11 outubro, 2009

Novas formas de escravidão


O Vaticano e diferentes organizações religiosas têm trabalhado ativamente há muito tempo no combate ao tráfico de pessoas.
Um livro recente, publicado no início deste ano, analisou a questão do tráfico de seres humanos a partir de um ponto de vista econômico. O livro é "Tráfico sexual: Dentro do negócio da escravatura moderna" (Columbia University Press), de Siddharth Kara.
A indústria do tráfico sexual, conclui Kara, envolve a violação sistemática, a tortura, a escravidão e o assassinato de milhões de mulheres e crianças, quer seja através de homicídio, doenças sexualmente transmissíveis ou drogas.
Kara calcula que o número anual total de pessoas traficadas para exploração sexual comercial é entre 500 mil e 600 mil. Os números exatos, ele admite, são difíceis de estabelecer.
Em relação aos lucros obtidos com todas as formas de escravidão humana, não apenas sexual, Kara assinala o valor apontado pelo Departamento de Estado dos EUA, de 9,5 bilhões de dólares por ano. A Organização Internacional do Trabalho estima que seja em torno de 31,7 bilhões.
A “Gaudium et Spes”, do Concílio Vaticano II, menciona o problema do tráfico de seres humanos. O Concílio lembra nossa obrigação de ser próximos de cada pessoa e pedir a todos ajuda para aqueles que são abandonados ou sofredores.
Abusos, como os da escravidão humana e da prostituição, foram descritos como uma violação da dignidade humana. Tratar os seres humanos como "como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis” é uma infâmia, e isso envenena a sociedade humana (n º 27). Mais informações

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