31 agosto, 2021

A Igreja e a Homossexualidade - Por Pe. Marcos Roberto Almeida dos Santos

A população LGBT também precisa do carinho e acolhida em nossas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs.

Abrir-se a eles para em nossas comunidades somar com seus dons e carismas.

Na sessão dessa terça-feira (31) da Câmara de Vereadores de Maringá-Pr, a convite da vereadora Ana Lúcia Rodrigues a representante da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB Maringá, doutora Francielle Rocha, esteve presente e defendeu a aprovação do projeto de lei que institui o Conselho Municipal dos Direitos LGBTI+.

Dados apresentando Francielle mostra aumento dos casos de LGBTfobia. “Nos Paraná houve um aumento de 63% de casos de LGBTfobia no ano passado em relação a 2019. Em Maringá mais de 67% das pessoas LGBTI+ foram vítimas de preconceito e discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero, segundo dados oficiais da prefeitura.”

A vereadora Ana Lúcia citou parte de um texto que já li e avalio como muito bom. O texto de autoria de Pe. Marcos Roberto Almeida dos Santos reflete sobre a população LGBT, constituída por gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

Segue o texto:

A IGREJA E A HOMOSSEXUALIDADE

Por Pe. Marcos Roberto Almeida dos Santos
Do clero da Arquidiocese de Maringá

O Concílio Vaticano II (1962-1965) rompeu com o conceito de “fuga mundi”por uma atitude de diálogo e discernimento frente aos valores da modernidade. Na constituição pastoral Gaudium et spes (GS)os padres conciliares manifestaram o desejo de moldar uma Igreja que, fosse sensível às alegrias e as esperanças, bem como as tristezas e as angústias dos homens de hoje (GS 1), perfazendo assim, uma instituição que em resposta ao mandato do Senhor de evangelizar todos os povos, concorresse para tornar a humanidade mais sensível aos valores do Evangelho. Neste intuito de ser uma Igreja em que, toda realidade humana encontre eco em seu coração, o Concílio Vaticano II permiti moldar uma instituiçãocomo expressão do diálogo e do discernimento. Para tanto, à luz do concílio, evangelizar impele manter um intercâmbio permanente entre a Igreja e as diversas culturas vigentes, onde os fiéis iluminados adequadamente pela Palavra de Deus e o Magistério eclesiástico, saibam interpretar a verdade divina revelada por Deus (GS 4 e 44). A liberdade de consciência da pessoa humana, associada a sua autonomia e dever de buscar a verdade, favorece um diálogo sincero, impondo a Igreja o reconhecimento de uma fecunda diversidade entre os seus fiéis (GS 16).

Posto isso, vemos a emergência de nós católicos refletirmos sobre a população LGBT, constituída por gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, não se imiscuindo da visibilidade e emergência deste agrupamento social tão mal compreendido e assimilado na sociedade atual. A Igreja reconhece ser a pessoa humana criada à imagem e semelhança de Deus, não sendo a orientação sexual o critério para se estabelecer a validade ou não da sua relação para com o transcendente, pois qualquer pessoa neste mundo é criatura de Deus e destinatário da sua graça, sendo por isso filho e herdeiro da vida eterna. Deus não ama menos uma pessoa por ela ser gay ou lésbica.

O paradigma inaugurado pelo Concílio Vaticano II permite a cada cristão-católico encontrar meios de acolhida e ajuda a estes nossos irmãos e irmãs, não no intuito de convertê-los e curá-los, mas no sentido de ajudá-los a integrar-se ao convívio social e eclesial e, na imprescindibilidade de devolver-lhe a dignidade humana, tantas vezes ferida e machucada pelo preconceito e pela intolerância à diversidade sexual. A CNBB em seu documento nº 100 sobre a conversão pastoral da paróquia, estabelece que em nossas comunidades cristãs saibamos acolher e integrar as pessoas que vivem em outras configurações familiares diferentes à família tradicional. Os bispos brasileiros alertam: “A Igreja, família de Cristo, precisa acolher com amor todos os seus filhos. [...]. Na renovação paroquial, a questão familiar exige conversão pastoral para não perder nada da Boa-Nova anunciada pela Igreja e, ao mesmo tempo, não deixar de atender, pastoralmente, às novas situações da vida familiar. Acolher, orientar e incluir nas comunidades aqueles que vivem numa outra configuração familiar são desafios inadiáveis”[1]. Dom Frei Severino Clasen, em sua Carta Pastoral publicada neste último 15 de agosto, alertou que o trabalho de evangelização da juventude precisa, imprescindivelmente, considerar a juventude homoafetiva[2].Na diocese de Nova Iguaçu no Rio de Janeiro, se criou a pastoral da diversidade, no intuito de auxiliar a população LGBT no exercício da fé religiosa.Aos poucos vamos percebendo que a Igreja e a sociedade civil vão tomando consciência que, a condição homossexual não é fruto da opção deliberada da pessoa e, portanto, não tendo ela alternativa senão se comportar de modo homossexual.

