Aproximadamente éramos quatro mil e quinhentas pessoas, com o tema “Felicidade (Feliz Cidade) é escolher a vida” refletimos à luz das “Bem Aventuranças” a realidade do povo carente, principalmente do bairro Santa Felicidade.
Uns dos momentos marcantes foi o testemunho da Sra. Neide, da Igreja Assembléia de Deus, presidente da Cooperativa dos Coletores de Recicláveis dos bairros João de Bairro e Santa Felicidade que funciona no modelo de economia solidária. Ela pediu ajuda e reivindicou melhores condições de trabalho para os catadores, que desde 2005 não tem local digno de trabalho, o salão onde funciona a cooperativa não tem cobertura e eles trabalham no sol e na chuva. Denunciou dizendo que desde que a atual administração pública assumiu houve um corte drástico na ajuda. A prefeitura deixou de pagar o aluguel além das despesas com água e luz. Segundo ela vinte e duas famílias dependem da cooperativa que precisa de sede própria. E fez um apelo: “Precisamos que nos vejam com olhar diferente. Queremos que nos visitem para ver as condições precárias que trabalhamos. Acreditamos num mundo mais justo e melhor”.
Ao ar livre, sobre um gramado, um vento frio, uma chuva serena e gelada se deu á abertura da romaria com o sinal da cruz, sinal da nossa fé. D. Anuar Battisti arcebispo da Arquidiocese de Maringá acolheu as romeiras e romeiros dizendo que a romaria é uma caminhada de fé, de coragem, de alegria e entusiasmo para celebrar o trabalho. Juntos, renovamos a fé com a oração do creio e renovamos nosso batismo através da aspersão da água. A vida de São José e Santa Felicidade foram resgatadas pelo Pe Sidney Fabril coordenador da romaria.
Saímos em caminhada, á frente uma enorme cruz carregada pelos romeiros e romeiras e a imagem de Nossa Senhora que foi com amor e carinho por nós acolhida com o comentário: “vamos receber uma pessoa especial, uma mulher trabalhadora e simples, que foi escolhida por Deus para trazer o seu filho, que apareceu com a cor negra no tempo da escravidão, que veio para mostrar que para Deus não há discriminação”.
A chuva aumentava o vento mais forte e mais gelado, uns com sombrinha, outros com guarda-chuva, outros com capa e muitos sem nada, mas havia algo em comum, a certeza da presença de Deus caminhando junto, visível em nós, nas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que com fé, esperança e coragem caminhavam sobre as ruas do Conjunto Santa Felicidade.
Um só povo. O povo de Deus. Caminhávamos juntos, o arcebispo D. Anuar, os padres, religiosas, religiosos, diáconos, lideranças, seminaristas, leigas e leigos.
As paradas trouxeram presente:
- o sofrimento de tantas pessoas na fila por atendimento médico e de remédio não encontrado na rede pública. A preocupação com a dengue e a certeza que queremos atendimento digno de saúde para todos os trabalhadores e trabalhadoras.
- a questão da terra. Roubaram nossa terra, estão maltratando nossa terra, esqueceram que a terra é obra de Deus e que somos filhas e filhos dela.
- a dor de tantas mães que tiveram seus filhos e filhas assassinados ainda na infância e adolescência, principalmente fatos ocorrido no conjunto Santa Felicidade.
- a exclusão social faz sua vitima no mundo inteiro. O conjunto Santa Felicidade é a face dessa realidade desumana.
- a misericórdia é o amor de Deus. Ser misericordioso é colocar o amor no coração. É enxergar o carente que não tem recurso para sair da miséria, estender a mão a ele. A sociedade os discrimina, ele enfrenta diversas dificuldades.
- a criança é pura de coração, precisamos aprender com elas e cuidar delas. Você tem criança em casa? Como você a educa? Você a educa com amor, limite, disciplina, diálogo ou espancando?
Você diz que a ama?
- o testemunho dos mártires, de ontem e de hoje. Pessoas que foram chamadas e deram suas vidas combatendo as estruturas injustas. Uma Igreja autentica, incomodada assume a fé e vida. São tantos os mártires que estão esquecidos e muitos não reconhecidos. Os jovens e adolescentes do conjunto Santa Felicidade.
A Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá foi marcada pelo desejo da realização da Paz que leva a verdadeira felicidade, para tanto é preciso escolher a vida e combater: a injustiça, a mentira, as falsas promessas e a hipocrisia.
Se em nome do desenvolvimento se fere a paz e a justiça, então vivemos em estado de guerra. Em nossas cidades, em nossos bairros, em nosso país quantas coisas são feitas em nome da paz...mas que paz!!! Que paz é esta que destrói, que exclui, que empobrece... .
A paz é antes de qualquer coisa obra da justiça. Onde existem injustiças, desigualdade entre as pessoas, atenta-se contra a paz.
A paz é fruto do amor. É expressão de uma real fraternidade e amor entre as pessoas. Fraternidade e amor trazidos por Cristo.
