07 março, 2020

Fio lilás, máquinas, ritmos, dons, ano 1857.

Seu último labor, tecer o fio lilás, o fio da morte.




Fio lilás, máquinas, ritmos, dons, ano 1857.

Incansáveis, mulheres teciam fios para o seu sustento. Opacas janelas, portas fechadas, ambiente insalubre, úmido. São oprimidas; ir ao banheiro, beber água, não podiam. Luz apagada, agonia, tristeza, dor. Insensíveis às reivindicações, os patrões, lacraram as portas da fábrica, atearam fogo; asfixiadas, morrem carbonizadas. Só queriam viver dignamente, estar com seus filhos e maridos, poder respirar e amar. Seu último labor, tecer o fio lilás, o fio da morte.

(Janira Carneiro Silva, IM em Vila Floresta, 3ª RE)  

Hoje para relaxar uma tarde, com colegas jogando capoeira.


Capoeira “... arte cheia de nuanças que sobreviveu à perseguição dos poderosos, mesclando-se de quantas formas fossem necessárias para sua preservação (...) comparando-se, a um camaleão, que muda de cor conforme a situação”. (Areias, 1984).