08 março, 2024

Dia Internacional da Mulher!


 

Dia Internacional da Mulher, 08 de março.


Gostamos sim!

Gostamos sim de flores, elas são significativas "A paz é como uma flor frágil que tenta brotar entre as pedras da violência, então exige que se continue a afirmá-la com determinação, mas sem fanatismo; com coragem, mas sem exaltação; com tenacidade, mas de maneira inteligente" (Papa Francisco).

Gostamos sim de carinho porque somos manifestação de solidariedade “Quanto o mundo precisa de carinho hoje!” (Papa Francisco).

Gostamos sim de perfumes, nós transmitimos o perfume de uma vida santa inspirada no Evangelho “Nunca terminaremos de cumprir o mandato de difundir por todo o mundo o bom perfume de uma vida santa, inspirada na fascinante simplicidade do Evangelho” (Papa Francisco).

Gostamos sim do que é gostoso, como o vinho, porque sabemos que "o vinho é para todos, não apenas para os que têm mais oportunidades" (Papa Francisco).

Gostamos sim de sinceridade porque cultivamos a virtude que se traduz em uma conduta franca, verdadeira e leal, “Cultivemos «a sinceridade e a humildade do coração que nos dão uma visão honesta das nossas fragilidades e da nossa pobreza interior»” (Papa Francisco).

Gostamos sim e acreditamos na inclusão, acrescentar ajuda a construir a igualdade que tem relações com a liberdade, é o que fazia Jesus, acolhia a todas e a todos e com Ele ninguém se sentia excluído. “Nós sabemos disso, porém temos dificuldade em viver assim, por isso precisamos rezar, pedir uma mudança de mentalidade, de olhar, começando por nós mesmos" (Papa Francisco).

Gostamos sim de amar e ser amada, gostamos do amor, cultivamos lações de consanguinidade e de relações sociais. O amor nasce do encontro com a pessoa de Jesus que leva a missão, o amor “pode mudar o mundo, mas muda primeiro a nós mesmos” (Papa Francisco).

Gostamos sim ...

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Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)

07 março, 2024

Rezemos juntos pelas Crianças!

Rezemos juntos pelas crianças que “se encontra a lutar contra doenças e dificuldades, no hospital ou em casa, quem é vítima da guerra e da violência, quem padece a fome e a sede, quem vive na rua, quem é forçado a combater como soldado ou tem de escapar como refugiado, separado dos seus pais, quem não pode ir à escola, quem é vítima de grupos criminosos, das drogas ou doutras formas de escravidão, dos abusos. Em resumo, todas aquelas crianças a quem, ainda hoje, é cruelmente roubada a infância. Escutai-as, ou melhor, escutemo-las, porque, no seu sofrimento, falam-nos da realidade, com os olhos purificados pelas lágrimas e com aquele tenaz desejo de bem que nasce no coração de quem viu como é feio, de verdade, o mal.” (Papa Francisco)

Primeira Jornada Mundial das Crianças

Primeira Jornada Mundial das Crianças
Tema: “Eu renovo todas as coisas” (Ap 21, 5)

Em sua mensagem para a 1ª Jornada Mundial das Crianças, Papa Francisco dirige a cada criança de um jeito todo dele, com muita ternura – “a ti, querida menina, a ti, querido menino, porque sois preciosos aos olhos de Deus, como nos ensina a Bíblia (cf. Is 43, 4) e tantas vezes o demonstrou Jesus.”



Leia a íntegra a mensagem para a 1ª Jornada Mundial das Crianças


Mensagem do Santo Padre Francisco para a 1ª Jornada Mundial das Crianças
(25-26 de maio de 2024)


Queridas meninas,
Queridos meninos!

Avizinha-se a vossa primeira Jornada Mundial, que terá lugar a 25 e 26 do próximo mês de maio, em Roma; por isso, pensei em enviar-vos uma mensagem. Fico feliz se a puderdes receber, pelo que desde já agradeço a quantos ajudarem a fazer-vo-la chegar.

Dirijo-a, antes de mais, a cada um de vós pessoalmente: a ti, querida menina, a ti, querido menino, porque sois preciosos aos olhos de Deus, como nos ensina a Bíblia (cf. Is 43, 4) e tantas vezes o demonstrou Jesus.

Ao mesmo tempo a mensagem é enviada a todos, porque todos sois importantes e, juntos – os de perto e os de longe –, manifestais o desejo que há em cada um de nós de crescer e se renovar. Lembrais-nos que somos, todos, filhos e irmãos e ninguém pode existir sem uma pessoa que o traga ao mundo, nem crescer sem ter outros a quem dar amor e de quem receber amor (cf. Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 95).