O pontificado do Papa Francisco inovou na relação de acolhida para com as pessoas homossexuais. Disse ele, em 2013, voltando do Brasil a Roma por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro: “Se uma pessoa é gay, procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar? [...] Não se devem marginalizar estas pessoas”[3]. O papa retoma o ensino do Concílio Vaticano II utilizando-se dos conceitos de liberdade e autonomia da consciência aplicada à realidade das pessoas homossexuais. No documento de Aparecida, resultado da conferência de bispos de toda a América Latina, realizada em 2007 com a participação do Papa Bento XVI e do então Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Bergoglio, convoca toda a Igreja a ir às “periferias existenciais” para o encontro com todos os que sofrem diversas formas de injustiças, carências e conflitos: “Com especial atenção e em continuidade com as Conferências anteriores, fixamos nosso olhar nos rostos dos novos excluídos: os migrantes, as vítimas da violência, os deslocados e refugiados, as vítimas do tráfico de pessoas e sequestros, os desaparecidos, os enfermos de HIV e de enfermidades endêmicas, os tóxicos-dependentes, idosos, meninos e meninas que são vítimas da prostituição, pornografia e violência ou do trabalho infantil, mulheres maltratadas, vítimas da exclusão e do tráfico para a exploração sexual, pessoas com capacidades diferentes, grandes grupos de desempregados/as, os excluídos pelo analfabetismo tecnológico, as pessoas que vivem na rua das grandes cidades, os indígenas e afro-americanos, agricultores sem terra e os mineiros. A Igreja, com sua Pastoral Social, deve dar acolhida e acompanhar essas pessoas excluídas nas respectivas esferas” (DAp. 402).

O Papa Francisco critica uma Igreja autorreferencial e entrincheirada em “estruturas caducas que perderam a capacidade de acolhimento”[4], porque o anúncio do amor salvífico de Deus precede a obrigação moral e religiosa. Na sua exortação apostólica Evangelii Gaudium ensina que devemos evitar desproporções na pregação cristãs, sobretudo quando pregamos mais a lei do que a graça de Deus, mais a Igreja do que Jesus Cristo, mais o Papa do que a Palavra de Deus (cf. EG 38). Nossa pregação moral não é uma ética estoica, não é uma mera filosofia prática e nem um catálogo de pecados e erros, porque o Evangelho é, antes de tudo, resposta a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-nos como irmãos e irmãs na procura e no bem de todos (cf. EG 39). A misericórdia deve ser aplicada e vivida por todos os cristãos, inclusive pelos pastores da Igreja, rejeitando com isso todo idealismo estéril sem paciência e misericórdia: “fujam dos padres rígidos! Eles mordem”[5], dizia o papagraciosamente com seu bom humor.

A renovação realizada pelo Papa Francisco se faz com abertura pastoral e novos enfoques doutrinais, através de gestos ousados desencadeando novos processos de evangelização. No início de 2015 recebeu em sua casa a visita do transexual espanhol Diego Neria e de sua companheira Macarena, deixando-se fotografar com ambos.  Nos Estados Unidos recebeu na nunciatura apostólica o seu antigo aluno e amigo gay Yayo Grassi e seu companheiro. Recebeu também o chileno Juan Carlos Cruz, vítima de abuso sexual por um padre, com quem conversou em particular longamente, e na ocasião lhe disse: “Juan Carlos, que você é gay não importa. Deus te fez assim e te ama assim, e eu não me importo. O papa te ama assim. Você precisa estar feliz como você é”, segundo relato do próprio Juan Carlos[6]. Mais recentemente, em 2020, no documentário “Francesco” o Papa Francisco defendeu as uniões civis entre homossexuais: “As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz. [...] O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados”[7].

Aqui nos cabe uma pergunta: Estaria o papa menosprezando a doutrina da Igreja? Na verdade, o Papa Francisco nada alterou doutrinalmente na Igreja católica, mas mudou, ou pelo menos busca mudar, a abordagem da Igreja frente aos grandes problemas da humanidade. Em meio a toda a complexidade da vida humana o papa não hesita em convocar a caridade fraterna como a primeira lei dos cristãos, como ensinou na Exortação Apostólica Amoris laetitia, sobre o amor na família: “Em toda e qualquer circunstância, perante quem tenha dificuldade em viver plenamente a lei de Deus, deve ressoar o convite a percorrer a via caritatis. A caridade fraterna é a primeira lei dos cristãos” (AL 306). Aplicando os gestos e exemplos do papa para com os LGBT´s certamente vários problemas dessa população seriam resolvidos.

Ainda na Exortação Apostólica Amoris laetitia refletindo sobre a família e seus desafios o Papa Francisco referenda o relatório conclusivo dos padres sinodais, quando pede o acolhimento e o respeito pelas pessoas homossexuais, evitando discriminação e qualquer forma de agressão e violência: “Com os Padres sinodais, examinei a situação das famílias que vivem a experiência de ter no seu seio pessoas com tendência homossexual, experiência não fácil nem para os pais nem para os filhos. Por isso desejo, antes de tudo, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar ‘todo sinal de discriminação injusta’ e particularmente toda forma de agressão e violência. Às famílias, por sua vez, deve-se assegurar um respeitoso acompanhamento, para que quantos manifestam a tendência homossexual possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida” (AL 250).

