18 janeiro, 2019

Um lindo e abençoado final de semana a todas e a todos!


Na pré-jornada, jovens indígenas do Brasil denunciam realidade de violência



Na pré-jornada, jovens indígenas do Brasil denunciam realidade de violência

Teve início nesta quinta-feira, 17, no Panamá, o Encontro Mundial da Juventude Indígena. A pouco menos de uma semana do início oficial do maior evento juvenil do mundo, cerca de mil jovens pertencentes a populações tradicionais estão reunidos na cidade de Soloy, na diocese de David. Com participação de 10 jovens indígenas do Brasil, o evento é oportunidade para a denúncia da realidade de violência vivida pelos povos originários.

O evento é destinado a refletir e celebrar a fé em Cristo a partir da riqueza milenar das culturas indígenas. “Será uma oportunidade de responder ao convite do Papa Francisco à juventude de serem agradecidos pela história de nossos povos e corajosos aos desafios que nos rodeiam para seguir em frente cheios de esperança na construção de um mundo melhor”, afirmam os organizadores.

Cerimônias ancestrais em comunhão com a natureza, orações e danças tradicionais completam o programa formado pela partilha, por testemunhos, pelo lançamento de um projeto ecológico e por dramatizações das lutas que esses povos enfrentaram, de acordo com notícia publicada pela Agência Fides.

Um dos motes deste evento é “seguir em frente valorizando as memórias do passado, com coragem no presente e esperança para o futuro”, cujo tema é “Assumir a memória do passado para construir o futuro com valentia”.

Na cidade de Soloy, foi construída em um parque uma aldeia tradicional, onde música, danças, artesanato e apresentações artísticas mostram à juventude de todo o mundo a riqueza destas culturas. O encontro também é uma oportunidade para refletir sobre a relação entre a fé cristã e as religiões tradicionais indígenas, acrescentaram os organizadores.

Uma iniciativa realizada no contexto dos povos tradicionais, foi a gravação de uma versão do hino da JMJ na língua ngäbere. A interpretação foi feita por jovens indígenas ngäbe añade, do Panamá, e contam, além das palavras na língua nativa, com instrumentos e o ritmo da dança “jegui”.

Participação do Brasil
De acordo com o Cimi, o Brasil está representado por jovens indígenas dos povos Tukano, Baré, Tikuna, do Amazonas; Pataxó Hã-Hã-Hãe, da Bahia; Guajajara, do Maranhão; Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul; Macuxi, de Roraima; e Karipuna, de Rondônia.

“Estaremos levando as riquezas ancestrais e a força da espiritualidade e da resistência, em garantir o cuidado da Mãe Terra, dos rios, das florestas e guardiões e cuidadores da Casa Comum”, discorre documento preparado pelo grupo. “A casa comum, morada de todos os seres vivos, está sendo ameaçada e atacada pelos projetos de morte em nome do capital econômico”, denunciam. Os indígenas levarão para a esfera internacional as violências sofridas recentemente pelos povos Arara, no Pará, Guarani, no Rio Grande do Sul, Uru Eu Wau Wau e Karipuna, em Rondônia.

“Será uma oportunidade de responder ao convite do papa Francisco feito a juventude, de sermos agradecido pela história dos nossos povos e valente frente aos desafios que nos envolvem para seguir adiante cheios de esperança na construção de outro mundo possível”, afirma a carta convocatória do encontro.

O Cimi relacionou as principais pautas que serão abordadas pelo indígenas brasileiros:

Delegação Brasileira

A delegação do Brasil terá como eixos de participação o debate pelo respeito a cultura e as diversidades étnicas; a proteção dos territórios indígena, para que se evite novos mártires e mortes; a lutar pela demarcação das terras indígenas. Os jovens brasileiros apresentarão as seguintes realidades em encontro de cinco dias:

Invasão do agronegócio nas terras indígenas e as ameaças de exploração dos recursos minerais. São práticas que ameaçam as terras tradicionais preservadas pelos indígenas

Ameaça e criminalização de lideranças indígenas

Poluição e envenenamento dos rios

Crescente desmatamento devido a invasão dos fazendeiros, grileiros e madeireiros em terras indígenas.

A preocupação em relação ao decreto do presidente Jair Bolsonaro, que facilita a compra de armas de fogo no Brasil. Os indígenas serão mais vulneráveis pela violência alimentada pelo agronegócio

A proliferação do alcoolismo, drogas, tráfico humano, prostituição nas comunidades indígenas.

