É muito triste ver a que ponto chegou o Senado brasileiro: brigas intestinas, ânimos exacerbados, produtividade mínima. Foi assim, nos últimos tempos, em pelo menos quatro gestões - nas de Antônio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, Renan Calheiros e agora José Sarney.
A semana passada foi marcada por baixaria, troca de ofensas e palavrões, entre senadores, feia de se presenciar até na rua. No momento, o Conselho de Ética, que deveria assumir o papel para o qual foi criado – promover a ética, a transparência -, se esforça para esconder o que chamam de falta de decoro: falhas graves do presidente da Casa, senador José Sarney, defendendo-o de acusações, entre elas, de ter se beneficiado dos polêmicos atos secretos e desvio de recursos da Petrobras para a Fundação José Sarney.
Enquanto o Senado não encontra o rumo, vamos perdendo a oportunidade de fazer os debates urgentes, fundamentais para aperfeiçoar nossas instituições, ao avanço da nossa democracia, pois vão ficando na gaveta pautas importantes, como a CPI da Petrobras, a reforma política, a reforma tributária, e tantas mais.
Enfim, estamos perdendo votos e recursos: o Senado é uma máquina de 10 mil funcionários e um orçamento milionário.
Divanzir Chiminacio
Divanzir Chiminacio
Presidente da Fecopar
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