhora da Glória.

Determinamos o mês de janeiro em diante para que os clérigos transferidos tomem posse nas suas novas atribuições. As datas das referidas posses serão divulgadas oportunamente.

Dado e passado nesta episcopal cidade de Maringá, no dia 20 de outubro de 2021.

Dom Frei Severino Clasen, ofm

Arcebispo Metropolitano de Maringá.


O Sínodo e as mulheres



Na sociedade é garantido o direito de voto às mulheres. E na Igreja? As antigas exclusões prevalecerão? O Sínodo será capaz de superar esse atraso?

Leia o artigo. Clique AQUI


237 LGBT+ morreram vítimas da homotransfobia no Brasil em 2020, revela relatório


Em 2020, 237 LGBT+ (1ésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia: 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). É o que mostra o Relatório: Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil.

Diferentemente do que se repete desde que o Grupo Gay da Bahia iniciou tal pesquisa, em 1980, pela primeira vez, as travestis ultrapassaram os gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e finalmente 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).

O relatório mostra ainda que, comparativamente aos anos anteriores, observou-se em 2020 surpreendente redução das mortes violentas de LGBT+: de 329 para 237, diminuição de 28%. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes, seguido em 2018 com 420, baixando para 329 mortes em 2019.

Não é a primeira vez que nessa série histórica há redução do número de mortes de um ano para outro, sem previsão nem explicação sociológica indiscutíveis. Em 1991, por exemplo, registrou-se uma queda de 153 para 83 em relação ao ano anterior (45%), oscilação sem nenhuma causa detectável.

Essa tendência de redução de mortes violentas foi observada em 2019 na população brasileira em geral, assim como entre transexuais e homossexuais, porém, em 2020, segundo dados oficiais dos 26 estados e distrito federal, houve no Brasil um aumento de 5% nos assassinatos em comparação com 2019. Um índice confirmado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais que registrou um aumento de 41% de mortes entre travestis e mulheres trans.

Contexto político

Segundo o prof. Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia, “a explicação mais plausível para a diminuição em 28% do número total de mortes violentas de LGBT em comparação com o ano anterior se deve ao persistente discurso homofóbico do Presidente da República e sobretudo às mensagens aterrorizantes de seus seguidores nas redes sociais no dia a dia, levando o segmento LGBT a se acautelar mais, evitando situações de risco de ser a próxima vítima, exatamente como ocorreu quando da epidemia da Aids e a adoção de sexo seguro por parte dessa mesma população.”

O comportamento preventivo também é observado devido à pandemia do Coronavirus, em que sobretudo os gays vem desenvolvendo novas e específicas estratégias de sobrevivência. A cada 36 horas um LGBT brasileiro é vítima de homicídio ou suicídio, o que confirma o Brasil como campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais, informação corroborada e ainda mais agravada pelos estudos do próprio Ministério dos Direitos Humanos, em relatório engavetado pelo atual Governo Federal, concluiu-se que em no país, entre 1963-2018, a cada 16 horas um LGBT foi assassinado.

Segundo agências internacionais de direitos humanos, matam-se mais homossexuais e transexuais no Brasil do que nos 13 países do Oriente e África onde persiste a pena de morte contra tal segmento. Mais da metade dos LGBTs assassinados no mundo ocorrem no Brasil.

Apesar dessa redução da violência letal observada nos dois últimos anos, o Grupo Gay da Bahia pontua que tais mortes cresceram incontrolavelmente nas duas últimas décadas: de 130 homicídios em média em 2000, saltou para 260 em 2010, subindo para 357 nos últimos quatro anos.

Durante os governos de Fernando Henrique Cardoso mataram-se em média 127 LGBT por ano; na presidência de Lula 163 e no governo Dilma 296, sendo que nos dois anos e 4 meses de Temer, foram documentadas uma média de 407 mortes anuais, caindo para 283 a média nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro.

Enquanto nos Estados Unidos, com 331 milhões de habitantes, mataram-se no ano passado 38 transexuais, no Brasil, com 212 milhões, foram assassinadas 118 trans. Incrível a inexistência de estatísticas globais sobre os homicídios e suicídios de LGBT: esse nosso levantamento, além do mais antigo é único divulgado nacional e internacionalmente.