Assim todos vós, meninas e meninos, que sois a alegria dos vossos pais e das vossas famílias, constituís também a alegria da humanidade e da Igreja, na qual cada um representa o elo duma cadeia muito longa, que se estende do passado ao futuro e cobre toda a terra. Por isso vos recomendo que escuteis sempre com atenção as histórias dos adultos: da mamã, do papá, dos avós e bisavós! E ao mesmo tempo não esqueçais quem dentre vós embora tão pequeno já se encontra a lutar contra doenças e dificuldades, no hospital ou em casa, quem é vítima da guerra e da violência, quem padece a fome e a sede, quem vive na rua, quem é forçado a combater como soldado ou tem de escapar como refugiado, separado dos seus pais, quem não pode ir à escola, quem é vítima de grupos criminosos, das drogas ou doutras formas de escravidão, dos abusos. Em resumo, todas aquelas crianças a quem, ainda hoje, é cruelmente roubada a infância. Escutai-as, ou melhor, escutemo-las, porque, no seu sofrimento, falam-nos da realidade, com os olhos purificados pelas lágrimas e com aquele tenaz desejo de bem que nasce no coração de quem viu como é feio, de verdade, o mal.

Meus amiguinhos, para nos renovarmos a nós mesmos e ao mundo, não basta encontrar-nos entre nós: é necessário estar unidos a Jesus. D’Ele recebemos tanta coragem! Está sempre perto de nós; o seu Espírito precede-nos e acompanha-nos pelos caminhos do mundo. Jesus diz-nos: «Eu renovo todas as coisas» (Ap 21, 5); são as palavras que escolhi como tema para a vossa primeira Jornada Mundial. Estas palavras convidam a tornar-nos ágeis como crianças no acolhimento das novidades suscitadas em nós e ao nosso redor pelo Espírito. Com Jesus, podemos sonhar uma nova humanidade e trabalhar por uma sociedade mais fraterna e atenta à nossa casa comum, começando por coisas simples como saudar os outros, pedir licença, pedir desculpa, dizer obrigado. O mundo transforma-se antes de mais através de pequenas coisas, sem ter vergonha de realizar apenas pequenos passos. Com efeito, a nossa pequenez lembra-nos que somos frágeis e que precisamos uns dos outros enquanto membros de um único corpo (cf. Rm 12, 5; 1 Cor 12, 26).

Mais ainda! Sozinhos, queridas meninas e queridos meninos, não podemos sequer ser felizes, porque a alegria cresce na medida em que a partilhamos: nasce com a gratidão pelos dons que recebemos e, por nossa vez, comunicamos aos outros. Quando guardamos só para nós o que recebemos, ou até fazemos uma birra para conseguir esta ou aquela dádiva, na realidade esquecemo-nos de que o maior dom somos nós mesmos, uns para os outros: somos nós a «prenda de Deus». Os outros dons servem apenas para estar juntos; se não os utilizamos para isso, seremos eternos insatisfeitos e nunca nos bastarão.

Pelo contrário, se estivermos juntos, tudo é diferente! Pensai nos vossos amigos: como é bom estar com eles, em casa, na escola, na paróquia, no patronato, em qualquer lugar; brincar, cantar, descobrir coisas novas, divertir-se, todos juntos, sem deixar ninguém para trás. A amizade é lindíssima e só cresce assim, na partilha e no perdão, com paciência, coragem, criatividade e imaginação, sem medo nem preconceitos.

Quero agora confiar-vos um segredo importante: para sermos verdadeiramente felizes, é preciso rezar, rezar muito, todos os dias, porque a oração liga-nos diretamente a Deus, enche-nos o coração de luz e calor e ajuda-nos a fazer tudo com confiança e serenidade. Também Jesus sempre rezava ao Pai. Sabeis como Lhe chamava? Na sua língua, chamava-Lhe simplesmente Abbá, que significa Papá (cf. Mc 14, 36). Façamo-lo também nós! Senti-Lo-emos sempre perto de nós. Assim no-lo prometeu o próprio Jesus, quando nos disse: «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18, 20).

Queridas meninas, queridos meninos! Sabeis que em maio nos encontraremos em grande número em Roma; encontrar-nos-emos precisamente convosco, que vireis de todo o mundo! E assim, para nos prepararmos bem, rezando, recomendo-vos que useis as mesmas palavras que Jesus nos ensinou: o Pai nosso. Rezai-o todas as manhãs e todas as noites; e fazei-o também em família, com os vossos pais, irmãos, irmãs e avós. Mas não o reciteis como uma fórmula… Fazei-o pensando nas palavras que Jesus nos ensinou. Jesus chama-nos e quer-nos protagonistas, com Ele, desta Jornada Mundial, construtores dum mundo novo, mais humano, justo e pacífico.

Ele, que Se ofereceu na Cruz para nos reunir a todos no amor, Ele que venceu a morte e nos reconciliou com o Pai, quer continuar por nosso intermédio a sua obra na Igreja. Pensai nisto de modo particular vós que vos preparais para fazer a Primeira Comunhão.

Caríssimos, Deus, que desde sempre nos amou (cf. Jr 1, 5), vela por nós com o olhar do mais amoroso dos papás e da mais terna das mamãs. Ele nunca Se esquece de nós (cf. Is 49, 15), e cada dia acompanha-nos e renova-nos com o seu Espírito.

Juntamente com Maria Santíssima e São José, rezemos com estas palavras:


Vinde, Santo Espírito,
mostrai-nos a vossa beleza
refletida nos rostos
das meninas e meninos da terra inteira.
Vinde Jesus,
que renovais todas as coisas
e sois o caminho que nos conduz ao Pai,
vinde e ficai connosco.
Amen.