Mais recentemente, em 2019, a Congregação para a Educação Católica, publicou um documento sobre as questões de gênero e orientação sexual. O documento Homem e mulher os criou: para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação[8], reafirma o ensino tradicional da Igreja sobre antropologia e sexualidade, e ao mesmo tempo abre algumas possibilidades que podem ser promissoras. O referido documento distingui entre ideologia e as diversas pesquisas sobre gênero, realizadas pelas ciências humanas, com grande seriedade no que tange ao modo em que se vive a sexualidade entre homens e mulheres nas suas diversas culturas. Portanto, é necessário extinguir certa histeria que existe em determinados grupos quando se refere em gênero.Além do mais, alerta contra o bullying, exortando que na educação de crianças e jovens, deve-se respeitar suas diferenças e peculiaridades. O presente documento não responde às expectativas daqueles que esperavam da Igreja uma firme condenação dos estudos de gênero, mas se abre ao diálogo e ao debate aberto, afinal está se discutindo ciência, e não ideologias histéricas amplamente divulgadas por redes sociais nada cristãs.

Por fim, a Igreja precisa cada vez mais tomar consciência da população LGBT, e saber acolher em suas comunidades cristãs seus dons e carismas. Cada cristão deve ser o bom samaritano que, ao se encontrar compessoas em estado de vulnerabilidade, como é o caso de muitos homossexuais padecentes,derramar óleo e vinho em suas feridas e cuidar para que sejam inteiramente resgatadas e incluídas em nosso convívio social. A Igreja, enquanto instituição pertence à sociedade civil, deve apoiar e ajudar no discernimento ético e proposição de políticas públicas através de conselhos paritários, no intuito de acompanhar e promover esta parcela da população que clama por seus direitos.

Maringá-PR., 30 de agosto de 2021.




[1] CNBB, Comunidade de comunidades: uma nova paróquia (documento 100), nº 217-218.

[2]Dom Severino Clasen, Carta Pastoral Acolher e Cuidar, nº 226.

[3] PAPA FRANCISCO, Encontro do Santo Padre com os jornalistas durante o voo de regresso do Brasil, 28/06/2013.

[4] PAPA FRANCISCO, Solenidade de Pentecostes – homilia na Santa Missa com os movimentos eclesiais, 19/05/2013.

[5] PAPA FRANCISCO, Discurso do Papa Francisco aos participantes no congresso promovido pela Congregação para o Clero, por ocasião do cinquentenário dos decretos conciliares Optatam Totius e Presbiterorum Ordinis, Roma, 20/11/2015.

[6] El país, 19/05/2018, disponível www.elpais.com.

[8] CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA, Homem e mulher os criou: para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação, Vaticano, 2019.


O que são os fundamentalismos?

 


Por Ivone Gebara
Publicado no Portal das CEBs



O que são os fundamentalismos?

A palavra fundamentalismo é uma das mais ouvidas tanto no mundo religioso quanto no mundo social e político nesses tempos conturbados que são os nossos. É nessa perspectiva que podemos afirmar que existem muitas formas de fundamentalismo e estas formas abrangem as políticas, as religiões, as formas de educação, enfim toda a produção de conhecimento e das atitudes humanas.

A origem da palavra fundamentalismo vem de fundamento. E quando se fala de fundamento logo se pensa em alicerce, em terreno firme a partir do qual se podem construir casas, edifícios, crenças, saberes e ciência. Mas, no caso que estamos tratando a palavra fundamento, como algumas palavras às quais acrescentamos o sufixo ismo indicam uma espécie de adulteração de seu sentido próprio. O fundamentalismo é assim uma adulteração do fundamento, é colocar outros fundamentos no lugar da sustentação vital de nossas relações, é colocar ideias e leis que favorecem o interesse de minorias privilegiadas. Assim produzem mal-estar social acentuando comportamentos de exclusão de outras pessoas. Por isso, somos convidadas/os a refletir sobre os sentidos que apresentam no mundo das relações sociais, religiosas e políticas.

Os fundamentalismos só se mantem produzindo formas de violência contra as pessoas e eliminando direitos adquiridos embora na aparência não se mostrem assim. Fazem até pensar na parábola da pessoa que saiu a semear (Marcos 4, 1 a 20) e as sementes caíram em terrenos diversos. Os terrenos fundamentalistas acabam fazendo com que as sementes morram, enquanto o bom fundamento, a terra boa, aquela que produz plantas sadias que se tornam árvores e oferecem seus frutos em abundância. Os frutos podem ser partilhados e comidos com alegria. As árvores podem abrigar a diversidade de pássaros, simbolizando a diversidade de pessoas e manifestando a importância da convivência da diversidade na manutenção da vida.

