12 setembro, 2018

Conheça Manuela D’Ávila candidata a vice de Haddad
















Manuela D’Ávila foi lançada como candidata a vice-presidente pelo PT terça-feira, dia 11/09/2018.

Candidata ao lado de Fernando Haddad, foi três vezes a deputada mais votada do Rio Grande do Sul, federal em 2006 e 2010, e estadual em 2014.

Manuela Pinto Vieira D’Ávila foi lançada como candidata a vice-presidente junto de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), nesta terça-feira (11). Filiada ao PCdoB, Manuela D'Ávila nasceu em Porto Alegre, tem 36 anos, é filha de juíza e de engenheiro, e mãe de uma menina de três anos.

Formada em jornalismo pela PUC-RS, Manuela D’Ávila também cursou Ciências Sociais na UFRGS, mas não chegou a concluir essa graduação. Envolvida na política desde a década de 1990, quando participava ativamente do movimento estudantil, foi membro da União da Juventude Socialista (UJS) – braço do PCdoB, partido ao qual é filiada desde 2001. Ainda naquela época, foi integrante na direção nacional da UJS e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Com apenas 23 anos, foi eleita vereadora de Porto Alegre, em 2004. Dois anos depois, venceu as eleições para a Câmara dos Deputados, sendo a candidata mais votada no Rio Grande do Sul para o cargo. Em 2010, foi reeleita deputada federal, quando relatou o Estatuto da Juventude, lei que garante direitos aos jovens do País. 

Também no Congresso, foi relatora da Lei dos Estágios, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e vice-presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. Fez parte também da Frente Parlamentar do Esporte, da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade na Internet e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT.

Manuela se destaca pela defesa de políticas públicas para as minorias. Defensora do feminismo e da política para mulheres , a candidata chamou a atenção ao levar sua filha, Laura Leindecker, a sessões da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Em 2014, foi eleita deputada estadual – com recorde de votos. Dois anos depois, uma foto da deputada amamentando a filha repercutiu em todo o mundo – o que a fez vir a público para chamar a atenção sobre a política “machista e masculina”.

Na época, ela chegou a publicar um texto em sua página do Facebook em que refletia os “porquês” de a foto ter repercutido tanto, defendendo: “Um ambiente que não é amigo das mulheres e crianças não tem como ser amigo do povo”.

Também no ano de 2016, foi apontada como uma das preferidas na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, mas desistiu de tentar a vaga para cuidar de sua filha recém-nascida.

No dia 1º de agosto de 2018, a ex-deputada e ex-vereadora foi confirmada candidata à Presidência da República pelo PCdoB . Depois de ter a candidatura lançada com apoio unânime dos delegados do partido, ela apresentou bandeiras como a da reforma da segurança pública, a justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação da reforma trabalhista, além da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos por 20 anos.

Durante a curta campanha como candidata à Presidência, Manuela também criticou o “desemprego recorde”, a queda da massa salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.  

Apesar de ter a chapa registrada no Tribunal Superior Eleitoral, após o apoio de seu partido a Lula, Manuela D'Ávila desistiu da candidatura própria e passou a apoiar o PT. Agora, foi lançada candidata a vice-presidente pelo partido ao  lado de Fernando Haddad.

Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-09-11/manuela-davila-candidata-vice-pt.html

O amor verdadeiro!


"O amor verdadeiro é a verdadeira liberdade, pois desapega da posse, reconstrói as relações, sabe acolher e valorizar o próximo, transforma todo esforço em um dom alegre e torna-o capaz de comunhão. O amor torna livres mesmo na prisão, ainda se fracos e limitados”.

Papa Francisco

Intolerância entre católicos nas redes sociais: palavra de um especialista



Intolerância entre católicos nas redes sociais: palavra de um especialista

Moisés Sbardelotto, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação e autor dos livros “E o Verbo se fez rede“(Paulinas, 2017) e “E o Verbo se fez bit” (Santuário, 2012) publicou artigo, esta semana, no periódico “Mensageiro de Santo Antônio” no qual faz uma denúncia sobre o modo como muitos católicos se comportam nas redes sociais digitais.

