28 outubro, 2021

Não há vagas

Movimento Contra a Carestia Curitiba


"Recentemente, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que não adianta todo mundo ir para a universidade porque não tem mais emprego para quem se forma. 

Na opinião do ministro, o jovem brasileiro das camadas mais pobres deveria se contentar com cursos técnicos e com empregos mais modestos e deixar a universidade para os poucos que podem se bancar nelas. 

O ministro está errado. Ou melhor, o ministro defende o ponto de vista das classes dominantes deste país que não querem investimentos em educação superior. O problema não é que temos universidades demais. Ao contrário, deveríamos ter muito mais universidades públicas para todo jovem que quisesse estudar. O problema, de verdade, é que temos cada vez menos empregos onde a força de trabalho qualificada possa ser utilizada.

Para o Brasil ser um país rico, com um povo alimentado, morando bem, com saúde e educação para todos, é preciso mudar radicalmente a economia brasileira. Como fazer isso? 

Em primeiro lugar, os trabalhadores brasileiros precisam compreender que seus interesses e suas necessidades são diferentes dos interesses e necessidades dos grandes capitalistas.

O trabalhador brasileiro precisa ter clareza que sua classe social não é só diferente da classe dos grandes capitalistas, como, também, que estas classes estarão sempre em luta.

No Brasil, os muitos ricos querem deixar tudo do jeito que está: o país sendo vendido a preço de banana e o povo passando fome. Para o trabalhador, de nada adianta termos uma safra recorde de grãos, se a comida não chega na sua mesa. 

E a comida não chega na sua mesa, exatamente, porque o objetivo sempre será uma safra recorde para vender para o estrangeiro. 

O Brasil precisa passar por uma ruptura com o mercado mundial capitalista.

Precisa deixar de ser um produtor de commodities para exportação e passar a produzir para o mercado interno. Precisa acabar com a fome do trabalhador, precisa desenvolver um conhecimento próprio de nossas riquezas e explorá-las a serviço de todo o povo e não mais de meia dúzia de bilionários nacionais e estrangeiros."

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