Perfil das vítimas de homofobia

Os relatórios sempre insistiram que as pessoas trans representam a categoria sexológica mais vulnerável a mortes violentas. Esse total de 161 mortes, se referidas a 1 milhão de travestis e transexuais que se estima existir em nosso país, sinalizam que o risco de uma pessoa trans ser assassinada é aproximadamente 17 vezes maior do que um gay.

Já que o IBGE não inclui no censo nacional, apesar da insistente demanda do movimento social, com base em indicadores diversos produzidos pela Academia, instâncias governamentais e pelo movimento LGBT, que existam no Brasil por volta de 21 milhões de gays (10% da população), 12 milhões de lésbicas (6%) e 1 milhão de trans (0,05%).

Quanto à idade das vítimas, cinco eram menores de idade, a mais jovem, uma travesti de 15 anos, moradora em Fortaleza, na Granja Lisboa, foi encontrada agonizante num terreno baldio após levar diversos tiros. 33% das vítimas estavam na flor da idade, entre 15-30 anos e 8% com mais de 46 anos. O mais idoso, com 80 anos, era um gay branco morador em Recife, cego e abandonado pela família, suicidou-se jogando-se do quarto andar de seu prédio. 8,2% dos LGBT+ mortos tinham mais de 46 anos.

O quesito cor é variável bastante descuidada nas matérias jornalísticas, sendo desconhecida para 43% das vítimas. Encontramos 74 pardos e pretos (54%) e 62 brancos (46%), refletindo aproximadamente a mesma tendência demográfica do conjunto da população nacional.

Confirma-se a mesma tendência notada ao longo dessas quatro décadas de pesquisa: os LGBT+ mortos pertenciam a praticamente todos os estratos sociais, predominando 44,6% de profissionais do sexo, 10,6% cabeleireiros/as, 8,7% de professores/as. Constam ainda entre os morto LGBT+: empresário, estudante, mãe de santo, maquiador, pizzaiolo, representante comercial, advogado, agente de trânsito, agente socioeducativo, aposentado, arquiteto, atriz, dançarino, designer, digital influencer, empregada doméstica, fisioterapeuta, guarda municipal, médico, modelo, auxiliar de serviços gerais, bancário, oficial de justiça, pai de santo, pedreiro, terapeuta holística, vigilante, voluntário.

No tocante à tipologia das mortes violentas de LGBT ocorridas em 2020, registramos 15 homicídios (90,7%), seguido de 13 suicídios (5,4%) e 9 latrocínios (3,7%).

Quanto à causa, repete-se a mesma tendência observada regularmente nessas quatro décadas de pesquisa: predomínio de mortes violentas com arma de fogo (42,3%), seguido de armas brancas (23%) e espancamento (9,1%).

Registrou-se também uma dezena de diferentes formas desses crimes homotransfóbicos, muitos dos quais sendo precedidos por tortura e mais crueldades frequentes nos crimes de ódio: estrangulamento, pauladas, atropelamento, queima do corpo, descarga elétrica.

Também quanto ao local dessas mortes, confirma-se a mesma tendência observada desde o início da pesquisa: gays e lésbicas são assassinados dentro de suas residências com objetos domésticos (fios elétricos, almofadas, facas de cozinha) enquanto travestis e transexuais, notadamente as profissionais do sexo, são atingidas por disparos de revólver na pista: 60,8% de tais sinistros ocorreram em espaços públicos (praças, ruas, vias, vielas, terrenos abandonados), seguido da residência da vítima com 23,5% e, por fim, 15,6% em espaços privados (motéis, casas e comércios de terceiros).

Três quartos destes homicídios homotransfóbicos ocorreram a noite – evidenciando práticas espaciotemporais típicas de minorias sexuais urbanas que, devido ao estigma, encontram na noite a melhor ocasião para encontros íntimos via de regra clandestinos ou para a prática do lazer na chamada “cena lgbt.” 17% das mortes ocorreram no período matutino e 10% a tarde.

