Por todo Brasil noticias de impugnação de candidaturas de prefeitos e vereadores e para nós cidadãs e cidadãos a esperança que a justiça seja feita, mas devemos ficar atentos, não podemos apagar da memória a tradição e a história de uma justiça estatal que sempre tratou a população de uma forma extremamente desigual: aos pobres, os rigores da lei; e aos ricos, as exceções da mesma lei, quando muito, pois a regra sempre foi a mera impunidade.
Nos dias de hoje há descrença da população com a esmagadora maioria dos políticos, e de instituições como a polícia, os sistemas públicos de saúde ou de educação, ou o próprio poder judiciário.
Desde que foi criado o comitê 9840, fruto da Lei 9840 de setembro de 1999 de iniciativa popular, impulsionada pela Campanha da Fraternidade de 1996, da CNBB, cujo tema foi “Fraternidade e Política”, que identificou a compra de votos de eleitores, a chamada “corrupção eleitoral”, como uma das maiores distorções da democracia brasileira, o comitê 9840 colaborou com a cassação de 623 candidatos.
Esse tipo de iniciativa leva naturalmente ao imediato apoio de camadas expressivas da população. Existe uma espécie de déficit de justiça no país, que faz com que essas ações sejam vistas, enfim, como uma espécie de luz no fim do túnel da impunidade.
Esse sentimento de uma justiça tardia, mas que finalmente age, estimula a sensação que estamos vivendo um período de mudanças e que, a partir de agora, a história possa ser diferente.
Esperança de construir um novo tempo, onde a justiça passa a ser igual para todos, onde a lei deva ser uma obrigação a ser respeitada por todos, sem exceções.
É a certeza da presença de Deus que faz história junto com seu povo. Precisamos ser capazes de analisar toda a realidade a partir dos critérios do Reino de Deus, ser capazes de discernirmos o bem do mal.
Mas para quem discerne o bem do mal é preciso ficar atento, isso não da o direito de condenar os que erram, mas devem ser um instrumento de Deus para que todos consigam fazer esta distinção.
É preciso instalar uma nova consciência política, todos nós somos chamados a valorizar o nosso voto e devemos denunciar os políticos que aproveitam de situações de desespero da população para comprar votos.
Os políticos que compram ou trocam o voto por favores não assumem compromissos, cuida apenas dos interesses próprios e as conseqüências são arrasadora.
O voto é o instrumento que temos para mudar toda essa situação gritante, tudo passa por decisões políticas, se queremos geração de emprego, transporte digno, educação, remédios e médicos nos postos de saúde, vaga para internamento nos hospitais, lazer para nossas famílias, enfim, uma sociedade justa e igualitária.
Precisamos valorizar nosso voto, dando um basta a tantas sujeiras que vem acontecendo e mostrar aos autores dessas sujeiras que não da mais, não somos otários.
Estamos vivendo um período de mudança graças ao testemunho de mulheres e homens de ontem e de hoje, que não se cansam e não se calam e sempre presentes onde as necessidades são mais gritantes, anunciando, organizando, denunciando e gestando uma nova historia, uma nova vida.
Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
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