Vaticano, 2 de março de 2024.

FRANCISCO

06 março, 2024

“Na Faixa estão morrendo de fome e Netanyahu é o responsável”. Entrevista com Philippe Lazzarini

“A carestia é induzida e é fácil reverter: basta abrir as passagens”, explica Philippe Lazzarini, o Comissário geral da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, nesta entrevista ao La Stampa.


A entrevista é de Uski Audino, publicada por La Stampa, 02-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Conseguiu entender o que aconteceu com o massacre que custou a vida de 112 palestinos durante o trânsito do comboio de bens alimentares? Circulam diferentes versões. Qual é a sua?

Não tenho outros detalhes além do que ouvi pela mídia, mas tenho certeza que as investigações nos contarão o que aconteceu. É chocante que centenas de pessoas famintas tenham sido mortas enquanto esperavam desesperadamente os alimentos. A fome ameaça o norte de Gaza e, como UNRWA, não conseguimos mais levar ajudas desde 24 de janeiro. Quando tentamos novamente no início de fevereiro o nosso comboio foi bloqueado pelo exército israelense. Eu não tenho uma versão pessoal dos fatos, mas sei que o transporte de dois dias atrás não foi organizado nem pela ONU, nem pela UNRWA, nem por nenhuma associação humanitária conhecida. Parece que há uma iniciativa de outra natureza por trás.

De que natureza?

Nessa fase não faço suposições. Os fatos só podem ser apurados através de uma investigação séria, um acesso adequado ao local, um interrogatório adequado a quem dirigia o transporte e escutando testemunhas oculares.

Como está progredindo a assistência humanitária em Gaza neste último período?

Há semanas que nós e os especialistas da FAO falamos sobre uma iminente carestia. Em relação a essa situação de emergência e, apesar do Tribunal Internacional de Justiça de Haia ter pedido um esforço maior, aconteceu o contrário. A assistência humanitária caiu em média 50% em fevereiro em comparação com janeiro.

Por que diminuiu?

Faltou a vontade política. Existem dois acessos a Gaza atualmente operacionais: Rafah e Kerem Shalom. O segundo é a aquele permite maior capacidade de trânsito, mas está regularmente fechado quer por manifestações, quer devido a um sistema de fiscalização extremamente intrincado. Por exemplo, um caminhão vindo do Egito leva de cinco a sete dias para entrar. No fundo, falta a vontade.

De quem?

Se Israel quisesse, o acesso às travessias poderia ser mais rápido. Antes de 7 de outubro transitavam 700 veículos pesados por dia. Hoje temos uma média de 100-150 e nem todos os dias. Se houvesse a vontade de abrir outras passagens, por exemplo em Karni ou Erez, no Norte - onde atualmente temos uma população encurralada e faminta – poderíamos enfrentar a situação. Essa é uma situação puramente ‘manmade’, isto é, induzida pelo homem, artificial. Eu nunca vi na história recente um lugar onde a carestia fosse provocada artificialmente.

O que você quer dizer com carestia induzida?

Quero dizer que é criada por um sistema de segurança extremamente rígido. Se fosse afrouxado, o problema da fome poderia ser resolvido. É muito mais fácil enfrentar a fome em Gaza do que no Sahel, onde é ligada a condições ambientais. Aqui a resposta é conhecida: basta abrir as passagens e deixar entrar os comboios para prestar assistência às pessoas.

O governo israelense fez graves acusações contra a UNRWA, alegando que 12 dos seus colaboradores estariam supostamente envolvidos no massacre de 7 de outubro. Como você responde?

Quando tomei conhecimento em 18 de janeiro fiquei chocado. O caso foi levado muito a sério e não só as pessoas acusadas foram demitidas, mas denunciei tudo ao Secretário-Geral da ONU que abriu uma investigação independente. Estão em curso de revisão também os procedimentos do sistema de gestão de riscos, sob a orientação da ex-ministra francesa Catherine Colonna. Em breve teremos os resultados e estamos prontos para melhorar conforme necessário. Mas eu quero ser claro: estamos falando apenas de acusações.

Quais foram as consequências dessas acusações para vocês?

Cerca de 16-18 países congelaram as suas contribuições para a UNRWA. A menos que algo mude, a capacidade da Agência para enfrentar a pior crise humanitária da região ficará comprometida. Não poderemos fornecer serviços essenciais, como educação, a Jordânia, Síria, Líbano e Cisjordânia, onde há milhares de crianças e 450 milhões de dólares correm risco de congelamento.

O governo Netanyahu afirma que a UNRWA está comprometida com o Hamas e afirma que o seu data center ficava sob sua sede na cidade de Gaza. Como você explica isso?

Os israelenses nunca nos procuraram com as suas acusações, sempre as transmitiram pelas redes sociais ou pela TV. A acusação do data center é uma afirmação, mas nunca compartilharam conosco as provas. Quando for possível ter acesso a Gaza, será necessário realizar uma investigação séria sobre os túneis e a seus acessos. Enquanto isso, posso dizer que desde o início da guerra mais de 400 pessoas foram mortas enquanto se abrigavam sob a bandeira da ONU e essa é uma violação grave que exigiria uma investigação internacional.

