26 setembro, 2018

“A fecundidade do amor na família”



“A fecundidade do amor na família”

Setor Família da Arquidiocese de Maringá lança campanha da Semana Nacional da Vida

Semana Nacional da Vida – De 1 a 7 de outubro.
Dia do Nascituro – 8 de outubro.

Toda a temática da Semana Nacional da Vida 2018 foi desenvolvida à Luz da Exortação do Papa Francisco, a Amoris Laetitia, sob a coordenação da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) da CNBB.

“A Arquidiocese de Maringá tem feito um trabalho muito bonito no campo das comunicações para valorizar o papel da Família na sociedade. Este é mais um material que queremos levar às paróquias e comunidades”, explica padre Onildo Luiz Gorla Júnior, assessor eclesiástico da Pastoral Familiar.

Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá

Diocese de Crato - Encontro Diocesano sobre Migração e Refúgio



É por Amor! (Zé Vicente)


É por amor!
Sim, é por amor à vida que cantamos
e tantas vezes choramos também.

É por amor à vida que estamos lutando
e vamos andando lentamente para buscar a luz
e a liberdade das manhãs de sol!

É por amor!
Sim, é por amor à vida, evidentemente,
que encaramos de frente essa imensa dor
que se nos impõe nesse reinado amargo do ódio presente!

É por amor à vida
que estamos nas ruas, nas praças, nas estradas
e gritamos palavras de ordem de uma nova ordem!

Sim, é por amor
É por amor à vida que marchamos nas madrugadas
De lua nova levando nos braços a fúria das tempestades
Prontos a resgatar a terra que nos tomaram.

Vamos replantar as flores e as sementes
Que há séculos estão em cio!

É por amor!
Sim, é por amor à vida que profundamente doloridos
recolhemos em nossos braços
os que foram brutalmente feridos
e quando já não podemos devolver-lhes a respiração
nós comungamos de seu sangue e os fazemos ressuscitar
em milhares de vidas e sorrisos!

É por amor!
Sim, é por amor à vida que escrevemos nas pedras
os poemas da esperança rebelde
que pichamos nos muros e nas portas
as frases corajosas de um futuro novo
que dançamos nas festas de sábado
no batuque do carnaval de um povo livre!

É por amor que nos abraçamos
Que nos beijamos na esquina e já não tememos
Andar de braços dados seguindo a bandeira da paz
E da ternura conseqüente!
É por amor!
Sim, é por amor à vida
Que desesperadamente amamos!

Por que tanta provocação?

Tenho visto e principalmente facebook e também recebido provocações como: católicos apoiando a esquerda; padre então indique um candidato; não conhecem a doutrina social da igreja e tantas outras provocações.


É preciso respeitar a democracia, mas essas provocações revela que essas pessoas agem contra nossos princípios básicos, sobretudo na economia, muitos só para ser contra o PT.

Uma vez ao ler um texto na internet, não lembro quem escreveu, mas lá estava:

"Ouvimos e vemos o que queremos, e deixamos de ouvir e ver o proverbial “escrever na parede”, talvez porque seja tão desagradável para nós que simplesmente não se registre."

Vejo que os padres que estão sendo provocados são os que com sabedoria vem educando o povo na consciência cidadã. São os que estão indicando características importantes neste ou naquele candidato, apontando fragilidades, mas os provocadores não querem ver e continuam provocando.

As pessoas solidárias e que comungam com os anseios de tantas pessoas que precisam do amparo de políticas públicas conquistadas, queiram ou não os provocadores aceitarem, políticas essas conquistadas no governo PT e hoje em riscos de perde-las como : aposentadoria, remédios da farmácia popular, financiamento de moradias, investimento na educação, na saúde etc., essas pessoas continuam sendo provocadas.

Uma vez procurei entender a diferença entre "críticos" e "provocadores', e depois de ler mais de um texto sobre o assunto, conclui que:

Não nos confundamos, provocadores não são críticos. Uma crítica se direciona a algo, porque o crítico foi capaz de adentrar neste algo, geralmente um trabalho, uma ideia, uma produção qualquer planejada ou materializada, e diante da sua visão, constrói um ponto de vista, que pode ser positivo ou não.

Já a provocação, ela tenta tomar uma coisa como desculpa, seja um comportamento, um trabalho, uma forma de pensamento, enfim, uma produção de qualquer natureza, mas direciona uma ofensa à pessoa que realizou ou manifestou esse “algo”.