A violência materializada contra corpos de LGBTI+ é, principalmente, uma violência de gênero, atingindo diferenciadamente e a partir de múltiplas intensidades alguns segmentos, sobretudo, travestis e mulheres trans vitimadas em diferentes contextos e realidades socioespaciais. Das 113 travestis assassinadas, 72 (63%) foram executadas em espaços públicos, sobretudo, em ruas e vias, evidenciando um contexto marcado pela “prostituição de pista”: 90% das “meninas da noite” ainda vivem desse metier.

Suicídios de LGBT+ são de dificílima localização nos registros policiais e nas mídias sociais, pois sua subnotificação é ainda superior aos homicídios, sendo agravada por três estigmas: homossexualidade+gênero diverso+morte intencional. Pesquisas internacionais apontam que o índice de suicídios entre jovens LGBT+ é cinco vezes superior ao de heterossexuais. (Suicídios jovens LGBT, 2019). Em 2020 localizamos 13 suicidas, sendo 7 travestis e mulheres trans, 3 homens trans, 2 gays 1 sem identificação de gênero.

Dados por região

Em termos absolutos, o Nordeste ocupa o primeiro lugar em número de morte com 113 casos, seguido do Sudeste com 66, Norte e Sul com 20 mortes cada e o Centro Oeste, 18 mortes.

Em termos relativos, isto é, número de mortes por um milhão de habitantes, a média nacional foi 1,28 mortes. O maior índice de violência foi registrado na Região Nordeste, 2,12; Centro Oeste, 1,28; Norte, 1,26; Sudeste, 0,82 e Sul, 0,78. Nos últimos anos, Nordeste e Norte se revezam nessa sangrenta precedência. O risco de um LGBT+ ser assassinado no Nordeste é quase três vezes maior do que no Sul.

Fortaleza, inexplicavelmente, foi a capital mais homotransfóbica no ano passado: 20 LGBT+ mortos, o dobro de São Paulo (10), que é cinco vezes mais populosa. Os índices de criminalidade em Natal são igualmente preocupantes, pois teve o mesmo número de mortes de Salvador (5) que possui dois milhões a mais de habitantes. Pior ainda é a situação de alguns municípios interioranos que tiveram a mesma incidência de crimes letais de outras sete capitais mais populosas: em Alagoas, Rio Largo e São José da Laje e em São Paulo, São Bernardo do Campo.

Alagoas desponta como o estado mais violento do Nordeste e do Brasil, acumulando 4,8 mortes para cada um milhão de habitantes, seguido por Roraima no Norte, com 4,4; no Centro Oeste, Mato Grosso, com 1,97; Minas Gerais no Sudeste, com 0,96 e no Sul, o líder dos assassinatos foi Santa Catarina com 0,8 mortes. O risco de uma LGBT+ ser assassinada em Alagoas é 6 vezes maior do que em Santa Catarina.

Segundo o mestrando Alexandre Bogas, coordenador do Acontece LGBTI+, “2020 foi marcado pela maior e pior pandemia da história recente. No início de maio de 2021, há um ano do primeiro caso registrado no país, o Brasil se aproxima de meio milhão de óbitos, com perspectivas desanimadoras, potencializadas pela incapacidade, ineficiência e indisposição governamental. O negacismo do governo federal na condução da pandemia no Brasil chocou o mundo, resultado inclusive em denúncias aos órgãos internacionais.”

“Quantos LGBTI+ morreram nesta pandemia? Quantas dessas mortes seriam evitáveis, se medidas corretas tivessem sido adotadas pelas autoridades? Quatro vips da tribo LGBT+ morreram de Covid 19: o cantor Agnaldo Timóteo, a esteticista Rudy, o bailarino Ismael Ivo e o ator Paulo Gustavo. Quantos ainda morrerão? Quantos LGBT+ tiveram graves conflitos familiares devido ao confinamento social, sendo desalojados, agredidos física e moralmente, passando dificuldades, impedidos de encontrar seus parceiros? Quantas travestis de pista estão passando enormes privações materiais e stress devido às restrições de circulação urbana?”

Talvez uma das explicações para o aumento em 41% do número de trans e travestis assassinadas durante esse primeiro ano de pandemia se deve ao fato de que gays e rapazes de programa receosos da Covid 19 deixaram de frequentar os locais de “pegação” e seus clientes e parceiros procuraram mais então, alternativamente, às trans profissionais do sexo, surgindo desentendimentos e atritos de relacionamento, que redundaram no crescimento da violência letal contra o segmento mais vulnerável. A redução do policiamento ostensivo nas ruas, sobretudo à noite, como protocolo preventivo da epidemia, certamente facilitou as agressões e mortes contra as “damas da noite”.