Por que o governo israelense quer a sua demissão?

Israel quer desmantelar a UNRWA porque se tornou um símbolo dos direitos dos refugiados palestinos e dos seus pedidos de um percurso político. O pedido de demissão é a etapa preliminar para eliminar a Agência.

A UNRWA pode ser substituída agora?

A nossa não é apenas uma organização humanitária, mas também oferece educação. Só em Gaza, cerca de 300 mil crianças frequentam a nossa escola. O único que pode nos substituir é um estado, que agora não existe. Seria um erro terrível sacrificar o futuro de milhares de meninas e meninos. A alternativa é crescer no trauma, a melhor receita para aumentar ódio, violência e ressentimento.

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Fonte: IHU

22 fevereiro, 2024

Rezemos juntos, pelo esporte como inclusão de pessoas com deficiência!

Para Sara Minkara, assessora especial do Departamento de Estado dos EUA para os direitos das pessoas com deficiência, o esporte permite que as pessoas com deficiência "realmente entrem em contato com sua identidade, seu empoderamento, trabalho em equipe e envolvimento com os outros".

Fonte: Vatican News

20 fevereiro, 2024

Desenrola para empresas deve sair neste trimestre

O lançamento da versão para empresas e microempreendedores individuais (MEI) do Programa Desenrola deve sair no primeiro trimestre, disse nesta quarta-feira (17).

De acordo com Márcio França, a versão do Desenrola para as empresas deve contemplar dívidas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele não descartou que o programa seja implementado em fases, como ocorreu com a versão para pessoas físicas do Desenrola, que começou em julho do ano passado e terminará em 31 de março.

Em relação ao Simples Nacional, França disse que o governo analisa uma possível prorrogação do prazo para as micro e pequenas empresas optarem pelo regime especial de tributação. Originalmente, o prazo de adesão ao Simples Nacional acaba em 31 de janeiro, mas a data pode ser adiada para abril ou maio.

Leia na íntegra a matéria publicada no site Agência Brasil


Retiro de Espiritualidade - COMIDI - Arquidiocese de Maringá

Conselho Missionário Diocesano (COMIDI)
Retiro de Espiritualidade
Orientador: Pe. Genivaldo Ubinge
Realizado dia domingo, 18 de fevereiro de 2024
 Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Glória
Arquidiocese de Maringá





14 fevereiro, 2024

O Evangelho encontrou seu lugar nas "CEBs”

O Evangelho encontrou seu lugar nas CEBs”

Às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) fizeram chegar à bíblia às mãos do povo, não só às mãos, más se fez o lugar do encontro do povo com a Palavra de Deus, onde a leitura era feita de forma comunitária, a bíblia tornou-se livro da vida de cada dia e levou o povo a redescobrir Jesus Cristo, não via pesquisas teológicos, mas onde o Evangelho encontrou seu lugar, às CEBs.

Lugar onde a Palavra era acolhida e iluminava a luta pela vida e ao fazer ligação entre a Palavra e a vida descobriram que Deus vê, ouve o clamor de seu povo e caminha com ele, e aí, deixaram-se guiar pela Palavra que é luz que ilumina e assim muitas lutas para transformar a realidade comunitária e social foram acontecendo, a luz da Palavra de Deus.

As CEBs sendo o lugar onde o Evangelho encontrou seu lugar, gerou muitas peregrinas e peregrinos da esperança que souberam deixar-se iluminar pelo Evangelho e lutaram para transformar as realidades.

O Evangelho continua encontrando seu lugar nas CEBs, não podemos abandonar o Evangelho.

A história das Comunidades Eclesiais de Base afirma, possível sim, mudar as realidades com a força do Evangelho.

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Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)

09 fevereiro, 2024

Carnaval – disse Dom Hélder Câmara

 



Carnaval – disse Dom Hélder Câmara


Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida.

Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval.

Brinque, meu povo querido! Minha gente queridíssima. É verdade que na quarta-feira a luta recomeça, mas ao menos se pôs um pouco de sonho na realidade dura da vida!”.


08 fevereiro, 2024

Para refletir!

"Os pecados mais graves se disfarçam com aparência angelical" Papa Francisco

O coração da Fiducia Supplicans é a acolhida, não se nega a bênção a ninguém

Sobre a benção a casais homossexuais, diz o Papa:

"Ninguém se escandaliza se eu abençoo um empresário que explora as pessoas, enquanto se escandaliza se eu abençoo um homossexual".


