Marco Referencial da Missão: Caminhos para uma “Igreja em Saída”
Hoje apresentarmos o Marco Referencial da Missão ao arcebispo da Arquidiocese de Maringá, dom Anuar Battisti.
Na última Assembléia Arquidiocesana, foi escolhida como 2ª prioridade “A Missão”, tendo como projeto “Igreja em saída – Comunidades em estado permanente de missão”.
Como primeiro fruto desta Prioridade, o Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), com a participação da Infância e Adolescência Missionária e da Juventude Missionária, em parceria com a Coordenação Arquidiocesana da Ação Evangelizadora, as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) e a Escola de Evangelização Santo André, propõe este subsídio, que busca orientar as paróquias, com seus CPP’s e toda a Pastoral, no caminho que deve ser feito, isto é, na reflexão sobre a Dimensão Missionária da Igreja e a implantação do Conselho Missionário Paroquial (COMIPA).
Na busca de “proporcionar condições para que as CEBs e outras comunidades se tornem cada vez mais lugar de encontro com Jesus Cristo [...], a partir de uma proposta que contemple a Pastoral Ordinária/ Manutenção, a Reevangelização e a Missão Ad Gentes” (24º PAE, p.57), queremos oferecer um subsídio (Marco Referencial) que ajude as paróquias a assumirem a identidade missionária, a partir da consciência de que “a Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes [...]” (DAp n.30).
É certo que há “uma real interdependência entre as diversas atividades salvíficas da Igreja: cada uma influi sobre a outra, estimula-a e a ajuda” (RM 34b). Sob esta ótica, vimos que a melhor forma de otimizar a dimensão missionária em nossa Arquidiocese é implantando e fortalecendo o COMIPA – que já é proposta do 24º Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá – em cada paróquia, partindo da estrutura que já existe: as CEB’s.
Como Implantar o COMIPA - Sobre as CEB’s e o seu coordenador
A maioria das nossas paróquias já está organizada a partir das CEB’s. Cada CEB’s tem seu coordenador, que, ajudado pelos que fazem o CPC (Conselho Pastoral da Comunidade), desenvolve as propostas firmadas pelo CPP (Conselho Pastoral Paroquial), do qual é membro, e anima a comunidade a tornar-se cada vez mais discípula e missionária de Jesus Cristo. Assim, propomos que o coordenador de cada CEB’s, na impossibilidade deste, outra pessoa indicada por ele e confirmada pelo pároco seja membro efetivo do COMIPA.
Em algumas paróquias, já existe uma “certa” organização de COMIPA. A esse grupo existente, os coordenadores das CEB’s serão inseridos e assim, será efetivado o Conselho Missionário Paroquial.
O objetivo é que a atividade missionária aconteça a partir das CEB’s como algo vivo, dinâmico e permanente, através do fortalecimento da vocação missionária nas comunidades de base. A cultura do encontro, característica da missão, acontecerá em um movimento dinâmico de chegada (acolhida) e saída (anúncio) a partir da periferia, pois é ali que encontramos o verdadeiro rosto de Jesus que, vivendo entre os pobres, se fez presente em suas dificuldades cotidianas.
Pretende-se, portanto, que seja nas CEBs e através de seus agentes, animados pelo COMIPA, que se possa fazer sentir e ressoar ao irmão mais próximo e àquele que se afastou o anúncio da Palavra viva de Cristo, de tal forma que desperte o desejo de partir e anunciar esta Palavra para muito além das fronteiras paroquiais, tornando forte a missão Ad Gentes.
O subsídio consta de cinco partes que, de forma sucinta e clara, procuram iluminar a proposta de um modo de ser “Igreja em saída”:
Na primeira parte, apresentamos a Ação Missionária da Igreja, baseada nas Sagradas Escrituras, nos Documentos do Magistério e no texto do 24º Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá. Na segunda parte, buscamos apresentar a caminhada que já se tem feito, no tocante à missionariedade, em nossa Arquidiocese. Na terceira parte, focamos na Ação Missionária dentro da Paróquia, tendo como meta esclarecer a função do COMIPA – o que é, o que faz, como se cria... – por meio de uma proposta conversada e refletida com os padres da Coordenação da Ação Evangelizadora e assumida com positividade pela Coordenação Arquidiocesana das CEB’s e da Escola de Evangelização Santo André. Na quarta parte, esclarecemos o objetivo deste marco referencial e o que ele trará de avanço para a Igreja, inclusive na sua estrutura. Por fim, na quinta parte, a título de conhecimento, anexamos informações sobre as equipes que se empenharam e estão dispostas a trabalhar para a execução desta proposta.
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