Medidas a serem tomadas

O Grupo Gay enfaztiza a urgência de ações governamentais com vistas a reverter o quadro atual de violência e discriminação contra homossexuais, bissexuais e transexuais no Brasil.

• Educação sexual e de gênero em todos os níveis escolares para ensinar jovens e população em geral o respeito aos direitos humanos e cidadania da população LGBT;

• Cumprimento rigoroso das leis aprovadas garantindo a cidadania plena da população LGBT, sobretudo no reconhecimento do casamento homoafetivo e a equiparação da homofobia e transfobia ao crime de racismo;

• Políticas públicas na área da saúde, direitos humanos, educação, que contribuam para erradicar as mortes violentas e proporcionem igualdade cidadã à comunidade LGBT;

• Exigir que a Polícia investigue diligentemente e a Justiça puna com toda severidade os crimes homotransfóbicos.

• E um apelo aos LGBT+ para que evitem situações de risco de sua própria segurança vital e quando vítimas de qualquer ameaça ou violência, reajam e denunciem.

“Monitorar as mortes violentas de LGBT+ no Brasil é parte de um esforço de quatro décadas do Grupo Gay da Bahia e da persistência e luta do professor, antropólogo e decano do movimento homossexual brasileiro Luiz Mott. O resultado desse esforço é apresentado nos relatórios anuais, enquanto estratégia de mobilização da sociedade e do Estado em prol da cidadania de um dos segmentos mais vulneráveis a violência, pelo simples fato de amar alguém do mesmo sexo. O século XXI precisa também chegar para os homossexuais com mais políticas públicas, não apenas na área da segurança, mas na relação direta com a possibilidade de assegurar a todos nós oportunidades de inserção social, pois as vulnerabilidades sociais somadas à homofobia têm levado a morte, muito de nossos irmãos e irmãs LGBT+.”

Para acessar o relatório completo:

https://observatoriomortesviolentaslgbtibrasil.org/




18 outubro, 2021

Para essa semana, a provocação a nós e é do nosso amado profeta papa Francisco.

Um rosto humano aos nossos modelos socioeconômicos - Construamos pontes de amor!

“Devemos dar aos nossos modelos socioeconômicos um rosto humano, porque muitos modelos o perderam. Pensando nestas situações, quero pedir em nome de Deus:

Aos grandes laboratórios, que quebrem as patentes. Realizem um gesto de humanidade e permitam que todo ser humano tenha acesso à vacina.

Aos grupos financeiros e aos organismos internacionais de crédito, que permitam aos países pobres garantir as necessidades de seu povo e perdoar aquelas dívidas que muitas vezes contraíram contra os interesses daqueles mesmos povos.

Às grandes empresas de mineração, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agroalimentares, que deixem de destruir a natureza, de poluir, de intoxicar os povos e os alimentos.

Às grandes empresas de alimentos, que deixem de impor estruturas de monopólio de produção e distribuição que inflacionam os preços e acabam por impedir o pão ao faminto.

Aos fabricantes e traficantes de armas, que cessem totalmente suas atividades que fomentam a violência e a guerra, muitas vezes no tabuleiro de jogos geopolíticos, cujo custo são milhões de vidas e deslocamentos.

Aos gigantes da tecnologia, que parem de explorar a fragilidade humana, as vulnerabilidades das pessoas, para obter lucros.

Aos gigantes das telecomunicações, que liberem o acesso a conteúdos educacionais e o intercâmbio com os professores através da internet, para que as crianças pobres possam receber uma educação em contextos de quarentena.

Aos meios de comunicação, que acabem com a lógica da pós-verdade, com a desinformação, a difamação, a calúnia e com aquela atração doentia pelo escândalo e o túrbido; que busquem contribuir à fraternidade humana.

Aos países poderosos, que parem com as agressões, os bloqueios e as sanções unilaterais contra qualquer país em qualquer parte da terra. Os conflitos devem ser resolvidos em instâncias multilaterais, como as Nações Unidas.