"Todos, todos, todos". O Papa disse isso em Lisboa e repetiu em várias outras ocasiões para reafirmar o princípio de acolhimento que fundamenta a missão pastoral da Igreja e enquadrar também as bênçãos a casais "irregulares", incluindo os homossexuais, conforme proposto pelo documento doutrinal Fiducia Supplicans. Também na revista Credere, publicada pelo Grupo San Paolo à qual concedeu uma entrevista veiculada nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, Francisco volta à questão das bênçãos - que geraram diversas reações e polêmicas - e repete o que já havia mencionado durante uma audiência ao Dicastério para a Doutrina da Fé que elaborou a declaração: "Eu não abençoo um 'casamento homossexual', abençoo duas pessoas que se amam e também peço que rezem por mim", explica o Pontífice na conversa com o diretor, padre Vincenzo Vitale. "Sempre nas confissões, quando essas situações surgem, pessoas homossexuais, pessoas divorciadas, eu sempre rezo e abençoo. A bênção não deve ser negada a ninguém. Todos, todos, todos. Atenção, estou falando de pessoas: de quem é capaz de receber o Batismo".

Leia e ouça a íntegra da matéria, clique AQUI

06 fevereiro, 2024

Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2024

Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade


Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2024


Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade

Queridos irmãos e irmãs!

Quando o nosso Deus Se revela, comunica liberdade: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Assim inicia o Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai. O povo sabe bem de que êxodo Deus está a falar: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Recebe as «dez palavras» no deserto como caminho de liberdade. Nós chamamos-lhes «mandamentos», fazendo ressaltar a força amorosa com que Deus educa o seu povo; mas, de facto, a chamada para a liberdade constitui um vigoroso apelo. Não se reduz a um mero acontecimento, mas amadurece ao longo dum caminho. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito (vemo-lo muitas vezes lamentar a falta do passado e murmurar contra o céu e contra Moisés), também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar. Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos. A Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor (cf. Os 2, 16-17). Deus educa o seu povo, para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte à vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a Si e sussurra ao nosso coração palavras de amor.

O êxodo da escravidão para a liberdade não é um caminho abstrato. A fim de ser concreta também a nossa Quaresma, o primeiro passo é querer ver a realidade. Quando o Senhor, da sarça ardente, atraiu Moisés e lhe falou, revelou-Se logo como um Deus que vê e sobretudo escuta: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspetores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. Desci a fim de o libertar das mãos dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel» (Ex 3, 7-8). Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu. Perguntemo-nos: E chega também a nós? Mexe connosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une.

Na minha viagem a Lampedusa, à globalização da indiferença contrapus duas perguntas, que se tornam cada vez mais atuais: «Onde estás?» (Gn 3, 9) e «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9). O caminho quaresmal será concreto, se, voltando a ouvir tais perguntas, confessarmos que hoje ainda estamos sob o domínio do Faraó. É um domínio que nos deixa exaustos e insensíveis. É um modelo de crescimento que nos divide e nos rouba o futuro. A terra, o ar e a água estão poluídos por ele, mas as próprias almas acabam contaminadas por tal domínio. De facto, embora a nossa libertação tenha começado com o Batismo, permanece em nós uma inexplicável nostalgia da escravatura. É como uma atração para a segurança das coisas já vistas, em detrimento da liberdade.

Quero apontar-vos, na narração do Êxodo, um detalhe de não pequena importância: é Deus que vê, que Se comove e que liberta, não é Israel que o pede. Com efeito, o Faraó extingue também os sonhos, rouba o céu, faz parecer imutável um mundo onde a dignidade é espezinhada e os vínculos autênticos são negados. Por outras palavras, o Faraó consegue vincular-nos a ele. Perguntemo-nos: Desejo um mundo novo? E estou disposto a desligar-me dos compromissos com o velho? O testemunho de muitos irmãos bispos e dum grande número de agentes de paz e justiça convence-me cada vez mais de que aquilo que é preciso denunciar é um défice de esperança. Trata-se de um impedimento a sonhar, um grito mudo que chega ao céu e comove o coração de Deus. Assemelha-se àquela nostalgia da escravidão que paralisa Israel no deserto, impedindo-o de avançar. O êxodo pode ser interrompido: não se explicaria doutro modo porque é que tendo uma humanidade chegado ao limiar da fraternidade universal e a níveis de progresso científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir a todos a dignidade, tateie ainda na escuridão das desigualdades e dos conflitos.

Deus não Se cansou de nós. Acolhamos a Quaresma como o tempo forte em que a sua Palavra nos é novamente dirigida: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). É tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus, como recordamos anualmente no primeiro domingo da Quaresma, foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade. Durante quarenta dias, tê-Lo-emos diante dos nossos olhos e connosco: é o Filho encarnado. Ao contrário do Faraó, Deus não quer súbditos, mas filhos. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido.

Isto comporta uma luta: assim no-lo dizem claramente o livro do Êxodo e as tentações de Jesus no deserto. Com efeito, à voz de Deus, que diz «Tu és o meu Filho amado» (Mc 1, 11) e «não haverá para ti outros deuses na minha presença» (Ex 20, 3), contrapõem-se as mentiras do inimigo. Mais temíveis que o Faraó são os ídolos: poderíamos considerá-los como a voz do inimigo dentro de nós. Poder tudo, ser louvado por todos, levar a melhor sobre todos: todo o ser humano sente dentro de si a sedução desta mentira. É uma velha estrada. Assim podemos apegar-nos ao dinheiro, a certos projetos, ideias, objetivos, à nossa posição, a uma tradição, até mesmo a algumas pessoas. Em vez de nos pôr em movimento, paralisar-nos-ão. Em vez de nos fazer encontrar, contrapor-nos-ão. Mas existe uma nova humanidade, o povo dos pequeninos e humildes que não cedeu ao fascínio da mentira. Enquanto os ídolos tornam mudos, cegos, surdos, imóveis aqueles que os servem (cf. Sal 115, 4-8), os pobres em espírito estão imediatamente disponíveis e prontos: uma força silenciosa de bem que cuida e sustenta o mundo.