Então, a crítica parte de algo, fala de algo e se direciona a algo, apenas indiretamente referindo-se ao alguém que produziu ou manifestou esse “algo”. A provocação atropela o “algo” e o usa como desculpa para se direcionar a alguém de forma ofensiva.

É...desanimar e desistir jamais.

21 setembro, 2018

PT deveria realizar 'comissão da verdade' para examinar seus erros, diz Noam Chomsky


PT deveria realizar 'comissão da verdade' para examinar seus erros, diz Noam Chomsky

Considerado um dos mais importantes linguistas do mundo, o filósofo e ativista de esquerda americano Noam Chomsky afirma que o PT deveria estabelecer "uma espécie de comissão da verdade" para analisar os erros cometidos pelo partido.

"Eles tiveram tremendas oportunidades. Algumas foram usadas em benefício da população, outras foram perdidas. É preciso perguntar por que isso ocorreu, e fazer isso publicamente. E realizar reformas internas que impeçam que aconteça outra vez", considera Chomsky, em entrevista à BBC News Brasil.

Conhecido por seu forte ativismo de esquerda, Chomsky tem saído em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assinou manifesto a favor do petista e participou, na última sexta-feira, em São Paulo, de um seminário organizado por Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores de Lula, na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC News Brasil - Lula nomeou Fernando Haddad como seu sucessor. Se ele vencer, terá que lidar com um forte sentimento anti-PT no país, que está muito polarizado. É possível superar essa polarização? É uma questão de diálogo e alianças?

Noam Chomsky - Se o PT reconquistar o poder político - ou mesmo se não chegar lá, de uma forma ou de outra -, uma grande tarefa que deve enfrentar é de estabelecer uma espécie de comissão da verdade para olhar com honestidade para o que ocorreu. Olhar com franqueza para as oportunidades que perderam. Isso teria um grande significado.

Eles tiveram tremendas oportunidades. Algumas foram usadas em benefício da população, outras foram perdidas. É preciso perguntar por que isso ocorreu, e fazer isso publicamente. E realizar reformas internas que impeçam que aconteça outra vez. Isso deveria ser feito independentemente de chegarem ao poder. O mesmo vale para todos os partidos, ninguém está imune a isso.

BBC News Brasil - O senhor frequentemente elogia o período de crescimento e redução da pobreza na era Lula, mas seu governo incluiu práticas de corrupção, fisiologismo e toma-lá-dá-cá recorrentes na política brasileira, e que Lula antes condenava. Isso levou muitos a se desiludirem com o PT. Na sua visão, a inclusão social prevalece sobre esses problemas?

Chomsky - Houve isso e eu não justifico, não considero correto. Mas foi inevitável já que o PT tinha uma minoria no Congresso. Não poderiam operar sem fazer alianças.

O problema real foi outro. O problema real foi ter falhado em diversificar a economia. Naqueles anos, houve uma grande tentação em toda a América Latina de seguir a vocação tradicional de fornecer commodities a consumidores em outras partes do mundo, especialmente para a China, que se tornou uma grande compradora de soja, ferro. Manufaturados chineses baratos passaram a inundar o Brasil, inviabilizando a indústria de manufaturados local. Esse tipo de política não pode levar a um desenvolvimento de sucesso. A Venezuela também continuou dependendo completamente da exportação de energia.

Por outro lado, houve uma acentuada redução da pobreza, mais benefícios na saúde, mais oportunidade de educação. E o Brasil foi lançado para o centro do palco mundial, com as políticas de Lula e de Celso Amorim (o então ministro de Relações Exteriores) tornando-o um dos países mais respeitados do mundo. Então houve erros graves, mas houve também conquistas consideráveis.

BBC News Brasil - Mas essas conquistas começaram a entrar em declínio durante o governo do próprio PT.

Chomsky - Elas colapsaram quando a oportunidade fácil de produzir commodities para o que parecia ser um mercado insaciável se esgotou. E aí houve um grave problema. Que foi causado pela falta de diversificação. Mas a corrupção é real. É endêmica não apenas no Brasil, mas em todo o hemisfério.

BBC News Brasil - Então quando o senhor defende o PT, admite que houve corrupção?

Chomsky - Quem defende o PT?

BBC News Brasil - O senhor fala em defesa do Lula.

Chomsky - Falo em defesa do Lula de uma maneira muito especial. Digo que houve conquistas significativas, mas houve erros. E que ele agora foi condenado de uma maneira completamente desproporcional ao que fez ou deixou de fazer. Isso não é defender o PT, é descrever os fatos.