Intolerância, ódio e indiferença

Na primeira parte do artigo, ele constata: “Intolerância, ódio, indiferença. Discriminação, difamação, desinformação. Não, não se trata apenas daquilo que encontramos em boa parte dos grandes meios de comunicação. Também não se trata daquilo que circula nas redes sociais digitais em geral. Infelizmente, esse é o panorama das interações entre católicos e católicas em rede – ou, pelo menos, de indivíduos que assim se identificam“. E pondera: “A pessoa que está do outro lado da tela já não é um ‘irmão ou irmã na fé’, mas apenas alguém sobre o qual se descarregam toda a raiva e o rancor pessoais, camuflados de defesa da tradição, da doutrina e da liturgia, com citações artificiosamente pinçadas da Bíblia e do Catecismo. Nada nem ninguém estão acima desse ‘Tribunal da Santa Inquisição Digital’, nem mesmo o papa Francisco ou os bispos“.

Palavra da CNBB

O autor lembra que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na mensagem pública dada durante a última assembleia-geral, em abril deste ano, advertia: “vivemos um tempo de politização e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB […] A liberdade de expressão e o diálogo responsável são indispensáveis. Devem, porém, ser pautados pela verdade, fortaleza, prudência, reverência e amor”. Apesar dessa palavra clara do episcopado, o autor considera que “cada vez mais, as redes sociais digitais convertem-se em patíbulos para a realização generalizada de novos ‘autos de fé’. Nessas ‘fogueiras digitais’, são condenados os supostos ‘hereges’ atuais, expressão-agressão que circula abundantemente em páginas e grupos católicos nas redes, dirigida contra todos aqueles que têm uma visão de Igreja diferente da do agressor. Esses ‘linchamentos simbólicos’ não ocorrem por determinação da hierarquia da Igreja, mas por decisão de grupelhos de leigos, que se arrogam o direito – e até o dever –, em nome da ‘sã doutrina’, de atirar a primeira pedra“.

Cibermilícias católicas

Sbardelotto continua: “Os atores que dinamizam esse triste fenômeno intracatólico já ganharam algumas definições, como os chamados ‘catolibãs’, ou seja, católicos-talibãs, que atuam com base na violência simbólica (mas nem por isso menos preocupante e hedionda). Pregam a exclusão de tudo o que seja ‘catolicamente diferente’ e de todos os ‘catolicamente outros’. Para tais extremistas, haveria apenas um único catolicismo, puro, cristalino, são e verdadeiro, sem nuances, bem delimitado e definido – pelos próprios esquemas e padrões mentais ou por documentos da Igreja de séculos passados“.

O autor informa que o teólogo e historiador italiano Massimo Faggioli denominou tais grupos de “cibermilícias católicas”, dada sua militância venenosa em prejuízo da comunhão eclesial. Para ele, essas cibermilícias “usam uma linguagem extremista de ódio em defesa da ortodoxia católica. Elas não veem isso nem como vício nem como pecado”. Ainda lembrando a contribuição de Faggioli, afirma que esso é grave, afirma porque pode originar uma eclesiologia que “humilha a Igreja, incluindo as suas lideranças institucionais que parecem impotentes perante a pressão social midiática”.

Papa Francisco

O autor do artigo recorda que, recentemente, “o papa Francisco sentiu a necessidade de se pronunciar com autoridade sobre esse fenômeno. Em sua última exortação apostólica, Gaudete et exsultate [Alegrai-vos e exultai]: sobre o chamado à santidade no mundo atual, ele dedicou um parágrafo inteiro a esses pecados digitais: ‘Pode acontecer também que os cristãos façam parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou espaços de intercâmbio digital. Mesmo nas mídias católicas, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia. Gera-se, assim, um dualismo perigoso, porque, nestas redes, dizem-se coisas que não seriam toleráveis na vida pública e procura-se compensar as próprias insatisfações descarregando furiosamente os desejos de vingança. É impressionante como, às vezes, pretendendo defender outros mandamentos, se ignora completamente o oitavo: ‘Não levantar falsos testemunhos’ e destrói-se sem piedade a imagem alheia. Nisto se manifesta como a língua descontrolada ‘é um mundo de iniquidade; […] e, inflamada pelo Inferno, incendeia o curso da nossa existência’ (Tg 3,6)” (GE, n. 115).

Sbardelotto considera que, assim, fica claro não se tratar de algo menor, mas, como afirma o papa Francisco, trata-se de verdadeiras “redes de violência” paradoxalmente internas ao catolicismo, embebidas por difamação, calúnia vingança, iniquidade, falsidade.