No mundo inseguro em que vivemos, sobretudo, por conta da pandemia covid-19 e da instabilidade econômica e política mundial, os fundamentalismos têm um terreno fértil. Prometem segurança, prometem ordem, prometem paz. Porém para mantê-las ameaçam, distribuem armas, alienam as pessoas do direito de escolher e pensar sobre os rumos de suas vidas. De maneira especial os fundamentalismos religiosos se aliam aos fundamentalismos políticos e acreditam ser a salvação para o povo de muitas formas de pobreza. Entretanto produzem ilusões, autoritarismos e crescente violência. A história humana pode demonstrar as tragédias múltiplas nascidas dos muitos fundamentalismos que fomos capazes de criar.

Por isso temos que estar alertas para não cair em suas armadilhas, para não nos deixarmos iludir por suas promessas as mais diversas, para não sermos tentados por vantagens individuais que são oferecidas a cada instante.

Ser capaz de enfrentar a realidade em que vivemos, analisá-la e dar passos em vista do bem coletivo é um caminho para não cair nas redes fundamentalistas que tudo fazem para nos pescar.

Dar-nos as mãos, conversar sobre nossas vidas reais, sobre nossos limites e possibilidades reais dos projetos que nos oferecem é o que chamamos de capacidade de reflexão crítica. Reflexão com critério, com julgamento real, com análise das possibilidades de um caminho que embora difícil, não nos deixará cair nas ilusões e violências dos muitos fundamentalismos.

25 agosto, 2021

Menina rouba a cena na Audiência Geral

Praticamente durante toda a sua catequese, o Papa Francisco teve companhia no palco.
Correndo de um lado para outro, batendo palmas, parando justamente na frente do Pontífice. 
A mãe tentou tirá-la, mas o Papa pediu que ela ficasse livre.
 Antes de se despedir dos fiéis, Francisco compartilhou uma reflexão: quem rezou por ela, pela sua família e pelos seus pais? Quando vemos uma pessoa que sofre, devemos rezar.


 

22 agosto, 2021

CEBs da Arquidiocese de Maringá

CEBs da Arquidiocese de Maringá, no dia de hoje, 22 de agosto de 2021 em encontro com as e os que representaram a Arquidiocese avaliaram o 8º intereclesial das CEBs do Paraná.

O Encontro foi organizado e conduzido pelo Pe. Genivaldo Ubinge e por mim Lucimar Moreira Bueno (Lúcia).

Com alegria nesse dia o Pe. Donizeti Aparecido Pugin Souza, foi acolhido como Assessor Eclesiástico das CEBs da Arquidiocese de Maringá.

Lucimar Moreira Bueno foi confirmada para continuar como assessora leiga.

O Pe. Genivaldo Ubinge que acompanhava as CEBs como assessor eclesiástico ao passar para o Pe. Donizeti foi convidado para continuar somando na equipe de assessoria.

Continuamos com alegria e na certeza da importância das CEBs, esse lindo jeito profético de ser Igreja, no meio do povo como o povo.





20 agosto, 2021

Artigo – A Carta Pastoral de Dom Severino: Primeiras impressões



Artigo – A Carta Pastoral de Dom Severino: Primeiras impressões


No último dia 15 de agosto nosso arcebispo Dom Frei Severino Clasen publicou sua Carta Pastoral, intitulada Acolher e cuidar, por ocasião do 1º aniversário do início do seu ministério episcopal em nossa arquidiocese de Maringá. Uma carta pastoral é um documento pessoal do bispo onde, costumeiramente, se apresenta reflexões, exortações e proposições para o exercício do seu pastoreio junto aos fiéis.

A exemplo do apóstolo Paulo que se correspondia com as comunidades que fundava exortando e orientando a vida cristã, Dom Severino toma para si esta antiga prática eclesial e nos provoca para refletirmos a caminhada pastoral de nossa Igreja Particular.

O texto da Carta Pastoral, permeado de passagens bíblicas e citações do Magistério recente, é um convite ao diálogo com todas as forças vivas da Igreja diocesana, conclamando padres, diáconos, religiosos e leigos e leigas a reorganizar a ação evangelizadora, a partir da sinodalidade eclesial, tão enfatizada pelo Papa Francisco.

A Carta Pastoral constituída de 159 páginas e distribuída em três capítulos nos faz buscar em nossas raízes históricas e teológicas a compreensão do presente, acrescida da experiência pessoal de um pastor franciscano afeiçoado pela valorização de uma Igreja ministerial, onde todos – todo o Povo de Deus – é parte constitutiva e fundante na edificação do Reino de Deus.

A caminhada de evangelização de nossa arquidiocese agora se mescla na experiência de um pastor vindouro das terras do contestado catarinense, onde juntos, planejaremos os próximos passos na evangelização, almejando um futuro que possibilite a transmissão da fé que nos foi confiada no presente.

Cada geração tem seus próprios desafios no testemunho e na transmissão do Evangelho, mas o Espírito Santo toca a inteligência e a sabedoria de pastores em ouvir o sensus fidei para interpretar os sinais de cada época e transformá-los em ação pastoral.

Dom Severino é o primeiro bispo que não conheceu pessoalmente Dom Jaime Luiz Coelho, na sua missão episcopal de quarenta anos como pastor desta diocese (1957-1997). Na sua Carta Pastoral reconhece a importância deste intrépido bispo na fundação desta Igreja à luz da efervescência do Concílio Vaticano II (1962-1965), no importante auxílio dos religiosos, na formação de um clero autóctone e na organização pastoral de paróquias e pastorais.