Violação dos direitos constitucionais e a insegurança de comunidades indígenas que estão a mercê da extinção e redução das terras tradicionais

Com informações de Vatican News e Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

Fonte: CNBB

O Valor das Coisas | Marcos Piangers

A violência vai crescer na classe média - Roberto Malvezzi (Gogó)


Reza a lenda policial que um menino de 13 anos, filho de um casal de policiais militares de São Paulo, pegou a arma do pai, matou o pai, a mãe, a avó, uma tia e no dia seguinte foi à escola. Quando voltou para casa, cometeu suicídio. É o caso da família Pesseghini. No dizer de Onix Lorenzoni, ele literalmente “liquidou” sua família.

Mais armas vão trazer mais violência para a classe média, assim como nos Estados Unidos. Vamos ter mais acidentes e assassinatos dentro de casa, mais chacinas em shoppings, cinemas, escolas, shows, enfim, lugares públicos frequentados pela classe média.

Crentes e devotos, vai aumentar também a violência nas igrejas, como já aconteceu na Catedral de Campinas. No meio de mil, basta uma pessoa armada e com desejos de matar.

Nas periferias, tanto fez como faz se passarmos de 63 para 100 mil mortes por armas de fogo ao ano. Mortes de pobres e pretos não contam.

Vários irmãos e irmãs de Pastoral da Terra tiveram suas vidas podadas por arma de fogo: Padre Josimo, Irmã Dorothy, Padre Ezequiel Ramin, Irmã Adelaide Molinari, tantos outros e outras. Eles não tinham armas, sabiam do risco de vida que corriam, morreram mesmo não querendo morrer.

Dizem os amigos do Pará que, quando os assassinos de Dorothy a encontraram nas estradas da floresta, lhe perguntaram: “que arma você tem na bolsa?” Ela respondeu, abrindo a bolsa e tirando uma bíblia: “minha arma é essa”. Seguiu viagem e levou seis tiros pelas costas.

José Rodrigues, bispo aqui em Juazeiro da Bahia e já falecido, muito perseguido, teve oferta da polícia para uma equipe de segurança. Ele respondeu: “prefiro levar um tiro que andar preso por uma equipe de segurança”.

Entrar para o time dos pacifistas ou violentos é também uma escolha.

OBS: Nabhan, Secretário de Assuntos Fundiários do atual governo, já avisou que vai sobrar também para a CPT e o CIMI.

Edições CNBB disponibiliza playlist da Campanha da Fraternidade de 2019


Edições CNBB disponibiliza playlist da Campanha da Fraternidade de 2019

A Edições CNBB disponibilizou a Playlist da Campanha da Fraternidade de 2019 com todas as músicas para as celebrações litúrgicas. O material pode ser acessado nas principais plataformas digitais: Itunes, Spotify, Youtube e SoundClound. A iniciativa é uma forma de estimular e incentivar a participação de todos os cidadãos, a nível nacional, nesta Campanha que é realizada anualmente pela Igreja no Brasil. 

Este ano, a CF 2019 terá início em todo o país no dia 06 de março. Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”, busca conhecer como são formuladas e aplicadas as políticas públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro.

Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB destaca que a Campanha tem como objetivo estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade.

Ainda de acordo com ele, a Campanha acontece no ano em que o papa Francisco proclamou o mês de outubro como Mês Missionário Extraordinário. “Os batizados em sua missão no mundo participando da construção de Políticas Públicas que construam a fraternidade”, disse.

Plataformas

Acesse agora nas principais plataformas digitais e ouça quando quiser! 

Tunes → https://goo.gl/ZAoK19
Spotify → https://goo.gl/b4zqbH
Youtube → https://goo.gl/aiijgc
Soundcloud→ https://goo.gl/Uum3jh 

Materiais 
Outros materiais foram produzidos para dar apoio nesta missão: círculos bíblicos, que trazem aprofundamento da Palavra de Deus; sugestão de celebração ecumênica, para reunir pastores e representantes de outras Igrejas na preparação desse evento; a Cartilha Fraternidade Viva, rodas de conversa com a perspectiva de aprofundar-se no tema e a vigília eucarística e celebração da misericórdia.

Também pensando nos jovens, a Comissão para a Juventude da CNBB preparou um material que é direcionado a juventude das diversas realidades eclesiais, para que sejam contagiados pela Luz de Cristo. Aos educadores, por ter um papel fundamental na sociedade, fazendo com que os educandos sejam sempre esclarecidos sobre a sua realidade e as possibilidades de melhor desenvolver a sociedade, foi preparado subsídios para o Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Ensino Superior. Todos eles estão disponíveis no site da Editora da CNBB (clique aqui).

Fonte: CNBB