06 novembro, 2025

30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30)


A COP30, que acontecerá em Belém do Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025, é um chamado à conversão ecológica.

No coração da Amazônia, onde a criação revela a beleza e a fragilidade da vida, o mundo se reúne para ouvir o clamor da Terra e o grito dos pobres.

O Papa Francisco, na Laudato Si’, recorda que tudo está interligado — a dor da floresta ferida, o sofrimento dos povos e o desequilíbrio do clima são sinais de um mesmo descuido com o dom de Deus.

Cuidar do meio ambiente é um ato de fé, uma expressão concreta do amor ao próximo e da gratidão ao Criador.

Que a COP30 desperte em todos nós a coragem de mudar estilos de vida, economias e corações. Porque proteger a Amazônia é proteger a vida. E cuidar da Casa Comum é viver o Evangelho em plenitude.

Os líderes globais começam a se reunir hoje, quinta-feira (6), em Belém (PA), para a cúpula de chefes de Estado que antecede oficialmente a COP30. O encontro, que se estende até sexta-feira (7), marca o início político das discussões climáticas e deve definir o tom das negociações que ocorrerão durante COP30.

A Cúpula do Clima e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) são grandes encontros internacionais que reúnem líderes mundiais, cientistas, empresas e representantes da sociedade civil para discutir e decidir ações globais de combate às mudanças climáticas.

Principais objetivos

- Revisar as metas climáticas globais — avaliar o cumprimento do Acordo de Paris (2015), que busca limitar o aquecimento global a 1,5°C.

- Definir novos compromissos nacionais (NDCs) para 2035, com base em emissões de carbono e transição energética.

- Fortalecer a justiça climática, garantindo apoio financeiro e tecnológico a países em desenvolvimento, especialmente os mais vulneráveis.

- Proteger a Amazônia e outros biomas tropicais, fundamentais para o equilíbrio climático do planeta.

Estimular a economia verde — com incentivos à bioeconomia, energia limpa, agricultura sustentável e conservação ambiental.

Importância da COP30 no Brasil

- O Brasil, como sede, ganha papel de protagonista global nas discussões ambientais.

Belém será a “porta de entrada da Amazônia para o mundo”, mostrando a importância do bioma na regulação do clima.

Espera-se a presença de chefes de Estado de mais de 190 países, além de milhares de especialistas, ONGs e empresas.

O evento deve impulsionar investimentos em infraestrutura sustentável, turismo ecológico e economia local.

Temas centrais esperados

- Amazônia e povos indígenas
Transição energética (do petróleo para fontes limpas)
Desmatamento zero
Financiamento climático internacional
Perdas e danos (loss and damage)
Adaptação às mudanças climáticas em regiões vulneráveis

A COP30, será mais do que um encontro político. Será um chamado à consciência global. Do coração da Amazônia, o mundo ouvirá o clamor da terra, das florestas e dos povos que nelas vivem. Discutir o clima é discutir a vida em todas as suas formas — é repensar o modo como produzimos, consumimos e cuidamos da criação. 

Que a COP30 marque um novo tempo: o tempo da esperança, da responsabilidade e do compromisso com as gerações futuras.

Senado aprova por unanimidade isenção de IR para quem ganha até RS 5 mil

Pagarão menos imposto aproximadamente 25 milhões de brasileiras/os.

Com informação da Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou, por unanimidade, nesta quarta (5), o projeto de lei 1087/2025 que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a taxação de altas rendas. Se o texto for sancionado até o final do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a redução do IR passa a valer a partir de janeiro de 2026.

O governo calcula que cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos impostos, enquanto outros 200 mil contribuintes terão algum aumento na tributação. "É uma medida que dialoga com a vida real das pessoas", disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Para compensar a perda de arrecadação, o projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mês). O texto também estabelece a tributação para lucros e dividendos remetidos para o exterior com alíquota de 10%.

O projeto foi encaminhado pelo governo em março ao Congresso e foi aprovado em outubro pela Câmara. O relator da proposta foi o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que acatou apenas emendas dos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Histórico

O relator do projeto no Senado, Renan Calheiros, defendeu a proposta e destacou que a decisão seria histórica para o país. “O projeto do imposto zero é um dos mais importantes e mais aguardados dos últimos anos”.

Renan apontou que a proposta do Executivo corrige injustiças e contribui para o bem-estar social “ao promover a justiça tributária, diminuir a carga de tributos que incide sobre a baixa renda e aumentar a carga incidente sobre os super ricos”.

De acordo com o senador, o “imposto zero” vai beneficiar perto de 25 milhões de trabalhadores e será compensado pelo aumento da carga sobre 200 mil super ricos. “Os trabalhadores terão um ganho médio de R$ 3,5 mil por ano”.

Ele destacou que, para quem tem rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7,35 mil, haverá uma redução proporcional do imposto.

Entenda o projeto

Se for sancionado pelo presidente Lula ainda em 2025, a nova legislação isentará, a partir de janeiro do ano que vem, o imposto de renda sobre rendimentos mensais de até R$ 5 mil para pessoas físicas e reduzirá parcialmente o imposto pago por quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350.

Haverá uma alíquota mínima de IR para quem ganha a partir de R$ 600 mil por ano. O texto prevê uma progressão, chegando a 10% para rendimentos acima de R$ 1,2 milhão por ano, incluindo dividendos.

Outro ponto é que, a partir de janeiro de 2026, a entrega de lucros e dividendos de uma pessoa jurídica a uma mesma pessoa física residente no Brasil em valor total maior de R$ 50 mil ao mês ficará sujeita à incidência do IRPF de 10% sobre o pagamento, vedadas quaisquer deduções na base de cálculo.

Ficam de fora da regra, segundo o projeto, os pagamentos de lucros e dividendos cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro de 2025, mesmo que o pagamento ocorra nos anos seguintes.

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Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/11/2025 - 18:53