16 dezembro, 2025

A Missão é uma só — e é de todo o povo de Deus!


A Missão é uma só — e é de todo o povo de Deus!

A missão nunca é improviso. Ela nasce do discernimento, cresce na organização e se realiza na comunhão. Organizar a missão é sinal de amor e cuidado: com quem vai, com quem fica e com aquelas e aqueles que serão alcançados.

Nas CEBs aprendemos que missão não começa longe, começa na comunidade. Começa quando a gente se reúne, escuta a Palavra, olha a realidade e pergunta: o que Deus espera de nós hoje? Por isso, a missão precisa de organização. Organizar é partilhar tarefas, valorizar os dons de cada pessoa e planejar juntos. Onde há organização comunitária, o povo caminha com mais força.

Quem vai em missão não vai por conta própria, vai em nome do povo de Deus. Vai levando as alegrias, as dores, as lutas e as esperanças da comunidade. Como nos primeiros cristãos, a comunidade reza, abençoa e confia, sabendo que o Espírito Santo precede os passos dos que se colocam em missão. Não levam respostas prontas, mas o Evangelho vivido em gestos simples: presença, escuta, cuidado e esperança. Quem vai descobre que também é evangelizado, pois a missão transforma tanto quem recebe quanto quem anuncia.

Mas missão não é só de quem vai, a missão também é sustentada pela solidariedade dos que ficam. Ficar é resistir, sustentar, cuidar. É manter viva a comunidade, rezar pelos missionários, partilhar o pouco que se tem, acompanhar as famílias, defender a vida ameaçada. Quem fica também fica em missão, sustenta o caminho, porque a missão é do povo de Deus em caminhada, lembrando que a missão é obra de todos, ainda que em tarefas diferentes.

Assim, a missão revela o rosto de uma Igreja em saída: organizada no amor, enviada com fé, sustentada na solidariedade e comprometida com a vida. Todos participam, cada um a seu modo, porque a missão é uma só — e é de todo o povo de Deus.

Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Assessora das CEBs na Arquidiocese de Maringá