Embora Lula pareça ter se mantido afastado de corrupção pessoalmente, ele certamente tolerou muita corrupção no PT. Assim como o (Hugo) Chávez tolerou muita corrupção na PDVSA (a estatal de petróleo) na Venezuela. A corrupção no Brasil e em toda a América Latina é chocante, e isso já há muito tempo. É um problema sério, mas difícil de superar. Porque está entranhada no sistema eleitoral. É preciso desmantelar uma estrutura fortemente enraizada.

BBC News Brasil - O senhor acha que Lula não tem responsabilidade pelos crimes de que foi condenado?

Chomsky - O crime específico pelo qual ele foi condenado foi a alegação de que um apartamento foi dado a ele, no qual ele nunca morou. Mesmo se assumirmos a versão mais extrema de que ele é culpado de todas as acusações, o que eu duvido, a sentença é completamente desproporcional.

O testemunho (do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro) inspira desconfiança por ter sido obtido em delação premiada. É evidente que a sentença é meramente punitiva e não tem relação com a natureza do crime. A negação ao habeas corpus(para que Lula pudesse recorrer em liberdade) reforça isso.

Ele sem dúvida deveria ter o direito de concorrer nas eleições, como recomenda o Comitê de Direitos Humanos da ONU (que em agosto recomendou que o Brasil garantisse os direitos políticos do ex-presidente, mesmo na prisão, como candidato às eleições de 2018).

BBC News Brasil - Mas a sentença a Lula foi confirmada em segunda instância, enquadrando-o na Lei da Ficha Limpa, que ele próprio sancionou durante seu governo.

Chomsky - Sim, é verdade, e uma boa parte da classe política deve ser submetida a essa lei, mas de uma maneira justa e correta. Assim, se vier à tona que um apartamento foi oferecido ao presidente Temer no qual ele nunca viveu, ele nunca deverá ser sentenciado a 12 anos de prisão por isso.

BBC News Brasil - O senhor acha que a sentença seria diferente para membros de outros partidos?

Chomsky - Radicalmente diferente. Acho que seria incomparável. O presidente (Fernando Henrique) Cardoso seria sujeitado a essa sentença de prisão por uma acusação semelhante?


BBC News Brasil - Temos visto o avanço do candidato Jair Bolsonaro, que tem liderado as pesquisas. Há alguma especificidade brasileira nesse avanço da direita?

Chomsky - O mesmo está acontecendo em grande parte do mundo. O caso mais recente foi na Suécia (em eleições recentes, o partido de extrema-direita Democratas da Suécia teve sua maior votação e se firmou como terceiro maior partido do país, com 62 cadeiras no Parlamento). Na Europa, esse fenômeno costuma ser relacionado ao aumento recente da imigração. Entretanto, uma análise cuidadosa feita por cinco economistas suecos demonstrou que os motivos precedem a onda imigratória.

Reflete a imposição de políticas neoliberais que afetaram a profundamente as últimas gerações não só na Suécia mas no mundo todo, acompanhando reformas que decolaram a partir das eras (Ronald) Reagan (presidente norte-americano entre 1981 e 1989) e (Margaret) Thatcher (premiê britânica entre 1979 e 1990). O efeito dessas políticas foi concentrar a renda em círculos muito estreitos, expandir o poder corporativo e aumentar a tendência a monopólios. E deixar de lado a maior parte da população, que sofre com salários que não aumentam, empregos que tendem à precarização e sindicatos enfraquecidos.

Nos EUA, por exemplo, os salários de executivos aumentaram em 1.000% nesse período, mas funcionários sem cargos de supervisão ganham menos hoje do que ganhavam em 1979. Salários ficaram represados e benefícios foram cortados. O mercado de trabalho caminha propositalmente para a precarização, com cargos em meio expediente, sem vínculo empregatício, e assim vai.

Mas de volta à Suécia. O efeito que vemos é que as pessoas se sentem abandonadas, não mais representadas pelo sistema político, e foi isso que levou ao aumento do voto pela extrema-direita. Mas essa população que se sente excluída tem raiva, ressentimento, medo, e busca bodes expiatórios, que são os grupos mais vulneráveis. Na Europa atual, a culpa é colocada nos imigrantes.

BBC News Brasil - Bolsonaro costuma ser comparado a Donald Trump, às vezes chamado de 'Trump brasileiro'. A comparação faz sentido?

Chomsky - Há semelhanças. Até onde percebo, Bolsonaro não parece ter uma política econômica própria. Mas há pessoas ao seu redor que definitivamente têm. Seu economista chefe é um economista ultraliberal de Chicago (referência a Paulo Guedes, que coordena seu programa econômico e tem Ph.D. na Universidade de Chicago, bastião do liberalismo). Ele representa grupos semelhantes àqueles para os quais Trump faz uma espécie de cortina de fumaça nos EUA.

