04 julho, 2011

Nota de pesar pelo falecimento do ex-presidente Itamar Franco

A Arquidiocese de Juiz de Fora expressa seu profundo pesar pelo falecimento do ex-presidente da República, Itamar Franco, ocorrida na manhã do sábado, dia 2 de julho, em São Paulo.
Filho da cidade e da Igreja de Juiz de Fora, Itamar Franco construiu uma trajetória de homem público que honra o povo mineiro. O povo juizforano tem gratas recordações de sua gestão na Prefeitura quando demonstrou uma visão do futuro condizente com as perspectivas do desenvolvimento social, econômico e cultural. Como Presidente da República mostrou-se sinceramente dedicado à procura do bem da nação brasileira. Seu empenho pela estabilização econômica do país através do Plano Real trouxe efeitos incontestáveis, inclusive para os mais pobres.
Sabe-se que Itamar Franco em sua vida de fé cristã era devoto de Santa Terezinha e tinha pela doutora da Igreja nobre apreço. Neste momento de despedida, mas também de esperança, manifestamos nossa solidariedade aos familiares de Itamar Franco e recordamos as palavras de Jesus Cristo à Marta que chorava a morte de seu irmão Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que tenha morrido viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11, 25-26). O testemunho de vida de Itamar Franco em prol do povo brasileiro sirva para todos como exemplo de coerência entre ideais políticos e honradez na administração do bem público.
Juiz de Fora, 03 de julho de 2011.

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Sugestão de Leitura

A participação da mulher na Igreja exige um novo modelo de Igreja

Como sugestão de leitura, apresento o texto do teólogo e biblista Pablo Richard, intitulado "A participação da mulher na Igreja exige um novo modelo de Igreja". Leia o artigo

Carta aberta de dom Tomás Balduíno aos bispos sobre construção de catedrais

Em carta aberta aos bispos da Igreja Católica, o bispo Dom Tomás Bulduíno critica a construção de catedrais suntuosas. De acordo com o bispo, as comunidades precisam de belos, dignos e venerados para se reunirem e terem seu culto. Entretanto, "o templo é símbolo da comunidade e não o instrumento do poder clerical ou episcopal, construído nos mesmos critérios dos templos que antigamente legitimavam o domínio dos poderosos do mundo
"...O Senhor nos deu um ensinamento bem preciso e nos evangelizou sobre o templo. Enquanto as nações vizinhas do Povo de Israel tinham todas seu templo, os profetas do Senhor diziam que Deus não quer templo. Deus quer acampar com seu povo nômade. Construir um templo seria traição desse caminhar de Deus com seu povo. Até mesmo quando o rei Davi quis levantar um templo, o Senhor mandou o profeta Natan lhe dizer: “Desde que Deus tirou o seu povo do Egito, sempre morou em tenda e nunca pediu templo”. (2 Sm 7,7). As comunidades precisam sim de lugares para se reunirem e terem seu culto. Elas gostam que estes lugares sejam belos, dignos e venerados. Entretanto, é importante esclarecer que o templo é símbolo e sacramento da comunidade viva e deve ser o lugar da comunidade e não o instrumento do poder clerical ou episcopal, construído nos mesmos critérios dos templos que antigamente legitimavam o domínio dos poderosos do mundo. Eram estas reflexões, Irmãos, que queria lhes comunicar, com simplicidade, na certeza de que podem surtir algum efeito prático. Do meu lado fico à disposição de vocês para qualquer reação a isto que não deixa de ser uma fraterna provocação..." Leia a carta na íntegra