24 janeiro, 2009

Teólogos afirmam necessidade de todos se comprometerem para salvar o planeta

Na sexta-feira (23), durante o III Fórum Mundial de Teologia e Libertação (FMTL), que acontece em Belém (PA) desde o dia 21, o professor da Universidade de KwaZulu, na África do Sul afirmou: “O trilho entre a vida e a morte deve ser navegado através da escolha moral humana”.
O teólogo Steve de Gruchy ao abordar o tema “Espiritualidade e ética na agenda da sustentabilidade”, partiu de três fatos que ocorrem em seu país: o sistema de balde na coleta de esgoto cloacal, a denúncia feita pelo cientista Anthony Turton sobre o mal gerencialmente da água pelo Governo da África do Sul e o surto de cólera em seu país.
O teólogo convida a refletir, neste contexto de desrespeito à natureza, casa comum, sobre a espiritualidade que vem do Rio Jordão. “O Rio Jordão é uma tradição baseada num código de regras em que a lei protege os mais fracos, os estrangeiros e os marginalizados”. E conclui: “A liberdade da servidão não é nada se não vem acompanhada da responsabilidade de zelar pelo próprio jardim, respeitar a cerca de divisa do nosso vizinho e lidar com os próprios detritos”.
A pastora batista estadunidense, Emile Townes, também falou sobre o tema do terceiro dia do Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Partindo do relato da criação segundo o livro do Gênesis, Townes chamou a atenção para o cuidado que se deve ter com a criação.
Segundo Townes, é preciso descobrir de novo que o amor de Deus pode e deve significar graça. “Estamos paralisados em demônios todos os dias numa espiral de violência encontrada na maneira como vivemos. Precisamos aceitar o desafio da sustentabilidade, ainda que nos machuque. Mas, a culpa não nos ajuda se fizermos nossa vida na mesmice. A meta é construir uma comunidade na qual estamos dispostos a modificar. Precisamos trabalhar juntos para termos novas compreensões e análises. O futuro começou ontem e já estamos atrasados”, concluiu. Saiba mais

Nenhum comentário: