Paulo Vidigal diz: Me pergunto isso constantemente. Vivemos numa cidade na qual um grupo dominante implementa, em doses calculadas, seu modelo de “politicamente correto”. A idéia de cidade “modelo” expõe contradições em várias áreas. A falta de discussões democráticas, o desrespeito à garantia de direitos individuais (lei seca é um exemplo), a peleja na câmara de vereadores pela redução ou não de cargos comissionados, são só alguns exemplos. Mas somos inquietos. Nadamos contra a corrente, pois não nos enquadramos no modelo de perfeição. Talvez porque não somos perfeitos, questionamos a perfeição, se é que ela existe. Nós, os rebeldes, é que não nos enquadramos. Não nos enquadramos porque não achamos correto o uso de passagens aéreas para familiares de deputados, pagos com dinheiro público. Achamos imoral gastar tanto com cargos comissionados enquanto a saúde agoniza. Ou talvez não nos enquadramos porque questionamos obras faraônicas que muito pouco ou quase nada, beneficia a população pobre. O grupo dominante passa com seu trator e avança sem muitos estragos, aproveitando-se de uma sociedade no mínimo apática. E a pergunta resiste: onde vai parar tudo isso? Totalitarismo seria um exagero? Talvez não, afinal já o sentimos. Ainda bem que não nos enquadramos...
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