Mesmo não conhecendo pessoalmente Dom Jaime, distante há oito anos de sua morte, Dom Severino se utiliza do relato daqueles que testemunharam seu pastoreio, além de buscar nas preciosas páginas do historiador e cronista Padre Orivaldo Robles as informações necessárias para compor o rico mosaico de padres, religiosos e leigos que construíram esta história em nossa diocese.

Na sequência menciona os demais bispos que aqui pastorearam, indicando que não veio para fundar uma nova Igreja, mas dar prosseguimento ao caminho iniciado por seus predecessores. Longe de querer rupturas com sua história, Dom Severino deseja colocar um tijolo a mais neste edifício eclesial, evidentemente com sua própria marca, trazendo consigo suas experiências vividas e sua compreensão de Igreja que os tempos novos lhe impõe no exercício episcopal.

A Carta Pastoral tem um tom positivo a respeito da Arquidiocese quando descreve os seus padres e leigos. Apresenta suas diferenças eclesiológicas e geracionais que, muitas vezes geram conflitos e discórdias, mas que ao final das contas prevalece a comunhão eclesial.

Dom Severino fala bastante dos padres incentivando-os ao trabalho pastoral em fidelidade ao Concílio Vaticano II, exortando-os para viver o ministério presbiteral de acordo com as orientações da Igreja, sem ostentação e privilégios.

Particularmente caro é o seu empenho para com os leigos e os religiosos, pois o bispo além de ser religioso franciscano foi presidente da Comissão para o laicato junto a CNBB, imprimindo-lhe uma forte atenção à formação e organização dos leigos nesta Igreja sinodal que almeja imputar cada vez mais em Maringá. Seja ao clero, ou ao laicato e aos religiosos, para todos exorta a renunciar uma espiritualidade intimista e uma Igreja paralela fora da comunhão eclesial, tão necessária para a catolicidade da Igreja.

O bispo também disponibiliza a Arquidiocese de Maringá na construção de uma sociedade onde a vida civil seja possível a todas as pessoas, indistintamente. A Igreja nunca se imiscuiu de colaborar na resolução dos problemas da cidade, buscando junto com as autoridades políticas e o poder público, consensos e tratativas que favoreçam o interesse coletivo, sobretudo dos mais pobres.

Aliás, nossa arquidiocese acompanha o desenvolvimento da cidade, sendo nossas paróquias testemunhas vivas que o surgimento de um novo bairro é a certeza do surgimento de uma nova comunidade cristã.

O bispo reivindica uma cidade para todos sem exclusão de ninguém, chama a atenção das autoridades políticas e exorta os fiéis a combater o preconceito de cor, gênero, religião, a desigualdade social, as condições econômicas precárias de muitas famílias, entre tantas situações de sofrimento que abatem a população.

O clamor e exortação do pastor se estendem para o cuidado com a natureza, preservando nossas matas e rios, sendo cuidadores da casa comum.

Por fim, o bispo convida a todos para dialogar com ele a respeito da evangelização para os próximos anos. Sua marca pessoal no governo desta Igreja começa na preocupação de dar maior agilidade e qualidade na ação evangelizadora das pastorais, movimentos eclesiais, serviços e organismos presentes na diocese.

Aquilo que inicialmente o bispo apelidou de “guarda-chuva”, se referindo ao conjunto de trabalhos que convergem para uma mesma ou semelhante ação pastoral, Dom Severino propõe reorganizar todas as forças vivas em três categorias pastorais: dimensões, setores e comissões.

A primeira dela contempla três dimensões: a dimensão de comunhão missionária, quando se atenta para a vida interna de uma comunidade; a dimensão sociotransformadora, tendo na Cáritas diocesana o eixo dinamizador de todas as iniciativas sociais da Igreja; e por fim, a dimensão do diálogo Igreja e sociedade, em vista de possibilitar o encontro fraterno e a troca de experiências com outras denominações cristãs e outras religiões não-cristãs.

Na sequência propõe impulsionar algumas iniciativas em setores, fortalecendo aqueles que já existem ou mesmo constituindo novos setores. A família, a juventude, a comunicação e os movimentos eclesiais/novas comunidades são os titulares destes setores que se pretende fazer uma ação evangelizadora comum, respeitando, evidentemente, a especificidade e o carisma de cada um dos segmentos. A unidade na diversidade.

E, por último, o bispo propõe constituir duas comissões, onde todos os segmentos da arquidiocese devem se envolver: a iniciação à vida cristã e a formação sistemática e permanente do laicato.

A Carta Pastoral não é um documento legislativo, por isso não tem força de lei canônica, mas um instrumento onde o bispo se permite em colocar suas ideias para discutir e dialogar com todos.

O momento agora é de acolher a Carta Pastoral, ler atenciosamente os seus ricos parágrafos, discutir com a comunidade e outras pessoas interessadas, no intuito de abrir um grande debate sobre a ação evangelizadora de nossa arquidiocese.