O papel de Trump no sistema político econômico é duplo: o de manter a atenção da mídia constantemente focada no que ele faz ou deixa de fazer e sustentar o apoio de seu eleitorado ao aparentar fazer coisas para eles; mas, enquanto isso, dar cobertura para programas republicanos selvagens que estão sendo implementados por pessoas como Paul Ryan (deputado pelo Partido Republicano e presidente da Câmara dos Representantes dos EUA) e Mitch McConnell (senador republicano).

Um bom exemplo é a maior conquista recente dos republicanos, a reforma tributária (aprovada em dezembro do ano passado). Foi um grande presente para o setor corporativo, para os ultra-ricos e para o setor imobiliário. Para o resto da população, o próprio Paul Ryan (presidente da Câmara dos Representantes dos EUA) explicou os efeitos: a reforma cria um déficit enorme e por isso será preciso cortar investimentos sociais. Saúde, educação, vale-alimentação para crianças pobres, essas coisas "irrelevantes".

Enquanto a mídia se concentra nas últimas mentiras ou no comportamento esquisito de Trump, esse tipo de coisa está acontecendo no background.

Com o Bolsonaro, imagino que poderíamos imaginar algo semelhante. Vai depender se ele tiver o mesmo talento de Trump, que está tendo uma atuação impressionante. Enquanto prejudica seu eleitorado de todas as maneiras possíveis, minando segurança social, direitos trabalhistas, ainda consegue se apresentar como seu defensor. E seus eleitores respondem não apenas com apoio, mas com veneração. Isso é um feito tremendo. É uma realização que demagogos alcançam de vez em quando, mas demanda habilidade política.

BBC News Brasil - Três décadas depois da redemocratização, temos visto grupos publicamente defendendo intervenção militar no Brasil, algo que até pouco tempo atrás seria impensável. O senhor vê uma tendência à militarização na política no Brasil?

Chomsky - Se a situação econômica, social e política se deteriorar o suficiente, poderia haver um apelo para que alguém intervenha de modo a preservar a ordem. Mas é muito diferente de 1964 (ano do golpe militar). Os Estados Unidos tinham uma influência avassaladora sobre a América Latina na época.

O terreno para o golpe no Brasil foi preparado durante o governo Kennedy, e implementado pouco depois de seu assassinato (em 1963), com forte apoio dos EUA. O então embaixador Lincoln Gordon o descreveu como a maior vitória para a democracia em meados do século 20. E depois vieram os golpes no Chile, no Uruguai, na Argentina, o pior de todos, fortemente apoiados pelos EUA.

Hoje, os EUA não têm mais essa influência sobre a região. Um dos efeito das políticas de centro-esquerda foi o de reduzir o controle e a influência americana sobre a região em diversas maneiras. Uma delas, por exemplo, foi expulsar o FMI (Fundo Monetário Internacional).

BBC News Brasil - A influência do Brasil na região também diminuiu. Hoje estamos diante da maior crise de imigração na história recente da América do Sul, com o êxodo da Venezuela, mas não há uma liderança regional clara. Qual é o impacto político dessa crise para a região?

Chomsky - O impacto é sério. As estruturas que começaram a ser desenvolvidas para lidar com tais situações erodiram. A Unasul (a União de Nações Sul-americanas, bloco de 12 países fundado em 2008) mal funciona. A Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, fundada em 2010) não funciona de jeito nenhum.

Os movimentos para adquirir maior independência e desenvolvimento (na região, buscando maior integração entre países da América Latina) foram abortados e regrediram. Mas não acho que tenham sido perdidos. O que foi realizado proporciona um arcabouço para seguir em frente, o que acho que será feito, porque a situação não é tolerável.

BBC News Brasil - A seu ver, está na hora de lideranças da esquerda na região tomarem uma posição mais forte para condenar as violações de direitos humanos do governo Maduro?

Chomsky - Sim, e isso sempre foi necessário. Eu mesmo participei de fortes protestos contra violações de direitos humanos sob o regime de Hugo Chávez. É preciso se posicionar com firmeza contra as violações.

Lembrando, entretanto, que são uma parte muito reduzida das violações de direitos humanos que acontecem no mundo todo. As mais extremas no período moderno partiram dos Estados Unidos e da Inglaterra. A invasão do Iraque é o pior crime do século 21. Nada se compara àquela ação. Teve efeitos terríveis, não apenas destruindo o Iraque, mas alimentando o crescimento do Estado Islâmico e instigando conflitos étnicos que estão estraçalhando a região.