É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus, e parar como o Samaritano em presença do irmão ferido. O amor de Deus e o do próximo formam um único amor. Não ter outros deuses é parar na presença de Deus, junto da carne do próximo. Por isso, oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam. Então o coração atrofiado e isolado despertará. Para isso há que diminuir a velocidade e parar. Assim a dimensão contemplativa da vida, que a Quaresma nos fará reencontrar, mobilizará novas energias. Na presença de Deus, tornamo-nos irmãs e irmãos, sentimos os outros com nova intensidade: em vez de ameaças e de inimigos encontramos companheiras e companheiros de viagem. Tal é o sonho de Deus, a terra prometida para a qual tendemos, quando saímos da escravidão.

A forma sinodal da Igreja, que estamos a redescobrir e cultivar nestes anos, sugere que a Quaresma seja também tempo de decisões comunitárias, de pequenas e grandes opções contracorrente, capazes de modificar a vida quotidiana das pessoas e a vida de toda uma coletividade: os hábitos nas compras, o cuidado com a criação, a inclusão de quem não é visto ou é desprezado. Convido toda a comunidade cristã a fazer isto: oferecer aos seus fiéis momentos para repensarem os estilos de vida; reservar um tempo para verificarem a sua presença no território e o contributo que oferecem para o tornar melhor. Ai se a penitência cristã fosse como aquela que deixou Jesus triste! Também a nós diz Ele: «Não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam» (Mt 6, 16). Pelo contrário, veja-se a alegria nos rostos, sinta-se o perfume da liberdade, irradie aquele amor que faz novas todas as coisas, a começar das mais pequenas e próximas. Isto pode acontecer em toda a comunidade cristã.

Na medida em que esta Quaresma for de conversão, a humanidade extraviada sentirá um estremeção de criatividade: o lampejar duma nova esperança. Quero dizer-vos, como aos jovens que encontrei em Lisboa no verão passado: «Procurai e arriscai; sim, procurai e arriscai. Neste momento histórico, os desafios são enormes, os gemidos dolorosos: estamos a viver uma terceira guerra mundial feita aos pedaços. Mas abracemos o risco de pensar que não estamos numa agonia, mas num parto; não no fim, mas no início dum grande espetáculo. E é preciso coragem para pensar assim» ( Discurso aos estudantes universitários, 03/VIII/2023). É a coragem da conversão, da saída da escravidão. A fé e a caridade guiam pela mão esta esperança menina. Ensinam-na a caminhar e, ao mesmo tempo, ela puxa-as para a frente. [1]


Abençoo-vos a todos vós e ao vosso caminho quaresmal.

Roma – São João de Latrão, no I Domingo do Advento, 3 de dezembro de 2023.

FRANCISCO


[1] Cf. Charles Péguy, Il portico del mistero della seconda virtù, Milão 1978, 17-19.


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Fonte: site A Santa Sé

05 fevereiro, 2024

A organização do Povo faz nascer e crescer as CEBs!

Seque, um pequeno texto que escrevi, pensando nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)


A organização do Povo faz nascer e crescer as CEBs!

O povo na base se organizam, e assim, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), continuam nascendo e crescendo do Povo pelo Espírito Santo de Deus. Participam da estrutura organizativa da CNBB e em muitas Arqui/Dioceses as CEBs fazem parte da estrutura, é a menor circunscrição territorial, porém, são as CEBs, o ambiente da Ação Evangelizadora. É o primeiro “ambiente” da sensibilidade da Igreja para com as questões missionárias, pastorais e para com as questões sociais. Primeiro “ambiente” do agir sinodal para uma Igreja em saída, como pede Papa Francisco. Não reconhecer essas verdades, negar essas verdades e fechar espaços é um pecado.

Diz o texto do Evangelho de Mateus (9,35-38), que Jesus “percorria todas as cidades e aldeias”. No caminho, encontrava as “multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. Diante delas, Jesus sentia “compaixão”.

Compaixão é sentir a dor da outra pessoa e, juntos, buscar soluções alternativas. Se as Arqui/Dioceses querem doar-se seu próprio tempo; quer se colocar-se à disposição, enfim, quer caminhar junto com o povo que a ela está confiado; com aquelas e aqueles que tem cede e fome do evangelho; de pão e justiça, precisa reconhecer as CEBs como sendo o ambiente e fortalece-las.

Hoje, como no tempo de Jesus, as multidões dos que tem cede e fome do evangelho; de pão e justiça encontram-se “cansadas e abatidas”. A injustiça e a desigualdade social geram milhares de pessoas empobrecidas que se tornam excluídas, quando não exterminadas.