Aos governos e a todos os políticos, que trabalhem pelo bem comum. Não ouçam somente as elites econômicas e estejam a serviço dos povos que pedem terra, casa, trabalho e uma vida digna em harmonia com toda a humanidade e com a criação.

A todos nós, líderes religiosos, que jamais usemos o nome de Deus para fomentar guerras. Estejamos ao lado dos povos, dos trabalhadores, dos humildes e lutemos juntos para que o desenvolvimento humano integral seja uma realidade. Construamos pontes de amor."

CNBB SAI EM DEFESA DO PAPA FRANCISCO, DO ARCEBISPO DE APARECIDA (SP) DOM ORLANDO BRANDES E DO EPISCOPADO BRASILEIRO

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, comenta a fala agressiva de deputado da ALESP.





CNBB sai em defesa do Papa Francisco, do Arcebispo de Aparecida (SP) Dom Orlando Brandes e do Episcopado Brasileiro

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã deste domingo, 17 de outubro, uma Carta Aberta dirigida ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o deputado estadual Carlão Pignatari. No documento, a CNBB rejeita “fortemente as abomináveis agressões” proferidas da Tribuna da ALESP pelo deputado estadual Frederico D’Avila no último dia 14 de outubro, dia de seu aniversário de 69 anos de presença e serviços ao Brasil.

No vídeo (acima), o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifesta sua indignação e presta apoio ao Papa Francisco e ao arcebispo de Aparecida.

O político, diz a carta, agiu com ódio descontrolado e desferiu ataques ao Santo Padre o Papa Francisco, à própria CNBB e ao arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes. A CNBB defende que, com esta atitude, o deputado “feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes” e vai buscar uma reparação jurídica a ser corrigida “pelo bem da democracia brasileira”.

Na Carta Aberta, a CNBB afirma se ancorar, profeticamente, sem medo de perseguições, no princípio contido na Gaudium et Spes (“Alegria e Esperança” em latim) sobre o papel da Igreja no mundo contemporâneo, a única constituição pastoral e a 4ª das constituições do Concílio Vaticano II:
a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76)

A CNBB busca agora, por meio da presidência de seu regional Sul 1, um agenda para entregar pessoalmente o documento ao presidente da ALESP, deputado Carlão Pignatari. Confira, abaixo, a íntegra do documento em versão word e aqui em versão PDF.
CARTA ABERTA

P – Nº. 0325/21

Exmo. Sr.
Deputado Estadual Carlão Pignatari
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Cidadãos e cidadãs brasileiros

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, nesta casa legislativa e diante do Povo Brasileiro, rejeita fortemente as abomináveis agressões proferidas pelo deputado estadual Frederico D’Avila, no último dia 14 de outubro, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Com ódio descontrolado, o parlamentar atacou o Santo Padre o Papa Francisco, a CNBB, e particularmente o Exmo. e Revmo. Sr. Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes.

Ao longo de toda a sua história de 69 anos, celebrada no dia em que ocorreu este deplorável fato, a CNBB jamais se acovardou diante das mais difíceis situações, sempre cumpriu sua missão merecedora de respeito pela relevância religiosa, moral e social na sociedade brasileira. Também jamais compactuou com atitudes violentas de quem quer que seja. Nunca se deixou intimidar. Agora, diante de um discurso medíocre e odioso, carente de lucidez, modelo de postura política abominável que precisa ser extirpada e judicialmente corrigida pelo bem da democracia brasileira, a CNBB, mais uma vez, levanta sua voz.

A CNBB se ancora, profeticamente, sem medo de perseguições, no seguinte princípio: a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76).

Defensora e comprometida com o Estado Democrático de Direito, a CNBB, respeitosamente, espera dessa egrégia casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade – sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada.

A CNBB, prontamente, comprometida com a verdade e o bem do povo de Deus, a quem serve, tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis. As ofensas e acusações, proferidas pelo parlamentar – protagonista desse lastimável espetáculo – serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem – de modo exigente nos termos da Lei.