BBC News Brasil - O senhor está prestes a fazer 90 anos agora em dezembro, e acompanhou episódios marcantes da história do último século. O que lhe faz continuar, o que lhe traz esperança?

Chomsky - O que me faz continuar é a gravidade dos problemas. O que dá esperança é o fato de que há muita gente dedicada a fazer algo para resolvê-los. O nível de engajamento que vejo hoje está além do que vi em minha vida toda.

É preciso lembrar que os Estados Unidos tinham leis explícitas contra miscigenação até os anos 1960 - leis que nem os nazistas puderam adotar porque iam longe demais. A Inglaterra praticamente assassinou um grande matemático (Alan Turing) por homossexualidade, herói da Segunda Guerra por ter quebrado o código da Alemanha nazista. Ele foi submetido a um tratamento médico que o levou à morte. Inglaterra, um país avançado. Até 2003, ainda tínhamos leis anti-sodomia nos Estados Unidos.

Houve mudanças tremendas com os anos, e elas não vieram de presente. Vieram de ativismo constante, que está aqui, crescendo, com essas manifestações. Acho que esses são sinais de esperança. Olhando para as diferenças entre ontem e hoje, é um mundo muito diferente.

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Noam Chomsky
Professor de linguística na Universidade do Arizona, Chomsky completa 90 anos em dezembro. Ganhou de presente adiantado da esposa brasileira um papagaio amazonense, verde e de cabeça amarela, batizado de Zé Carioca. O casal está ensinando-o a falar, em inglês, duas expressões-chave da teoria linguística de Chomsky: "language is a snowflake" ("a linguagem é um floco de neve") e "merge is basic" ("fundir é básico", em traduções livres).


Fonte: bbc
Júlia Dias CarneiroDa BBC News Brasil em São Paulo

Dia Internacional da Paz - 21 de setembro


Debate entre os presidenciáveis organizado pela CNBB, em Aparecida em 20 de setembro de 2018.

20 setembro, 2018

CORDEL DO POVO VALENTE II



CORDEL DO POVO VALENTE II 



Tem político valentão que gosta de gerar medo.
Ensina até criança a fazer arma com o dedo.
E tem outro que levanta o nome de Deus em vão,
Fala da glória do Senhor, inventa teoria de conspiração,

Alguns falam em defender a família, para o nosso bem.
Mas jeito de ser família tem pra mais de cem.
Negam as riquezas das diferenças, pregam uniformidade.
No País do colorido, da beleza, isso é uma asnidade!

E se à mulher precisam diminuir, acusando-as de “mimimi”,
Fuja dessa conversa intrigueira, mulher é forte, é guerreira!
A lei Maria da Penha não é brincadeira não.
É garantia do direito, prescrito na constituição.

Vote em quem apoia programas sociais,
Como bolsa família, prouni, fies e cotas raciais.
Vote em quem não discrimina os homossexuais,
Em quem olha para os gays como gente, não como marginais,

Se você está desanimado com essa situação.
Ei, desiste não! Coragem, vamos juntos em procissão.
Informe-se, pesquise! Vem engrossar esse condão.
Tem muita gente boa querendo transformação.

Não vote em candidato valentão!
Não vote em quem usa o nome de Deus em vão.
Não vote em quem instrumentaliza a fé para fins eleitorais.
Não vote em quem acha que negros e índios são preguiçosos e marginais.
Não vote em quem defende o armamento da população.

Violência não se combate com armas e mais presídios, mas com amor e educação.

Não vote em quem diz defender a moralidade, a família e o fim da corrupção,

Mas não aceita perder seus privilégios e nem se preocupa com a pobreza da população.

Nossa valentia é o amor.
Nossa valentia é a solidariedade.
Nossa valentia é a esperança.
Nossa valentia é nossa fé na vida.
Nossa valentia tá na força de nossos braços abertos,


Na largueza de nosso coração sempre disposto a partilhar

Nas nossas mãos unidas em solidariedade.
Na nossa disposição para o trabalho.

Vem conosco nessa corrente, você que tem bom coração.

Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs. Arquidiocese de Maringá se prepara para a segunda etapa.

“Evangelizar é uma alegria”, 
é preciso pedir a graça de não cair num anúncio 
“aborrecido e triste”.


Maringá é  sede da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs com cinquenta e dois integrantes, sendo trinta e seis da Arquidiocese de Maringá, um da diocese de Apucarana e os demais das dioceses que compõe a Província Eclesiástica de Maringá, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama.


A Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs é coordenada pelo padre Genivaldo Ubinge e Lucimar Moreira Bueno (Lúcia), ambos assessores das Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs na Arquidiocese de Maringá.


O teólogo Celso Pinto Carias é o assessor convidado para a escola. Carias vive em Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro. É doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde trabalha.  Assessor das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (Comissão do Laicato, Setor CEBs), vem acompanhando a vida dessas Comunidades desde 1989, quando ajudou a coordenar os serviços do 7º Encontro Intereclesial, em Duque de Caxias. Participa do grupo de assessoras e assessores da Ampliada Nacional das CEBs.


A Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs é um  projeto apresentado pelas CEBs e aprovado em Assembleia arquidiocesana dentro da prioridade “missão” do 24° Plano de Ação Evangelizadora (2017-2021) da Arquidiocese de Maringá.  A necessidade e motivação para a Escola de Formação foi um dos encaminhamentos apontados no 7° Intereclesial das CEBs do Paraná, realizado em abril de 2016,  durante o encontro da Província Eclesiástica de Maringá,  e desde então os assessores iniciaram as articulações no sentido de torná-la realidade.


É preciso pensar as CEBs missionariamente a partir d0 compromisso com os pobres, marginalizados e afastados. Animados pela voz profética  presente em  Êxodo, 3:7 – “Eu vi, ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo”. Uma Igreja ousada e samaritana presente nas  periferias geográficas  e  “periferias existenciais” onde há sofrimento, solidão e degrado humano.

A cidade e também o campo são  hoje um grande desafio, principalmente com o Papa Francisco insistindo na idéia de uma “Igreja em saída”, que “rompe com a crosta do egoísmo” (D. Hélder Câmara), uma Igreja capaz de encarar os desafios de frente, que saiba dialogar com aquelas discípulas e aqueles discípulos, que, fugindo de Jerusalém, vagam sem meta, sozinhos, com o seu próprio desencanto, com a desilusão de uma igreja ainda fechada e estacionada.

Coordenar uma CEB, ser agente de pastoral, animar um grupo de reflexão nunca foi fácil. Para Francisco “Evangelizar é uma alegria”, é preciso pedir a graça de não cair num anúncio “aborrecido e triste”. A igreja tem o compromisso de ajudar na formação e na articulação de seus membros para estarem preparados para lidar com os problemas atuais e, acima de tudo, pensar e refletir as soluções para enfrentar essas dificuldades.


Nessa perspectiva nasce a “Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs”, que teve sua primeira etapa no dia trinta de junho e primeiro de julho, a segunda etapa será nos dias vinte e vinte e um de outubro e outras três etapas no ano de 2019, encerrando a primeira turma da escola.

A segunda etapa será nos dias 20 e 21 de outubro na Rainha da Paz e fazendo parte do conteúdo a noite do dia vinte, sábado, será agraciada com as músicas e poesias do “Grupo Abaecatu”. Um espetáculo educativo, músicas e poesias para falar de cidadania, para repensar a vida. A arte atua como parte integrante  em qualquer formação, para ajudar o indivíduo a aprender melhor, com metodologias novas e incentivadoras, ela é, segundo a maneira que lhes é própria, de grande importância para a vida de nossas Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs.

Eu - Lucimar Moreira Bueno (LÚCIA)
Coordenadora da escola e assessora leiga das CEBs

Nesta quinta, 20 de setembro, CNBB promove debate entre os presidenciáveis na TV

Estão confirmados no debate, sete candidatos: 

Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meireles (MDB) e Marina Silva (Rede). Participam como entrevistadores: jornalistas das emissoras católicas e bispos. A condução do debate é de responsabilidade da jornalista Joyce Ribeiro.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, nesta quinta-feira, 20 de setembro, um debate entre os principais candidatos à presidência da República nas eleições de 2018. A participação segue a Lei Eleitoral que estabelece as regras da campanha e que determina que as emissoras de rádio e TV são obrigadas a convidar para os debates os candidatos dos partidos que tiverem no mínimo 5 parlamentares no Congresso Nacional, entre deputados e senadores. Quanto aos demais candidatos, as emissoras têm autonomia para convidar ou não (Artigo 46 da Lei 13.488/2017).

Formato

O debate  terá cinco blocos.

PRIMEIRO BLOCO

A mediadora fará a abertura, discorrendo sobre as emissoras que estão transmitindo. Em seguida, vai citar os nomes dos candidatos que estão presentes e os que não compareceram ao encontro. Na sequência, o GC (Gerador de Caracteres) cita os nomes dos outros candidatos sem representação na Câmara dos Deputados e que não participarão do debate.