A Assembleia Arquidiocesana será a grande ocasião de sistematizar e refletir as propostas do bispo, juntamente com tantas outras ideias que nascerão do debate desta Carta Pastoral, culminando assim num Plano de Pastoral resultado da sinodalidade e da confirmação episcopal de nosso pastor.

Pe. Marcos Roberto Almeida dos Santos
Maringá-PR., 17 de agosto de 2.021
mralmeidas19@hotmail.com

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá

19 agosto, 2021

Dia 19 de agosto!

Quatro anos. Esse dia ficou marcado como um dia, que não compreendo mais meu coração estava entristecido na manhã daquele sábado. Por volta das nove horas, pressentimento e não demorou a notícia que foi a mais difícil vivida, com saúde estava, mas veio a falecer, meu irmão. Com o nosso Deus ele esta.


18 agosto, 2021

Saiba o que muda na vida dos servidores públicos e da população se a PEC 32 for aprovada

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 da Reforma Administrativa, hoje um ponto de destaque da agenda econômica do governo federal.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já afirmou que a proposta deve entrar em votação até o final de agosto no Plenário. A medida foi protocolada pelo Planalto em setembro de 2020, e altera uma série de normas que regem o trabalho no funcionalismo público.

Leia a matéria publicada no site Brasil de Fato


PAPA FRANCISCO - AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Irmãos e irmãs, bom dia!

São Paulo, apaixonado por Jesus Cristo, pois tinha entendido bem o que era a salvação, ensinou-nos que os «filhos da promessa» (Gl 4, 28) – isto é, todos nós, justificados por Jesus Cristo – não estão sob o vínculo da Lei, mas são chamados ao estilo de vida exigente na liberdade do Evangelho. No entanto, a Lei existe. Mas existe de outro modo: a mesma Lei, os Dez Mandamentos, mas de outro modo, pois uma vez que o Senhor Jesus veio ela não pode justificar-se por si mesma. E portanto, na catequese de hoje, gostaria de explicar isto. E perguntemo-nos: qual é, segundo a Carta aos Gálatas, o papel da Lei? No trecho que ouvimos, Paulo diz que a Lei foi como um pedagogo. É uma bonita imagem, a do pedagogo sobre o qual falamos na audiência passada, uma imagem que merece ser compreendida no seu justo significado.

Parece que o Apóstolo sugere que os cristãos dividem a história da salvação em duas, e também a própria história pessoal. São dois os momentos: antes de se tornar crentes em Jesus Cristo e depois de ter recebido a fé. No centro está o acontecimento da morte e ressurreição de Jesus, que Paulo pregou a fim de suscitar a fé no Filho de Deus, fonte da salvação, e somos justificados em Cristo Jesus. Somos justificados pela gratuidade da fé em Cristo Jesus. Por conseguinte, partindo da fé em Cristo, há um “antes” e um “depois” em relação à própria Lei, pois a lei existe, os Mandamentos existem, mas há uma atitude antes da vinda de Jesus e outra depois. A história anterior é determinada pelo facto de estar “sob a Lei”. E quem percorria o caminho da Lei se salvava, era justificado; a história sucessiva – depois da vinda de Jesus – deve ser vivida seguindo o Espírito Santo (cf. Gl 5, 25). É a primeira vez que Paulo usa esta expressão: estar “sob a Lei”. O significado subjacente implica a ideia de uma servidão negativa, típica dos escravos: “estar submetido”. O Apóstolo torna-o explícito, dizendo que quando se está “sob a Lei” é como ser “vigiado” e “preso”, uma espécie de prisão preventiva. Este tempo, diz São Paulo, durou muito – desde Moisés até à vinda de Jesus – e perpetua-se enquanto se vive no pecado.

A relação entre a Lei e o pecado será explicada de uma forma mais sistemática pelo Apóstolo na sua Carta aos Romanos, escrita alguns anos após a Carta aos Gálatas. Em síntese, a Lei leva a definir a transgressão e a tornar as pessoas conscientes do próprio pecado: “Fizeste isto, portanto a Lei – os Dez Mandamentos – diz assim: tu estás no pecado”. Aliás, como ensina a experiência comum, o preceito acaba por estimular a transgressão. Na Carta aos Romanos, escreve: «Quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas, fortalecidas pela lei, operavam nos nossos membros e produziam frutos para a morte. Agora, porém, livres da lei, estamos mortos para o que nos sujeitara, de modo que servimos num espírito novo e não segundo uma lei antiquada» (7, 5-6). Porquê? Porque veio a justificação de Jesus Cristo. Paulo expõe a sua visão da Lei: «O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei» (1 Cor 15, 56). Um diálogo: tu estás submetido à Lei, e estás ali com a porta aberta ao pecado.

