Por Agência Brasil
A redução do número de pessoas em situação de extrema pobreza foi o tema que predominou no primeiro dia do Fórum Ministerial de Desenvolvimento, vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ontem (29), na abertura, a ex-ministra chilena do Planejamento Clarisa Hardy destacou que, na última década, 51 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza na América Latina – cidadãos com renda inferior a US$ 1,75.
No Brasil, em nove anos do Programa Bolsa Família, conforme relatou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, 28 milhões de pessoas deixaram a faixa da extrema pobreza. Segundo ela, um país só é forte quando diminui as desigualdades socioeconômicas.
“Só conseguimos tirar esses 28 milhões de pessoas [da extrema pobreza], não só graças ao crescimento econômico, mas porque o Estado brasileiro construiu políticas públicas que garantem, efetivamente, a inclusão [social] de milhões de brasileiros”, declarou Tereza Campello.
A ministra citou cinco pontos, que, de acordo com ela, merecem destaque no avanço das políticas públicas no Brasil: a redução das taxas de desemprego; o aumento do salário mínimo; o fortalecimento da agricultura familiar; a universalização dos serviços de saúde e educação; e a garantia de renda. Atualmente, mais de 43 milhões de famílias recebem benefícios do governo. “Temos [o governo] que chegar com renda, mas queremos levar serviços, melhorar e qualificar esses serviços para as populações mais pobres”, disse.
O encontro do Fórum Ministerial vai até a próxima quinta-feira (31), com a participação de 30 países da América Latina, do Caribe e da África. O encontro é realizado na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília. É a primeira vez que o fórum ocorre fora da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
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