Palavra do presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha.

A primeira pergunta – destinada a todos os candidatos, que terão 2 minutos – será feita por cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.

SEGUNDO BLOCO

Possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador vai sortear o candidato que irá perguntar e o outro que responderá. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em 2 minutos, réplica em 1 minuto e meio e tréplica em 1 minuto.

TERCEIRO BLOCO

As perguntas serão feitas por jornalistas das emissoras de inspiração católica, parceiras no debate. Os temas serão definidos previamente e as perguntas pré-definidas pela organização do debate. Será feito um sorteio na hora para definir qual candidato irá responder, no tempo máximo de dois minutos.

QUARTO BLOCO

Será aberta nova possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador fará o sorteio do candidato que irá perguntar e de outro para responder. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em dois minutos, réplica em 1 minuto 30 segundos e tréplica em 1 minuto.

QUINTO BLOCO

As perguntas, com temas referentes as grandes linhas de trabalho da Igreja, na linha social, serão feitas por bispos membros do Conselho Pastoral e indicados pela CNBB, sendo um bispo para cada candidato. O mediador vai sortear na hora o candidato que irá responder. A pergunta será feita em até 30 segundos e as respostas em 2 minutos. Neste bloco também serão feitas as considerações finais de cada candidato, sendo que cada um terá 1 minuto.

Fonte: CNBB

19 setembro, 2018

Papa diz que fabricantes de armas não podem se dizer cristãos

Pessoas que fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco.

O Papa Francisco gesticula enquanto fala durante encontro com jovens na Piazza Vittorio, em Turim, durante sua visita à Itália, no domingo (21) (Foto: AFP Photo/Alberto Pizzoli)

Papa diz que fabricantes de armas não podem se dizer cristãos

Pessoas que fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco.

Pessoas que fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco neste domingo (21).

Francisco fez sua condenação mais forte à indústria de armas até hoje durante um comício para milhares de jovens ao final do primeiro dia de sua visita à cidade italiana de Turim.

"Se confiarem apenas nos homens, terão perdido", disse ele aos jovens em um longo e elaborado discurso sobre guerra, confiança e política, depois de ter descartado sua fala previamente preparada.

"Isso me faz pensar em... pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é?", disse ele antes de ser aplaudido.

O pontífice também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a "duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem outra".

Francisco também discorreu a respeito de comentários que fez no passado sobre eventos ocorridos na Primeira e Segunda Guerra Mundiais.

Ele falou sobre a "tragédia do Shoah", usando o termo em hebraico para o Holocausto.

"As grandes potências tinham fotos dos trilhos que levavam os trens até campos de concentração como Auschwitz para matar judeus, cristãos, homossexuais, todo mundo. Por que não bombardearam (os trilhos)?"

Ao falar sobre a Primeira Guerra Mundial, Francisco discursou sobre "a grande tragédia da Armênia", mas não usou a palavra "genocídio".

O papa causou um desconforto diplomático em abril ao chamar o massacre de 1,5 milhões de armênios há 100 anos de "o primeiro genocídio do século 20", levando a Turquia a convocar de volta seu embaixador para o Vaticano.

Fonte: G1

Oração


" Senhor, liberta-nos, de um coração endurecido, de um coração semelhante ao dos fariseus e doutores da lei, fechados nos seus preconceitos e na sua presunção, cegos pelo poder, pelas ambições e pelo orgulho. Abre o nosso coração à tua luz! Então, a nossa inteligência, activada por um bem melhor, já descoberto mas ainda não experimentado, poderá remover os obstáculos que a bloqueiam no seu egoísmo, e a nossa vontade poderá orientar-se para Ti, sem se perder atrás de medos injustificados.
Dá-nos, Senhor, um coração simples! Não seremos, desse modo, comparados a crianças caprichosas que recusam todo o convite. Seremos, sim, como crianças corajosas, capazes de nos aventurar pelo mundo das tuas maravilhas, encantados com o teu amor misterioso e surpreendente.
Dá-nos, Senhor, um coração semelhante ao teu, para que possamos conhecer os teus pensamentos, partilhar os teus projetos, percorrer os teus caminhos. Amém."

Fonte: Dehonianos

Uma maioria de mulheres: a importância dos 16% de votos indecisos, brancos e nulos


21% das mulheres entrevistadas em pesquisa do BTG/Pactual não votarão, contra 10% dos homens / Pedro Ribeiro Nogueira

A texto é de Grazielle David, publicado pelo Brasil de Fato.