Neste contexto, a referência ao papel pedagógico desempenhado pela Lei assume o seu pleno sentido. Mas a Lei é o pedagogo, que te leva para onde? Para Jesus. No sistema escolar da antiguidade, o pedagogo não tinha a função que lhe atribuímos hoje, ou seja, dar educação a um jovem ou a uma jovem. Naquela época, ele era um escravo cuja tarefa consistia em acompanhar o filho do dono ao mestre e depois trazê-lo para casa. Desta forma devia protegê-lo do perigo, vigiar para que não se comportasse mal. A sua função era bastante disciplinar. Quando o jovem se tornava adulto, o pedagogo cessava as suas funções. O pedagogo ao qual Paulo se referia não era o professor, mas aquele que o acompanhava à escola, vigiava sobre o menino e depois levava-o para casa.

A referência à Lei, nestes termos, permite que São Paulo esclareça a sua função na história de Israel. A Torá, isto é, a Lei, fora um ato de magnanimidade por parte de Deus para com o seu povo. Depois da eleição de Abraão, outro ato importante foi a Lei: definir o caminho para ir em frente. Certamente tinha funções restritivas, mas ao mesmo tempo protegia o povo, educava-o, disciplinava-o e apoiava-o na sua fraqueza, sobretudo com a proteção face ao paganismo; naqueles tempos, havia muitos comportamentos pagãos. A Torá diz: “Existe um único Deus que nos pôs a caminho”. Um ato de bondade do Senhor. E certamente, como eu já disse, tivera funções restritivas, mas ao mesmo tempo, protegera o povo, educara-o, disciplinara-o, apoiara-o na sua debilidade. É por esta razão que o Apóstolo reflete sucessivamente, descrevendo a fase da menoridade. Diz assim: «Enquanto o herdeiro é menino, em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo, pois está sob o domínio de tutores e administradores, até ao dia determinado pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos subjugados pelos elementos do mundo» (Gl 4, 1-3). Em síntese, a convicção do Apóstolo é que a Lei tem certamente uma função positiva – portanto, como pedagogo, leva em frente – mas é uma função limitada no tempo. A sua duração não pode ser prolongada além, pois está ligada ao amadurecimento das pessoas e à sua escolha de liberdade. Quando se chega à fé, a Lei esgota o seu valor propedêutico e deve dar lugar a outra autoridade. O que isto significa? Que quando acaba a Lei, podemos dizer: “Cremos em Jesus Cristo e fazemos o que nos apetece?”. Não! Os Mandamentos existem, mas não nos justificam. Quem nos justifica é Jesus Cristo. Devemos observar os Mandamentos, mas eles não nos dão a justiça; há a gratuidade de Jesus Cristo, o encontro com Jesus Cristo que nos justifica gratuitamente. O mérito da fé é receber Jesus. O único mérito: abrir o coração. E o que fazemos com os Mandamentos? Devemos observá-los, mas como ajuda para o encontro com Jesus Cristo.

Este ensinamento sobre o valor da lei é muito importante e merece ser considerado cuidadosamente para não cair em equívocos nem dar passos falsos. Far-nos-á bem perguntar-nos se ainda vivemos no período em que precisamos da Lei, ou se estamos bem conscientes de que recebemos a graça de nos tornarmos filhos de Deus para viver no amor. De que maneira vivo? Temendo que se eu não fizer isto, irei para o inferno? Ou vivo também com aquela esperança, com a alegria da gratuidade da salvação em Jesus Cristo? É uma boa pergunta. E também a segunda: desprezo os Mandamentos? Não! Observo-os, mas não como absolutos, pois sei que quem me justifica é Jesus Cristo.

Saudações:

Dirijo uma cordial saudação aos fiéis de língua portuguesa. Queridos irmãos e irmãs, não vos esqueçais que todo o batizado está chamado a viver na liberdade dos filhos de Deus. É o Espírito Santo que vos tornará capazes de viver e testemunhar a vossa fé com alegria e generosidade. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos!

Resumo da catequese do Santo Padre:

O trecho da Carta aos Gálatas lido no início da Catequese de hoje afirma que, antes que viesse a fé, estávamos encerrados sob a vigilância de uma Lei que exercia a função de um pedagogo (cf. 3, 23-24). Para São Paulo, a história da salvação e a nossa história pessoal se dividem em antes e depois da fé em Cristo, em estar sob a vigilância da lei ou ser guiado pelo Espírito Santo. E, estar sob a vigilância da lei significa estar encerrados, numa espécie de escravidão, cuja raiz é o pecado. Neste sentido, a lei se apresenta como um pedagogo. Este, na antiguidade, era um escravo encarregado de proteger e vigiar um jovem durante o seu processo de educação com um mestre. Tal função disciplinar do pedagogo ajuda a compreender o papel da lei de Moisés que, embora limitada, tinha a missão encaminhar o povo escolhido à uma autoridade superior: Cristo que nos salva, fazendo-nos participar da graça de sermos filhos de Deus.


Papa aos povos da América Latina: vacinar-se é um ato de amor

17 agosto, 2021

Gritos fortes ou mudos

São muitas as mulheres e homens que, com gritos fortes ou mudos, invocam a salvação das suas vidas.

Não se pode viver a vida sem sentir as dores e sofrimentos do povo de Deus.

Campanha da Fraternidade 2020 “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Fraternidade e vida: dom e compromisso.

“A vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar”.

A essência da vida é o cuidar, uma vida samaritana, como aquele que interrompeu sua rotina para cuidar de quem estava caído à beira do caminho (Lc 10,25-37).

O sacrifício perdido de duas gerações com a volta do Talibã no Afeganistão: “Foi tudo em vão”

“Estivemos vivendo uma vida livre, não teremos essa vida se o Talibã chegar ao poder...”

“A situação é terrível. O Talibã está por toda parte....”

“Sinto-me como se tivesse perdido tudo”

“Os jovens queriam mudar este país, tínhamos muitos sonhos e planos de futuro, para nós e para o Afeganistão”

“A situação é terrível. O Talibã está por toda parte. Muitos acham que acabamos de perder todos os avanços que tínhamos conseguido nos últimos 20 anos, especialmente para as mulheres. Agora só nos resta sentar e esperar.”

Leia na íntegra a matéria publicada no site El País



Mais de 1.400 vítimas no Haiti. Aproxima-se o tufão 'Grace'

Um alerta amarelo foi emitido na ilha caribenha para a chegada de uma tempestade tropical que poderia complicar muito as operações de resgate no sul da ilha, onde as pessoas estão incessantemente cavando nos escombros para encontrar sobreviventes do terremoto do último sábado. A máquina da solidariedade, para a qual o Papa apelou durante o Angelus, está sendo posta em marcha. A Cáritas internationalis lançou uma grande campanha de arrecadação de fundos.

Ainda está viva a oração coral e depois o apelo de domingo do Papa, que se uniu à Igreja em todo o continente para pedir solidariedade e compromisso em todos os níveis para "aliviar as consequências desta tragédia". Por isso, a Cáritas Internationalis está iniciando uma enorme campanha de captação de recursos, com um fundo de 50.000 euros, que pode ser acessado em www.caritas.org/donate-now/haiti-earthquake-2021/: alimentos, água, barracas, kits de higiene e primeiros socorros são necessários. A situação no país é "caótica, a extensão do desastre ainda não é previsível". 

O apelo do Papa Francisco: 

"Eu gostaria de expressar minha proximidade àquelas queridas populações que foram duramente atingidas pelo terremoto. Ao elevar minhas orações ao Senhor pelas vítimas, dirijo minha palavra de encorajamento aos sobreviventes, fazendo votos de que se mova na direção deles o interesse partícipe da comunidade internacional: a solidariedade de todos pode aliviar as consequências da tragédia. Rezemos juntos a Nossa Senhora pelo Haiti: Ave Maria...".

Leia a reportagem da Vatian News aqui



16 agosto, 2021

STF age para esvaziar escalada autoritária de Bolsonaro

Em Brasília, há um consenso de que o alto comando das Forças Armadas não vai embarcar em arroubos golpistas. Enquanto isso, o presidente faz gestos opostos para semear a dúvida.

Um comboio improvisado de carros militares, um Congresso que flertou com a volta do voto impresso e com um regime eleitoral adotado no Afeganistão, o Distritão — ambos projetos apoiados pelo Governo. A semana terminou no sábado com o presidente anunciando que pedirá o impeachment de dois ministros da corte, e envolvendo o Senado na decisão...

Leia matéria publicada no site El País

Papa Francisco - Solidariedade para o Haiti

“Nas horas passadas, verificou-se um forte terremoto no Haiti, causando inúmeros mortos, feridos e grandes danos materiais. Gostaria de expressar minha proximidade àquelas queridas populações que foram duramente atingidas pelo terremoto. Ao elevar minhas orações ao Senhor pelas vítimas, dirijo minha palavra de encorajamento aos sobreviventes, na esperança de que a comunidade internacional demonstre um interesse comum por elas e que a solidariedade de todos possa aliviar as consequências da tragédia. Rezemos juntos a Nossa Senhora pelo Haiti: Ave Maria...."

13 agosto, 2021

Vamos juntos ajudar a Diocese de Guajará-Mirim, em Rondônia

Faça sua doação nas celebrações do final de semana ou via PIX, pela chave:

curiamga@gmail.com



06 agosto, 2021

Transfiguração do Senhor!

"a Transfiguração, sinal concreto do amor de Deus. Uma aparição pascal antecipada, um vislumbre do céu na terra. O Senhor mostra-nos o fim deste percurso, que é a Ressurreição, a beleza, carregando a própria cruz. Portanto, a Transfiguração de Cristo indica-nos a perspectiva cristã do sofrimento. O sofrimento não é um sadomasoquismo, é uma passagem necessária, mas transitória (...) para um ponto luminoso como o rosto de Cristo transfigurado. A festa da Transfiguração do Senhor nos recorda que somos chamados a experimentar o encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, possamos propagá-la e fazê-la resplandecer em toda a parte como pequenas lâmpadas do Evangelho que transmitem um pouco de amor e de esperança." (Papa Francisco)

02 agosto, 2021

Genivaldo Ubinge e Lucimar Moreira Bueno


 

Quais os sinais de Deus em nossa vida!

Quais os sinais de Deus em nossa vida!

Quantos sinais de Deus que deixamos de enxergar, as vezes optamos por não enxergar e assim não sermos provocados...

Que sinal vamos pedir a Deus.