20 outubro, 2009

Cá Entre Nós


MAL TERMINEI DE FALAR sobre o desafio nacional de zelarmos pela imagem do Brasil perante a comunidade internacional que nos confiou a Copa do Mundo e a Olimpíada, e traficantes detonam verdadeira guerra entre si e com a polícia, derrubando um helicóptero oficial e matando 22 pessoas, entre as quais inocentes.
Fatos como este repercutem mal lá fora. Ainda mais agora! Não poderia ser diferente. A criminalidade é a maior mancha em nossa imagem, desviando muitos turistas para outros destinos. Afinal, quem ousa viajar para um país onde corre sérios riscos de morrer por uma bala perdida ou endereçada? Detalhe: esse país não está em guerra declarada, como o Iraque e o Afeganistão, no momento.
As perdas para o Brasil não ficam apenas no campo do turismo. Nós, próprios, sofremos as conseqüências, vivendo sob o temor da violência crescente: infelizmente, crimes de toda ordem aumentam não apenas na “Cidade Maravilhosa”; e é sabido que grande parte tem relação direta com o uso e o tráfico de drogas.
Antes que a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional se arrependam, precisamos pensar rápido em soluções de segurança. Estaria ótimo se esse fosse o principal legado dos eventos.

Paulo César Caetano de Souza
Presidente do CRCPR

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