Diz um provérbio chinês que perguntaram a determinada mãe a qual dos filhos ela mais amava. Ela, como mãe, respondeu: ao mais triste até que sorria, ao mais doente até que sare, ao mais distante até que volte, ao mais pequeno até que cresça. Para ser uma Igreja mãe, tem que estender o amor de Deus a todas as suas e filhas e a todos os seus filhos e ter ações concretas para as diferentes situações.

As CEBs, sendo o primeiro “ambiente” podem concretizar em ações pastorais e sociais o pastoreio da Igreja, para continuar a ação de Jesus, o Bom Pastor, que doa sua vida pelas ovelhas. Ação real, sacerdotal e profética que testemunha e anuncia e coloca-se a serviço do Reino de Deus, e como Jesus, acolher e amar todas as pessoas.

31 janeiro, 2024

Que o "grito de dor" das vítimas, "toque os corações dos responsáveis pelas nações e suscite projetos de paz"

O Papa: tanta crueldade na guerra, o grito das vítimas civis suscite projetos de paz Francisco, no final da audiência geral, citou o Dia Nacional das Vítimas Civis de Guerra que é celebrado na Itália todo dia primeiro de fevereiro e, à memória dos que morreram nas duas guerras mundiais, uniu sua oração por aqueles que perdem a vida no Oriente Médio, na Ucrânia e em outras áreas do mundo: "Que o grito de dor deles toque os corações dos responsáveis pelas nações". O Pontífice denunciou a "crueldade" dos conflitos: "Peçamos a paz ao Senhor, que é sempre manso, nunca cruel"

Mulheres em lágrimas em Gaza, diante dos escombros causados por bombardeios (AFP)


Publicado por Vatican News, em 31/01/204

O Papa: tanta crueldade na guerra, o grito das vítimas civis suscite projetos de paz

O Papa: tanta crueldade na guerra, o grito das vítimas civis suscite projetos de paz Francisco, no final da audiência geral, citou o Dia Nacional das Vítimas Civis de Guerra que é celebrado na Itália todo dia primeiro de fevereiro e, à memória dos que morreram nas duas guerras mundiais, uniu sua oração por aqueles que perdem a vida no Oriente Médio, na Ucrânia e em outras áreas do mundo: "Que o grito de dor deles toque os corações dos responsáveis pelas nações". O Pontífice denunciou a "crueldade" dos conflitos: "Peçamos a paz ao Senhor, que é sempre manso, nunca cruel

Não há tempo, não há espaço, mas somente um longo rastro de sangue e de dor que une duas épocas: a das guerras mundiais e a atual dos conflitos "em pedaços" que dilaceram a humanidade. Francisco elevou aos céus uma recordação e uma oração por aqueles que morreram em batalha hoje e ontem, no final da audiência geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI, quando - no momento das saudações em italiano - recordou o Dia Nacional das Vítimas Civis de Guerra que é celebrado na Itália todo dia primeiro de fevereiro.

À oração em memória daqueles que morreram nas duas guerras mundiais, associamos também os muitos – demasiados - civis, vítimas indefesas das guerras que infelizmente ainda mancham nosso planeta com sangue, como no Oriente Médio e na Ucrânia.

Pedimos paz ao Senhor, que não é cruel, mas manso

Notícias dramáticas que chegam nestas horas dos dois territórios em guerra: mais de dez civis mortos durante um bombardeio em uma casa em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza; ataques de drones, casas destruídas, civis feridos e mortos, em Karkhiv, Bakhmut e outros territórios ucranianos.

Que o "grito de dor" das vítimas, espera o Papa, "toque os corações dos responsáveis pelas nações e suscite projetos de paz". Pronunciando algumas palavras fora do texto previamente preparado, uma constatação amarga dos limites da desumanidade que a guerra sistematicamente rompe.

Quando se lêem histórias destes dias, na guerra, há tanta crueldade, tanta... Peçamos ao Senhor a paz que é sempre mansa, não cruel.

A recordação de Dom Bosco

Antes de conclui sua saudação aos de língua italiana, o Papa recordou hoje, 31 de janeiro, a memória litúrgica de Dom Bosco, sacerdote fundador dos salesianos, modelo de educação, cuidado e acolhimento dos jovens:

Invoco sobre vós a proteção de São João Bosco que hoje a Igreja recorda, a fim de que torne fecunda a vocação de cada um na Igreja e no mundo.

30 janeiro, 2024

Jubileu 2025 - Tema “Peregrinos de Esperança”.

“Peregrinos de Esperança”

Peregrinos de esperança, como não comungar com o nosso papa. 

A esperança é o que alimenta a nossa vida diariamente, e à aspiração de felicidade existente no coração de cada pessoa; quem perde a esperança mais profunda, perde o sentido da sua vida; sem esperança, viver não tem sentido.

Viver é também esperar, mas esperar com disposição para realizar todos os esforços possíveis a fim de que o esperado se concretize. A esperança ativa não é simples espera. É uma “paciência inquieta.