Nesta oportunidade, registramos e reafirmamos o nosso incondicional respeito e o nosso afeto ao Santo Padre, o Papa Francisco, bem como a solidariedade a todos os bispos do Brasil. A CNBB aguarda uma resposta rápida de Vossa Excelência – postura exemplar e inspiradora para todas as casas legislativas, instâncias judiciárias e demais segmentos para que a sociedade brasileira não seja sacrificada e nem prisioneira de mentes medíocres.
Em Cristo Jesus, “Caminho, Verdade e Vida”, fraternalmente,

Brasília-DF, 16 de outubro de 2021

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ


Secretário-Geral

15 outubro, 2021

Um país que tem uma educação de qualidade faz toda a diferença!

Recordamos hoje o Dia das Professoras e dos Professores, nosso carinho e respeito a quem nos prepara para o futuro. Um país que tem uma educação de qualidade faz toda a diferença.

A Constituição Federal de 1988 determina a aplicação de importantes políticas para a categoria profissional, mas até o presente momento, mesmo fortalecidas com leis complementares, estas políticas não estão sendo implementadas.

O apoio de toda população para avançar na aplicação das políticas já conquistadas nas leis nacionais e locais faz necessário.


14 outubro, 2021

Tudo tem começo, meio e recomeço - Aberto o Sínodo!

A sinodalidade pertence à própria natureza da criação, Deus criou a mulher e o homem à sua imagem e semelhança como ser social. Criou e os chamou para ajudá-Lo, para amar e cuidar.

Ao percorrermos as Sagradas Escrituras veremos a sinodalidade em toda ela. Olha que bonito, a unidade esta até entre o Antigo e o Novo Testamento. São muitas as mulheres e muitos os homens, em todas as Sagradas Escrituras e em Jesus a plenitude da sinodalidade.

Destaco a figura de uma mulher, nela vejo a revelação da sinodalidade de Deus. Uma mulher, Maria Santíssima, que Igreja Católica Apostólica Romana a reconhece como Mãe de Deus, Mãe da Igreja, nossa Mãe e primeira discípula. Em todos os momentos, nos momentos mais importantes da vida de Jesus o papel da mulher Maria Santíssima.

Não da para acreditar que ainda nos dias atuais, a mulher ainda não é acolhida no sacramento da ordem do presbiterado e não reconhecida na ordem do diaconato. Digo não reconhecida na ordem diaconato porque existem muitas diaconisas na Igreja Católica Apostólica Roma, no mundo, só não reconhecidas.

A sinodalidade pertence à própria natureza da Igreja, comunhão, participação e missão. Igreja como povo de Deus. Para Deus não há um povo específico e sim um único povo. A Igreja é uma grande unidade.

Podemos perguntar a sinodalidade presente nas Sagras Escrituras foi se perdendo do seio da Igreja Católica Apostólica Romana? Sim ou não, o que importa é que com a abertura do sínodo pelo Papa Francisco estamos vivendo um momento histórico que acredito jamais vivido no mundo, desde as periferias aos grandes centros, desde os grandes centros as periferias, todas e todos os batizados, o maior processo já realizado de escuta.

Um caminhar para a sinodalidade, Igreja povo de Deus, comunhão e participação ativa de todas e todos nas decisões e na missão missionária de evangelização. Utopia? Digo que tudo tem começo, meio e recomeço - Aberto o Sínodo.

Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Assessora das CEBs na Arquidiocese de Maringá

Abertura do Sínodo dos Bispos na Arquidiocese de Maringá será domingo, 1...

11 outubro, 2021

Celebrar Nossa Senhora Aparecida!

Celebrar Nossa Senhora Aparecida é unir para envolver com as causas das juventudes, do Povo Pobre e Oprimido, a População LGBT, Povos e Comunidades Tradicionais.

Celebrar Nossa Senhora Aparecida é unir para envolver com as causas das mulheres que com ousadia resistem no meio de incertezas a violações e abusos.

Celebrar Nossa Senhora Aparecida é deixar-se envolver por sua humildade e o seu sim a serviço dos cuidados a nós suas filhas e filhos.

Celebrar Nossa Senhora Aparecida é deixar-se envolver na esperança de um Brasil e um mundo justo e fraterno.




Ajude a encontrar quem queira

Esse cachorrinho apareceu em casa sábado por volta das 10 horas.
Até hoje ninguém o procurou como seu dono.
Ainda é bebê. 
Castrado. 
Lindo e carinhoso.
Desconfio que tem mistura com fila. Raça grande.