A análise comparativa do perfil dos 16% de entrevistados que votam em branco, em ninguém ou indecisos nas pesquisas de intenção de votos, a primeira de 10 e a segunda, de 17 de setembro, realizadas pela BTG/Pactual, mostram que:

- Os 2% dos votos em branco ou nulos são maioria na região sul, tornaram-se mais femininos, saíram da faixa etária até 40 anos, na primeira pesquisa, para se concentrar em de 25 a 40 anos na segunda pesquisa, e a faixa de renda foi reduzida de até 2 salários-mínimos (SM) para até 1 SM;

- Os 9% dos votos em ninguém são compostos, em sua maioria, por mulheres. Saíram da faixa etária acima de 60 anos em 10 de setembro, e se concentraram entre 41 a 59 anos, em 17 de setembro. Atualmente, estão na faixa de renda de até 2 SM, e tem números expressivos entre a população não economicamente ativa;

- Entre os 5% das pessoas que ainda não sabem em quem votar a maioria são mulheres; saíram da faixa etária de 16 a 24 anos na primeira pesquisa para a faixa etária de acima de 41 anos na segunda, têm até a 4ª série e renda de até 2 SM; Além disso, não estão mais concentradas na região norte e centro-oeste e agora se agrupam no nordeste e sudeste, e também não são economicamente ativas;

- Destaca-se o fato de que estão nesse grupo 21% do total das mulheres entrevistadas, assim distribuídas: 3% votarão em branco, 11% não votarão em ninguém e 7% ainda não sabem em quem votar. Já entre os homens, somente 10% do total de entrevistados está nesse grupo. Isso chama a atenção: por que as mulheres estão mais indecisas ou voltadas a anularem seus votos?

Para responder a essa pergunta, uma reportagem da Bol procurou essas mulheres para saber o que pensam e trouxe como indicativo um “descrédito em relação à política causada pelos escândalos recentes de corrupção”.

A narrativa propositalmente construída da corrupção como pauta central no Brasil traz riscos à democracia e isso pode ser creditado a diversos atores, passando essencialmente pela mídia, pelos políticos e pelo Judiciário.

Os riscos à democracia são o próprio descrédito da população, com afastamento de mecanismos importantes como o processo eleitoral, o enfraquecimento das instituições e ainda o da eleição de um representante de ideias não democráticas, que atenta contra direitos e grupos específicos.

A reportagem mostra ainda que foi exatamente isso que perceberam algumas das mulheres que estão indecisas. Elas iriam votar em Bolsonaro, mas decidiram por "#eleNão" após conhecerem seus posicionamentos.

Integrante de uma extrema-direita, por muitos caracterizada como fascismo, ele ataca, entre outros, os direitos das mulheres ao dizer que devem mesmo ganhar menos porque engravidam; que as mulheres nascem quando o homem fraqueja no sexo; ataca indígenas e quilombolas ao negar-lhes o direito à terra e dizer que não servem para nada; defende a tortura, a ditadura e o assassinato por motivos ideológicos.

É preciso que seja explicitado que essa eleição não tem a ver com esquerda versus direita, nem tem a corrupção como centralidade. Essas duas pautas estão sendo usadas com cortina de fumaça para a verdadeira questão: o momento é da social democracia versus o fascismo neoliberal. Este último, associa um modelo político ao econômico que reduz tanto os direitos civis e políticos quanto os sociais, por meio do corte de orçamento para políticas públicas.

A redução dos direitos afeta particularmente as mulheres por serem as maiores usuárias dos serviços públicos. É por isso que o posicionamento dessas mulheres que hoje estão indecisas ou que não pretendem votar em ninguém se torna tão significativo. São justamente elas que seriam as mais afetadas caso os cortes orçamentários continuem, mas também são elas que podem impedir uma fatídica eleição de Bolsonaro.

É preciso relembrar que faz apenas 85 anos as mulheres conquistaram o direito a voto no Brasil. É assustador pensar quão recente é esse direito, porque isso nos mostra que ele não está tão consolidado. É preciso seguir avançando - e alerta para não regredir. Infelizmente, essa eleição trata de não permitir retrocessos à democracia e à realização dos direitos.

Um redirecionamento do descrédito com as instituições e com a política é necessária para uma vitoriosa resistência das mulheres em defesa da democracia. Votar - esse é o caminho do compromisso com as recentes vitórias vindas de anos de muita luta de várias mulheres. E pelas mulheres que ainda virão.