Alguns compromissos apresentado:
- aos pastores da Igreja, bispos e padres, cumpre educar as consciências, inspirar, estimular e ajudar a orientar todas as iniciativas que contribuam para a formação da pessoa humana. Cumpre também denunciar todos aqueles que, ao irem contra a justiça, destroem a paz;
- a todo o povo de Deus, cumpre defender segundo o mandato evangélico o direito dos pobres e oprimidos, urgindo nossos governos e dirigentes que eliminem tudo quanto destroem a paz social;
- convidar as diversas confissões e comunidades cristãs e não-cristãs num grande mutirão pela paz a colaborar nesta fundamental tarefa de nossos tempos.
- encorajar e favorecer todos os esforços do povo para criar e desenvolver suas próprias organizações de base, para reivindicação e consolidação de seus direitos na busca de uma verdadeira justiça.
- alentar e aplaudir as iniciativas e trabalhos de todos aqueles que nos diversos setores da ação contribui para a criação de uma nova ordem que assegure a paz no seio de nossa cidade.
Com relação à situação do conjunto Santa Felicidade (PAC) que aconteça para o bem das famílias e que fique claro para o povo, que haja diálogo com democracia.
Dom Anuar Battisti colocou que a Arquidiocese de Maringá assume a campanha de apoio ao abaixo assinado para a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas - informações no http://www.40horas.com.br/ e também o apoio à campanha de assinatura de uma nova lei de iniciativa popular onde os candidatos políticos que estão respondendo a processo judicial não podem ser candidatos (saiba mais aqui).
Logo no inicio conversando com Dom Anuar Battisti, Arcebispo da Arquidiocese de Maringá ele disse:
Uns dos momentos marcantes foi o testemunho da Sra. Neide, da Igreja Assembléia de Deus, presidente da Cooperativa dos Coletores de Recicláveis dos bairros João de Bairro e Santa Felicidade que funciona no modelo de economia solidária. Ela pediu ajuda e reivindicou melhores condições de trabalho para os catadores, que desde 2005 não tem local digno de trabalho, o salão onde funciona a cooperativa não tem cobertura e eles trabalham no sol e na chuva. Denunciou dizendo que desde que a atual administração pública assumiu houve um corte drástico na ajuda. A prefeitura deixou de pagar o aluguel além das despesas com água e luz. Segundo ela vinte e duas famílias dependem da cooperativa que precisa de sede própria. E fez um apelo: “Precisamos que nos vejam com olhar diferente. Queremos que nos visitem para ver as condições precárias que trabalhamos. Acreditamos num mundo mais justo e melhor”.
Ao ar livre, sobre um gramado, um vento frio, uma chuva serena e gelada se deu á abertura da romaria com o sinal da cruz, sinal da nossa fé. D. Anuar Battisti arcebispo da Arquidiocese de Maringá acolheu as romeiras e romeiros dizendo que a romaria é uma caminhada de fé, de coragem, de alegria e entusiasmo para celebrar o trabalho. Juntos, renovamos a fé com a oração do creio e renovamos nosso batismo através da aspersão da água. A vida de São José e Santa Felicidade foram resgatadas pelo Pe Sidney Fabril coordenador da romaria.
Saímos em caminhada, á frente uma enorme cruz carregada pelos romeiros e romeiras e a imagem de Nossa Senhora que foi com amor e carinho por nós acolhida com o comentário: “vamos receber uma pessoa especial, uma mulher trabalhadora e simples, que foi escolhida por Deus para trazer o seu filho, que apareceu com a cor negra no tempo da escravidão, que veio para mostrar que para Deus não há discriminação”.
A chuva aumentava o vento mais forte e mais gelado, uns com sombrinha, outros com guarda-chuva, outros com capa e muitos sem nada, mas havia algo em comum, a certeza da presença de Deus caminhando junto, visível em nós, nas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que com fé, esperança e coragem caminhavam sobre as ruas do Conjunto Santa Felicidade.
Um só povo. O povo de Deus. Caminhávamos juntos, o arcebispo D. Anuar, os padres, religiosas, religiosos, diáconos, lideranças, seminaristas, leigas e leigos.
As paradas trouxeram presente:
- o sofrimento de tantas pessoas na fila por atendimento médico e de remédio não encontrado na rede pública. A preocupação com a dengue e a certeza que queremos atendimento digno de saúde para todos os trabalhadores e trabalhadoras.
- a questão da terra. Roubaram nossa terra, estão maltratando nossa terra, esqueceram que a terra é obra de Deus e que somos filhas e filhos dela.
- a dor de tantas mães que tiveram seus filhos e filhas assassinados ainda na infância e adolescência, principalmente fatos ocorrido no conjunto Santa Felicidade.
- a exclusão social faz sua vitima no mundo inteiro. O conjunto Santa Felicidade é a face dessa realidade desumana.
- a misericórdia é o amor de Deus. Ser misericordioso é colocar o amor no coração. É enxergar o carente que não tem recurso para sair da miséria, estender a mão a ele. A sociedade os discrimina, ele enfrenta diversas dificuldades.
- a criança é pura de coração, precisamos aprender com elas e cuidar delas. Você tem criança em casa? Como você a educa? Você a educa com amor, limite, disciplina, diálogo ou espancando?