Não tenho como ficar com ele.

PARA ADOÇÃO


Como mulheres e pessoas menstruantes, não podemos deixar que um projeto de grande avanço para nós perca sua finalidade, por conta de atos de um presidente fascista."


 

Manifesto ao Congresso Nacional na luta contra a pobreza menstrual

A higiene menstrual é uma questão de saúde pública mundial e de direitos humanos.

O manifesto é publicado por Sul21, 08-10-2021.

Coletivo de entidades e link para adesão (*)

Nesta data, 07 de outubro de 2021, foi sancionado o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, de autoria da Deputada Marília Arraes (PT-PE) e outros 34 Deputados/as, o qual tinha por objeto o combate assíduo à precariedade menstrual no país, o que significa, entre outras palavras, a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período que mulheres e pessoas menstruantes em situação de vulnerabilidade social enfrentam durante a menstruação.

Todavia, o que vimos hoje é mais um dos muitos atos de repressão do Governo Bolsonaro frente aos direitos da mulher, visto que o mesmo vetou o artigo que previa – exatamente – a distribuição gratuita de absorventes, com a fala absurda de que o projeto não estabeleceria formas de custeio.

Fala errônea, eis que no projeto aprovado na Câmara e no Senado, as fontes de custeio eram as dotações disponibilizadas anualmente pela União ao funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Logo, a intenção dada à legislação, que era, principalmente, oferecer a garantia de cuidados básicos de saúde com a distribuição gratuita de absorventes a estudantes de baixa renda matriculadas nas redes de ensino público, para as pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema, e para as presidiárias e adolescentes internadas em unidades de medida socioeducativas, cai por terra, em razão da perversidade do governo Bolsonaro que ataca nossos direitos mais uma vez.

A pobreza menstrual, embora ainda pouco tratada no Brasil, é um fenômeno multifatorial que envolve questões políticas, culturais, sociais e econômicas, e que acarreta riscos severos para a saúde em função do manejo inadequado da menstruação, além de danos emocionais, uma vez que não podendo arcar com esses gastos, muitas pessoas recorrem a métodos inseguros para conter o próprio sangue, como folhas de jornal, trapos, papelão, papel higiênico, miolos de pão, entre outros.

Tudo isso só aumenta com a ausência de saneamento básico, a falta de acesso à saúde pública de qualidade, os altos valores cobrados por itens menstruais, os preconceitos e tabus que impossibilitam mulheres e pessoas que menstruam de falarem sobre o assunto, acarretando nesse imenso problema social.

A higiene menstrual é uma questão de saúde pública mundial e de direitos humanos, portanto, deve ser garantida – obrigatoriamente – pelos órgãos públicos, eis que, no caso, falar sobre acesso a protetores menstruais e todas as questões sociais que envolvem a temática da pobreza menstrual é discutir sobre a vida de mais da metade da população.

Como mulheres e pessoas menstruantes, não podemos deixar que um projeto de grande avanço para nós perca sua finalidade, por conta de atos de um presidente fascista.

A luta ainda não acabou, e o veto presidencial poderá ser derrubado no Congresso Nacional.

Portanto, neste momento, nós, mulheres, pessoas menstruantes, organizações da sociedade civil, especialistas e afins, subscrevemos este manifesto, para defender as medidas retiradas do projeto, pressionando o legislativo para que derrubem o veto dado por Bolsonaro, na luta por diminuir, assim, o impacto da pobreza menstrual e da desigualdade entre gêneros no Brasil.


Observatório de Saúde e Garantia de Direitos das Mulheres, Meninas e LGBTQIA+ Porto Alegre

Fórum Municipal de Mulheres Porto Alegre

Marcha Mundial de Mulheres

Aliança Feminismo Popular

Coletivo Feminino Plural

Periferia Feminista

Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe

Querela Jornalistas Feministas

Frente Nacional de Mulheres na Política

Movimento de Mulheres Inclusivas

Fórum das Mulheres Feministas de Viamão

Coletivo Frida Kahlo

Coletivo Uma Mulher Ajuda a Outra

Rede Sapatà

Acarmo LBT Negritude

Coletivo Feminista Elza Soares

COMDIM Novo Hamburgo

GAMP Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas

UBM Porto Alegre

Mandato Popular – Vereadora Bruna Rodrigues

União Brasileira de Mulheres- RS.

