09 outubro, 2008

Estudo analisa desemprego e desigualdade entre jovens

A Ação Educativa, em parceria com o Instituto Ibi, lançou no último dia 21, o livro "Jovens e Trabalho no Brasil - desigualdade e desafios para as políticas públicas", de Maria Carla Corrochano, Maria Inês Caetano Ferreira, Maria Virgínia Freitas e Raquel Sousa.
O estudo, feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio - PNAD de 2006, revela que os jovens são os mais atingidos pelo desemprego.
Para realização do estudo, foram classificados seis grupos de análise: 1 - jovens que apenas trabalham, 2 - os que combinam trabalho e estudo, 3 - os desempregados que estudam, 4 - os desempregados que não estudam, 5 - os que apenas estudam, e 6 - aqueles que não trabalham, não estudam e não estão procurando emprego.
A desigualdade da concentração de renda entre os grupos que só trabalham chamou atenção, já que 40% dos jovens com menores rendimentos não têm Ensino Fundamental completo e começam a trabalhar mais cedo, e 20% dos mais ricos, concluíram o Ensino Médio.
A qualidade do emprego também é preocupante. De acordo com a pesquisa, a maioria dos jovens com idade entre 14 e 15 anos empregados não têm registro nem remuneração e trabalham de 30 a 40 horas semanais. As mulheres, mesmo tendo mais anos de estudo que os homens, recebem menor remuneração, têm condições de trabalho mais precárias e apresentam maior taxa de desemprego.
Já os negros têm menos tempo de estudo, começam a trabalhar mais cedo, recebem menores salários, têm empregos precários e, também apresentam altas taxas de desemprego. Segundo números da pesquisa, as desigualdades são evidenciadas mais fortemente entre aqueles que não trabalham, não estudam e não procuram emprego, este grupo é formado principalmente por mulheres (77%) e negros (58,5%).
Para adquirir o livro gratuitamente acesse o site da Ação Educativa: www.acaoeducativa.org.br
Fonte: Adital

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