“Nada façais por rivalidade ou vanglória, mas, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si e não cuide somente do que é seu, mas também do que é dos outros.” (Fl 2,3)
A missão própria da Igreja é a salvação das almas (Código de Direito Canônico, cân. 1752). Tal missão, porém, encontra seu meio e seu fim, quando a Igreja compreende que todo seu esforço deve dirigir-se à pessoa humana, dotada de corpo e alma, reconhecida e valorizada em tudo aquilo que é: filha de Deus.
Desde sempre, fundamentada na Sagrada Escritura e iluminada pela Sagrada Tradição, a Igreja tem como primordial ensinamento a fé na ressurreição, na vida eterna. Anuncia assim, que a morte não é o fim da existência humana, pois para além da morte, existe uma nova vida, que consiste na participação da própria vida de Deus.
Ainda, porém, que este “próprio chamamento sobrenatural sublinhe a relatividade da vida terrena do homem e da mulher”, a Igreja reconhece, defende e promove a vida terrena, pois esta é “uma realidade sagrada que nos é confiada para a guardarmos com sentido de responsabilidade e levarmos à perfeição no amor pelo dom de nós mesmos a Deus e aos irmãos” (João Paulo II, Carta Encíclica Evangelium Vitae, sobre o valor e a dignidade da pessoa humana, n. 2, 25 de março de 1995). Nisto, manifesta-se o valor do corpo e a riqueza da alma.
Exatamente por isso, a Igreja como defensora e promotora não só da vida eterna, mas da vida terrena, assume sua responsabilidade em contribuir no combate para impedir a disseminação massiva deste vírus mortal. Sem dúvida, “decisões difíceis e dolorosas, incluindo a suspensão prolongada da participação dos fiéis na celebração da Eucaristia”, foram necessárias e importantes nesta luta.
O cenário da pandemia que ocasionou a suspensão das celebrações com a presença de fiéis em 2020, se tornou, porém, ainda pior em 2021. Tomando por base os dados oficiais do Munícipio de Maringá, vemos que o avanço da contaminação e, consequentemente, o número de mortes, subiu expressivamente.
Ano 2020
Casos notificados - 96.390
Casos confirmados - 22.559
Óbitos - 307
Ano 2021
Casos notificados - 48.308
Casos confirmados - 14.245
Óbitos - 360
Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ. Secretaria de Saúde (maringa.pr.gov.br).
O gráfico nos revela que os números da Covid-19 em 2021, apenas nesses três primeiros meses do ano (janeiro a março), é preocupante. O número de casos confirmados neste ano, já representa 63% dos casos confirmados em 2020. O dado mais entristecedor, é quanto ao número de óbitos, que só nestes três primeiros meses de 2021, representa 117% em relação a todo o período de 2020.
Ainda que haja exceções, cremos, infelizmente, que, com maior ou menor intensidade, este cenário se repita se não em todas, mas na maioria das cidades que pertencem à Arquidiocese[e1] de Maringá. Basta olharmos a superlotação dos hospitais, a falta de leitos de UTI e enfermaria para tratar aqueles que estão contaminados.
Levando em conta essa triste realidade, com dor e tristeza, mas conscientes da grave responsabilidade que pesa sobre nós, em reunião com o Conselho Presbiteral, decidimos que as celebrações da Semana Santa, em todo o território arquidiocesano, sejam realizadas em nossas igrejas sem a participação presencial de fiéis, contando apenas com o número necessário de ajudantes, para que elas sejam transmitidas online[e2] , favorecendo a participação de todos, com total segurança, zelo e cuidado.
O princípio norteador para vencermos essa pandemia é não se preocupar apenas consigo, mas ser responsável e cuidar uns dos outros.
E para favorecer os momentos de oração neste tempo especial, a Pastoral de Liturgia e Canto da Arquidiocese de Maringá preparou o subsídio “Celebração da Semana Santa em Família”, disponível aqui.
Ano 2020
Casos notificados - 96.390
Casos confirmados - 22.559
Óbitos - 307
Ano 2021
Casos notificados - 48.308
Casos confirmados - 14.245
Óbitos - 360
Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ. Secretaria de Saúde (maringa.pr.gov.br).
O gráfico nos revela que os números da Covid-19 em 2021, apenas nesses três primeiros meses do ano (janeiro a março), é preocupante. O número de casos confirmados neste ano, já representa 63% dos casos confirmados em 2020. O dado mais entristecedor, é quanto ao número de óbitos, que só nestes três primeiros meses de 2021, representa 117% em relação a todo o período de 2020.
Ainda que haja exceções, cremos, infelizmente, que, com maior ou menor intensidade, este cenário se repita se não em todas, mas na maioria das cidades que pertencem à Arquidiocese[e1] de Maringá. Basta olharmos a superlotação dos hospitais, a falta de leitos de UTI e enfermaria para tratar aqueles que estão contaminados.
Levando em conta essa triste realidade, com dor e tristeza, mas conscientes da grave responsabilidade que pesa sobre nós, em reunião com o Conselho Presbiteral, decidimos que as celebrações da Semana Santa, em todo o território arquidiocesano, sejam realizadas em nossas igrejas sem a participação presencial de fiéis, contando apenas com o número necessário de ajudantes, para que elas sejam transmitidas online[e2] , favorecendo a participação de todos, com total segurança, zelo e cuidado.
O princípio norteador para vencermos essa pandemia é não se preocupar apenas consigo, mas ser responsável e cuidar uns dos outros.
E para favorecer os momentos de oração neste tempo especial, a Pastoral de Liturgia e Canto da Arquidiocese de Maringá preparou o subsídio “Celebração da Semana Santa em Família”, disponível aqui.
Cheios de fé e esperança, logo que as circunstâncias permitam, queremos que todos possam professar e viver fé em comunidade. Porém, ainda é tempo de cuidar.
Maringá, 25 de março – Solenidade da Anunciação do Senhor – de 2021.
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Arcebispo de Maringá
* Referente ao período do primeiro boletim epidemiológico, em 30 de março de 2020, ao último, em 31 de dezembro de 2020.
** Referente ao período de 1º de janeiro a 23/03/2021.
---------------------
Fonte: Site da Arquidiocese de Maringá
Nenhum comentário:
Postar um comentário