Coletivo de Proteção a Infância Voz Materna

Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos

Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica. ABMCJ – Comissão Estadual do RS

Frente Parlamentar de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres da ALRS

Comitê Gaúcho Impulsor do Movimento ElesPorElas HeForShe

Fórum de Mulheres do Mercosul RS

Força Tarefa de Combate aos Feminicídios da Assembleia Legislativa do RS

Ó MULHERES

Mandato Deputada Federal Maria do Rosário

RENAP/RS

Coletivo Sobre Elas

UBM – Santiago/RS

FLD – Fundação Luterana de Diaconia

COMIN- Conselho de Missão entre Povos Indígenas

CAPA – Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia

Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Reprodutivos

Associação das PLPS de Passo Fundo

Mandato da Deputada Estadual Sofia Cavedon

Associação de Moradores Vale dos Canudos

União Brasileira de Mulheres – RS

Partido dos Trabalhadores

Federação da Alimentação RS

Coletivo de mulheres petistas do Balneário Pinhal, RS

Espaço de Arte Viandantes

Pastoral da Saúde

Flávia Rosangela Ortiz Retamar

Marco Adiles Moreira Garcia

Ana Lucia Dias

Jaqueline Selva

Patricia Nascimento

Caroline Massetti

Clara Denise Fernandes Fórum de Mulheres do Mercosul

Maria Helena CUTRS

Cintia Rita

RONIMAR DEL PINO

Vera Elisa Fayette


*Acesse o link para adesão aqui.

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Fonte: IHU

08 outubro, 2021

Nesse momento recebendo uma visita em meu trabalho



“Sem os povos indígenas, tradicionais, quilombolas e ribeirinhos nenhum país evitará o aquecimento global”, alerta Angela Mendes na ONU

No Brasil, o papel ativo de povos indígenas, tradicionais, quilombolas e ribeirinhos na conservação da temperatura global, o que os classifica como agentes de mudança, são indispensáveis.

Leia a reportagem. Clique AQUI




Hino oficial da Campanha da Fraternidade 2022!

07 outubro, 2021

Veto de Bolsonaro a distribuição de absorventes expõe 'pobreza menstrual'; entenda o conceito

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, 25% das meninas entre 12 e 19 anos deixaram de ir à aula alguma vez por não ter absorventes.

O presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorventes íntimos. A decisão trouxe novamente ao debate o conceito de "pobreza menstrual" e a dificuldade de promover políticas públicas capazes de acolher estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.

Entenda o que é o conceito, o que previa o projeto e a reação das sociedade, inclusive a reação de personalidades à decisão que foi apontada como "retrocesso." 

Clicando AQUI

Reportagem publicada no site G1 em 07/10/2021.

01 outubro, 2021

Discípulos Missionários

Jesus pede a todos nós, e a ti também, que sejamos discípulos missionários.
Estás preparado?

Basta estarmos disponíveis ao seu chamado e vivermos unidos ao Senhor nas coisas mais quotidianas, no trabalho, nos encontros, nas ocupações diárias, nas casualidades de cada dia, deixando-nos sempre guiar pelo Espírito Santo.

Se Cristo te move, se fazes as coisas porque Cristo te orienta, os outros notarão isso facilmente.

E o teu testemunho de vida provocará admiração, e a admiração fará com que os outros se perguntem:"Como é possível que seja assim?, "De onde esta pessoa tira o amor com que trata os outros, e amabilidade, o bom humor?"

Recordemos que a missão não é fazer proselitismo. A missão baseia-se no encontro entre as pessoas, no testemunho de homens e mulheres que dizem: "Eu conheço Jesus, gostaria que tu também O conhecesses".

Irmãos e irmãs, rezemos para que cada batizado participe na evangelização e que cada batizado esteja disponível para a missão através do seu testemunho de vida.

E que este testemunho de vida tenha o sabor do Evangelho.

(Papa Francisco)

Discípulos Missionários - O Vídeo do Papa 10 – outubro de 2021