Prossegue, o autor: “Propaga-se uma igreja paralela digital, que não condiz nem com os tempos (para tais católicos, só vale aquilo que veio antes do Concílio Vaticano II), nem com os lugares (qualquer tentativa de inculturação da fé nas expressões populares ou periféricas seria inconcebível), nem com as pessoas (o papa Francisco seria um ‘antipapa’, e os bispos brasileiros, simplesmente ‘trezentos picaretas’). Uma Igreja em mudança em mundo em mudança gera incerteza e insegurança demais para eles. E, para buscar certezas e seguranças, onde melhor do que em um passado eclesial mítico e na letra envelhecida e enrijecida de doutrinas de antanho? ‘Sempre se fez assim’, afirmam, ‘e assim sempre deve continuar sendo feito’… Mas o papado de Francisco vai por outros caminhos. Ele pede uma ‘Igreja em saída’, em movimento, em missão“.

Sbardelotto lembra que o Papa Francisco, em uma homilia na Casa Santa Marta, no dia 24 de abril deste ano, comparou a Igreja a uma bicicleta: se ficar parada, cai. “O equilíbrio da Igreja”, afirmou, “está precisamente na mobilidade, na fidelidade ao Espírito Santo”.

Católicos extremistas

Já encaminhando para o seu final, a reflexão de Sbardelotto constata que “os católicos extremistas defendem o imobilismo e a fixidez de dogma e rito. Buscam ficar fora dessa ‘Igreja franciscana’. Constroem universos eclesiais paralelos, especialmente em rede. Assim, tais católicos se manifestam como verdadeiros ‘e-reges’, hereges da era digital. Fazem uma ‘livre escolha’ (em grego, hairesis) de aspectos do catolicismo que mais lhes agradam (mesmo que ultrapassados ou até fictícios) e das pessoas mais aptas, segundo eles, para comungar desse pseudocatolicismo. Tudo e todos os que não estão de acordo com a sua visão de Igreja devem ser excluídos. Tal exclusão, muitas vezes agressiva e violenta, é comunicada em rede como excomunhão (do latim, excomunicatio) dos supostos ‘hereges’, ou seja, de todos aqueles que se desviam desse imaginário eclesial. Para isso, opera-se uma ‘excomunicação’, uma comunicação de que a comunicação alheia (do papa, dos bispos, dos demais católicos) deve cessar ou não deveria nem existir“.

Sbardelotto explica: “‘Excomunicar’ é a comunicação voltada ao silenciamento ou ao aniquilamento de outra comunicação, para que o discurso próprio se torne único e dominante. ‘Excomunicando’ os próprios irmãos na fé, tais católicos vão corroendo a comunhão eclesial. Ao agirem comunicacionalmente como não cristãs, essas pessoas se autoexcluem da comunhão eclesial. ‘Excomunicando’, excomungam-se. A ‘autoridade digital’ desses católicos fundamentalistas não vem do saber teológico (academia) nem do poder eclesiástico (hierarquia), mas de um saber-fazer e de um poder-fazer midiáticos. Muitas vezes, trata-se de pessoas sem qualquer relevância ou reconhecimento acadêmicos ou hierárquicos. Mas que captaram muito bem as lógicas das mídias digitais (saber-fazer) e dominam seus meios e linguagens (poder-fazer). E assim vão conquistando visibilidade, notoriedade e autoridade sociais e eclesiais, atuando em rede como ‘inquisidores digitais’“.

Existe solução?

Sbardelotto lembra, por fim, que “tudo isso explicita o possível ‘fim de um mundo’ para a Igreja, marcado por declarações de autoridade institucional sobre a comunicação católica, como o imprimatur (‘imprima-se’, autorização da Igreja para a impressão de livros) e o nihil obstat (‘nada obsta’, permissão da Igreja para a publicação de livros). Mas tais ‘selos de garantia’ não fazem sentido em um ambiente ‘desordenado’ como o digital. Em rede, é o próprio indivíduo que se autocomunica como católico ou não, é ele mesmo quem atribui um ‘selo de catolicidade’ àquilo que lê, escreve, compartilha“.

O autor conclui: “Tertuliano, escritor eclesiástico da Igreja primitiva, testemunhava que os primeiros cristãos e cristãs viviam tão concretamente o ‘novo mandamento’ de Jesus, que os pagãos exclamavam, admirados: ‘Vejam como se amam!’ Não é bem isso que se vê hoje no ambiente digital”.


Fonte: CNBB

Agora não mais vou ouvir falta de diploma...