“Transformar a realidade social com a força do Evangelho, testemunhada por mulheres e homens fiéis a Jesus Cristo, sempre foi um desafio e, no início do terceiro milênio da era cristã, ainda o é. O anúncio de Jesus Cristo «boa nova» de salvação, de amor, de justiça e de paz, não é facilmente acolhido no mundo de hoje, ainda devastado por guerras, miséria e injustiças; justamente por isso (a mulher e) o homem do nosso tempo mais do que nunca necessita do Evangelho: da fé que salva, da esperança que ilumina, da caridade que ama.” ((Cardeal Renato Raffaele Martino, na apresentação do Compêndio da Doutrina Social).

A compreensão que as CEBs - Comunidades Eclesiais de Base (comunidades, setores, capelas), é o primeiro ambiente da ação evangelizadora, ambiente onde devem ser fomentados mulheres e homens a serem peregrinos da esperança - é uma esperança.


“Só tem capacidade de irradiar esperança quem espera. Se nós, cristãos, não somos mulheres e homens de esperança, como vamos contagiar o mundo com esperança?” (Dom Paulo Cézar Costa)

O Jubileu "pode ajudar muito a restabelecer um clima de esperança e confiança, como sinal de um novo renascimento, que todos percebemos como urgente" e será possível "se formos capazes de recuperar o sentido da fraternidade universal, se não fecharmos os olhos à tragédia da pobreza desenfreada que impede milhões de homens, mulheres, jovens e crianças de viver de maneira humanamente digna", afirmou Papa Francisco.

Um Jubileu é "ordinário" se celebrado após o período habitual de 25 anos, e "extraordinário" quando é proclamado por algum evento notável.

O último Jubileu ordinário teve lugar no ano 2000 durante o pontificado do Papa S. João Paulo II. Em 2015, o Papa Francisco proclamou um Ano Santo Extraordinário de Misericórdia.

A pedido do Papa Francisco os dois anos que antecedem o Jubileu 2025, estão sendo dedicados à redescoberta dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, e, no segundo ano, à oração.

- Ano de 2023 – Redescoberta dos ensinamentos do Concílio Vaticano II (Clique aqui para acessar)
- Ano de 2024 – Ano de Oração

Em segunda sessão do encontro em preparação ao Jubileu 2025, 29 e 30 de janeiro de 2024, dom Leomar Brustolin aborda os desafios atuais da evangelização e a necessidade de refletir sobre o papel crucial da Igreja Católica na sociedade brasileira e a participação laical na missão evangelizadora.

Os três principais aspectos dos desafios atuais da ação evangelizadora para dom Leomar são: os sinais dos tempos, a conversão pastoral e a missão. Para ele a análise partiu do ponto de vista do discipulado, observando o que o Senhor propõe a partir da realidade que nos interpela, com base no Documento de Aparecida que apresenta e impulsiona a viver um modo de ser igreja, ou seja, “comunidade de comunidades”.

Como a Igreja do Brasil está se colocando em estado permanente de missão, se está formando discípulas e discípulos ou adeptos do cristianismo - foi questionado por dom Leomar que destacou a importância de uma abordagem renovada na evangelização, especialmente nos diversos ambientes da sociedade, como escolas e hospitais.

Destacou também sobre a importância do reconhecimento do pluralismo cultural, da participação ativa dos fiéis leigas e leigos nas decisões da Igreja e da compreensão dos efeitos da globalização na religião.

O arcebispo enfatizou sobre a importância da sinodalidade para fortalecer o senso de pertença à comunidade na Igreja, a importância missionária laical e a prioridade das leigas e leigos nas ações evangelizadoras; a superação do ativismo pastoral em favor da espiritualidade e da missão.

Dom Leomar reforça a importância da transmissão da fé às futuras gerações, do sentido de pertença e comunhão na comunidade cristã e do enfrentamento da rejeição ao próximo, especialmente os mais vulneráveis.

Logo do Jubileu 2025

Logo do Jubileu 2025

A obra é de Giacomo Travisani.

Giacomo Travisani, explicou a sua ideia, ele imaginou todas as pessoas avançando juntas, "graças ao vento da Esperança que é a Cruz de Cristo e o próprio Cristo".


O logo mostra quatro figuras estilizadas para indicar toda a humanidade dos quatro cantos da terra. Cada uma delas abraçando-se mutuamente, indicando a solidariedade e a fraternidade que deve unir os povos. A primeira figura está agarrada à Cruz. As ondas subjacentes são agitadas para indicar que a peregrinação da vida nem sempre se faz em águas calmas.

A parte inferior da Cruz é alongada, transformando-se numa âncora, que domina o movimento das ondas. As âncoras com frequência são usadas como metáforas de esperança.

A imagem mostra como a viagem do peregrino não é individual, mas sim comunitária, com os sinais de um dinamismo crescente que se move cada vez mais em direção à Cruz.

"A Cruz não é estática", sugeriu Fisichella, "mas dinâmica, inclinando-se para encontrar a humanidade como se não a deixasse em paz, mas sim oferecendo a certeza da sua presença e a tranquilidade da esperança".