Você diz que a ama?
- o testemunho dos mártires, de ontem e de hoje. Pessoas que foram chamadas e deram suas vidas combatendo as estruturas injustas. Uma Igreja autentica, incomodada assume a fé e vida. São tantos os mártires que estão esquecidos e muitos não reconhecidos. Os jovens e adolescentes do conjunto Santa Felicidade.
A Romaria do Trabalhador e da Trabalhadora da Arquidiocese de Maringá foi marcada pelo desejo da realização da Paz que leva a verdadeira felicidade, para tanto é preciso escolher a vida e combater: a injustiça, a mentira, as falsas promessas e a hipocrisia.
Se em nome do desenvolvimento se fere a paz e a justiça, então vivemos em estado de guerra. Em nossas cidades, em nossos bairros, em nosso país quantas coisas são feitas em nome da paz...mas que paz!!! Que paz é esta que destrói, que exclui, que empobrece... .
A paz é antes de qualquer coisa obra da justiça. Onde existem injustiças, desigualdade entre as pessoas, atenta-se contra a paz.
A paz é fruto do amor. É expressão de uma real fraternidade e amor entre as pessoas. Fraternidade e amor trazidos por Cristo.
Alguns compromissos apresentado:
- aos pastores da Igreja, bispos e padres, cumpre educar as consciências, inspirar, estimular e ajudar a orientar todas as iniciativas que contribuam para a formação da pessoa humana. Cumpre também denunciar todos aqueles que, ao irem contra a justiça, destroem a paz;
- a todo o povo de Deus, cumpre defender segundo o mandato evangélico o direito dos pobres e oprimidos, urgindo nossos governos e dirigentes que eliminem tudo quanto destroem a paz social;
- convidar as diversas confissões e comunidades cristãs e não-cristãs num grande mutirão pela paz a colaborar nesta fundamental tarefa de nossos tempos.
- encorajar e favorecer todos os esforços do povo para criar e desenvolver suas próprias organizações de base, para reivindicação e consolidação de seus direitos na busca de uma verdadeira justiça.
- alentar e aplaudir as iniciativas e trabalhos de todos aqueles que nos diversos setores da ação contribui para a criação de uma nova ordem que assegure a paz no seio de nossa cidade.
Com relação à situação do conjunto Santa Felicidade (PAC) que aconteça para o bem das famílias e que fique claro para o povo, que haja diálogo com democracia.
Dom Anuar Battisti colocou que a Arquidiocese de Maringá assume a campanha de apoio ao abaixo assinado para a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas - informações no http://www.40horas.com.br/ e também o apoio à campanha de assinatura de uma nova lei de iniciativa popular onde os candidatos políticos que estão respondendo a processo judicial não podem ser candidatos (saiba mais aqui).
Logo no inicio conversando com Dom Anuar Battisti, Arcebispo da Arquidiocese de Maringá ele disse:
A Romaria significa estar a caminho, em busca de algo novo porque não aceita a
situação atual. Trilhar novos caminhos. Reavivar a vida, a auto estima, pedir e
agradecer a Deus.
Como e bom ver a nossa Arquidiocese fazendo acontecer.
Uma Igreja Samaritana a serviço da vida.
“Viu, sentiu compaixão, aproximou-se e curou as feridas...(Lc 10, 33-34)
Que a nossa fé em Cristo nos fortaleça nestes propósitos, e que Santa Felicidade e a Senhora da Glória intercedam por nós.
Lucimar Moreira Bueno (Lucia)
Uma Igreja Samaritana a serviço da vida.
“Viu, sentiu compaixão, aproximou-se e curou as feridas...(Lc 10, 33-34)
Que a nossa fé em Cristo nos fortaleça nestes propósitos, e que Santa Felicidade e a Senhora da Glória intercedam por nós.
Lucimar Moreira Bueno (Lucia)
Um comentário:
A Romaria foi um sucesso total. Sou da Paroquia SSilvestre ali pertinho, saimos felizes e chegamos mais felizes.
Neste tempo Pascal a chuva nao atrapalhou em nada, pelo contrario nos Banhou em Cristo limpando-nos do nosso pecado de nao aceitar Jesus e continuarmos insistindo num caminho que leva a morte. O caminho da vida foi integralmente meditado e vivido nas Bem Aventuranças aonde somos FELIZES quando seguimos os passos de Jesus semando o Reino em nosso meio.
Feliz é a mae que perdeu seu filho morto por policiais, é Feliz os indios que nao tem a sua terra garantida, é Feliz a crianças que nao tem seu direito a vida respeitado,é Feliz todo aquele e aquela que teve seu sangue derramado na terra para que ela seja mais fecunda para nós hoje. É Feliz quem alvejou a sua veste no sangue do Cordeiro. Hoje é Domingo da Ascençao do Senhor e nossa vitoria já foi garantida pela conquista de seu trono de graça e poder onde todas as gentes são povo de Deus.
Viva todos e todas que são trabalhadoras e trabalhadores porque Deus também é trabalhador e seu trabalho sempre foi a nosso favor, nossa força e nosso abrigo.
Amém, Aleluiá!
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