O debate de certas questões frequentemente se faz de modo apressado, e as diferentes perspectivas nem sempre permitem considerar a verdadeira dimensão do que está em jogo. Em momentos assim deve-se olhar o essencial e, por um átimo, deixar de lado aquilo que não se refere diretamente ao problema. Na sua dramaticidade o caso é simples. É uma menina de apenas nove anos – vamos chamá-la Carmen – que devemos olhar firmemente nos olhos sem desviar a vista sequer um instante, para fazer-lhe compreender quanto ela é amada.
No Recife, violentada repetidamente pelo jovem padrasto, Carmen engravidou de gêmeos e não terá mais uma vida fácil. A ferida é profunda porque a violência absolutamente gratuita destruiu-a por dentro e dificilmente lhe permitirá, no futuro, encarar os outros com amor.
No Recife, violentada repetidamente pelo jovem padrasto, Carmen engravidou de gêmeos e não terá mais uma vida fácil. A ferida é profunda porque a violência absolutamente gratuita destruiu-a por dentro e dificilmente lhe permitirá, no futuro, encarar os outros com amor.
Carmen, estamos ao teu lado. Partilhamos contigo o sofrimento que provaste, gostaríamos de fazer tudo para te restituir a dignidade da qual foste privada e o amor do qual tens agora necessidade ainda maior. São outros que merecem a excomunhão e o nosso perdão, não aqueles que te permitiram viver e te ajudarão a recuperar a esperança e a confiança. Apesar da presença do mal e da perversão de muitos. Na íntegra
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