19 maio, 2009

Posição do MST sobre a inclusão de acampados no Bolsa Família

O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou ontem que incluiu mais 382 mil famílias na lista de pagamento de benefícios do Bolsa-Família. Em agosto outras 550 mil serão acrescentadas à lista. Trata-se da primeira etapa de um plano que visa a estender o programa a 1,8 milhão de novas famílias até o final de 2010. Com isso, a lista de pagamento passaria dos atuais 11,1 milhões de famílias para 12,9 milhões.
De acordo com assessores do ministério, as prefeituras receberam orientação para ir atrás das pessoas em situação de maior risco, sob o ponto de vista da segurança alimentar. Isso inclui moradores de rua, populações quilombolas e grupos indígenas e também inclui a população de acampamentos da reforma agrária.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terrra – MST, divulgou ontem a seguinte nota:
1- Defendemos todas as políticas públicas que contribuam para resolver os problemas emergenciais das famílias de trabalhadores pobres do campo e da cidade, como a cesta básica e o programa Bolsa Família.
2- No entanto, consideramos insuficientes essas políticas assistencialistas, que são limitadas e não resolvem os problemas estruturais da sociedade brasileira, como a terra, educação, saúde e habitação.
3- Defendemos o assentamento imediato de todos os acampados e a atualização dos índices de produtividade como medidas emergenciais para resolver os problemas das famílias que vivem na beira de estradas em todo o país.
4- Somos contrários às políticas do governo para ajudar os bancos e grandes empresas diante da crise econômica mundial, que vai piorar as condições de vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
5- A solução para os trabalhadores rurais é a realização de uma Reforma Agrária Popular e um programa de agroindústrias em todas as cooperativas de assentamentos, para garantir a produção de alimentos para toda a população e a geração de renda para as famílias assentadas.

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