Carta de Lula ao Povo Brasileiro


“Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República”

Ontem dia 11 de setembro de 2018 em Curitiba, membros da Executiva Nacional do PT aprovaram por unanimidade o nome de Fernando Haddad como novo candidato do partido à presidência da República, após a impugnação de Lula pelo TSE; ex-prefeito, que até então era candidato a vice do ex-presidente, foi lançado oficialmente em ato na capital paranaense, com Manuela Dávila, do PCdoB, como vice.

Segue a "Carta de Lula ao Povo Brasileiro"



Meus amigos e minhas amigas,

Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar livremente para mudar a triste realidade do país.
Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num país melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto o sofrimento queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos olhos da nossa gente. Vi a indignação com as coisas muito erradas que estão acontecendo e a vontade de melhorar de vida outra vez.
Foi para corrigir tantos erros e renovar a esperança no futuro que decidi ser candidato a presidente. E apesar das mentiras e da perseguição, o povo nos abraçou nas ruas e nos levou à liderança disparada em todas as pesquisas.
Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por atos indeterminados.
Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra mim. Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas, e que só foi interrompido por um golpecontra uma presidenta legitimamente eleita, que não cometeu crime de responsabilidade, jogando o país no caos.
Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações com base na lei e no direito. Denunciei as mentiras e os abusos de autoridade em todos os tribunais, inclusive no Comitê de Direitos Humanos da ONU, que reconheceu meu direito de ser candidato.
A comunidade jurídica, dentro e fora do país, indignou-se com as aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre. Lideranças de todo o mundo denunciaram o atentado à democracia em que meu processo se transformou. A imprensa internacional mostrou ao mundo o que a Globo tentou esconder.
E mesmo assim os tribunais brasileiros me negaram o direito que é garantido pela Constituição a qualquer cidadão, desde que não se chame Luiz Inácio Lula da Silva. Negaram a decisão da ONU, desrespeitando do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos que o Brasil assinou soberanamente.
Por ação, omissão e protelação, o Judiciário brasileiro privou o país de um processo eleitoral com a presença de todas as forças políticas. Cassaram o direito do povo de votar livremente. Agora querem me proibir de falar ao povo e até de aparecer na televisão. Me censuram, como na época da ditadura.
Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se aceitasse abrir mão da minha candidatura. Mas eu jamais trocaria a minha dignidade pela minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo brasileiro.
Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser arbitrariamente arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que façam disto pretexto para aprisionar o futuro do Brasil.
É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação “O Povo Feliz de Novo” a substituição da minha candidatura pela do companheiro Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a posição de candidato a vice-presidente.
Fernando Haddad, ministro da Educação em meu governo, foi responsável por uma das mais importantes transformações em nosso país. Juntos, abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, negros, indígenas, filhos de trabalhadores que nunca tiveram antes esta oportunidade. Juntos criamos o Prouni, o novo Fies, as cotas, o Fundeb, o Enem, o Plano Nacional de Educação, o Pronatec e fizemos quatro vezes mais escolas técnicas do que fizeram antes em cem anos. Criamos o futuro.
Haddad é o coordenador do nosso Plano de Governo para tirar o país da crise, recebendo contribuições de milhares de pessoas e discutindo cada ponto comigo. Ele será meu representante nessa batalha para retomarmos o rumo do desenvolvimento e da justiça social.
Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.
Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a companheira Manuela D’Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares.
A nossa lealdade, minha, do Haddad e da Manuela, é com o povo em primeiro lugar. É com os sonhos de quem quer viver outra vez num país em que todos tenham comida na mesa, em que haja emprego, salário digno e proteção da lei para quem trabalha; em que as crianças tenham escola e os jovens tenham futuro; em que as famílias possam comprar o carro, a casa e continuar sonhando e realizando cada vez mais. Um país em que todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios.
Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida minha inocência. E nesse dia eu estarei junto com o Haddad para fazer o governo do povo e da esperança. Nós todos estaremos lá, juntos, para fazer o Brasil feliz de novo.
Quero agradecer a solidariedade dos que me enviam mensagens e cartas, fazem orações e atos públicos pela minha liberdade, que protestam no mundo inteiro contra a perseguição e pela democracia, e especialmente aos que me acompanham diariamente na vigília em frente ao lugar onde estou.
Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não. Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.
Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República. E peço que votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador para construirmos um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salário digno e reforma agrária.
Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.
Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!
Um abraço do companheiro de sempre,
Luiz Inácio Lula da Silva