01 junho, 2010

Movimentos sociais querem aumentar as manifestações populares em 2011

A Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS) – composta por 27 entidades – aprovou ontem (31/05) um projeto nacional que irá guiar o movimentos sociais nos próximos semestres. Uma das decisões do grupo é aumentar as manifestações populares em 2011, independentemente de quem ocupará a Presidência da República.
“Os movimentos têm a convicção que só com a ampliação das manifestações, das passeatas, das greves e das marchas, que a gente vai conseguir ver implementado esse conjunto de proposições que consta no projeto Brasil. Seja qual for o presidente eleito, a gente sabe que vai precisar ter mais pressão do povo nas ruas para que esse projeto seja implementado”, disse a coordenadora dos movimentos sociais, Lúcia Stumpf.
O texto aprovado pelas entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Marcha Mundial das Mulheres e a Ação Cidadania, será entregue como pauta aos pré-candidatos à Presidência da República.
O documento, dividido em cinco partes (soberania nacional, desenvolvimento, democracia, mais direitos ao povo e solidariedade), defende mudanças na política econômica do país, como a de conceder mais incentivo à produção e à geração de emprego. Os movimentos sociais pedem também a mobilização pela “democratização” do Conselho Monetário Nacional do Banco Central.
O texto ressalta a defesa da reforma agrária, a priorização da agricultura camponesa e familiar e a garantia de crédito ao pequeno produtor. As entidades decidiram também apoiar a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários.A reforma política, o financiamento público das campanhas parlamentares, a fidelidade partidária, estão presentes entre as demandas dos movimentos sociais. Foram relacionadas ainda o fim do caráter revisor do Senado e o aumento da realização de plebiscitos. Também entrou na pauta, a defesa de uma política externa independente, que busque a paz; a destinação dos recursos do pré-sal em benefício dos brasileiros e a retirada das bases militares estrangerias da América Latina e do Caribe.

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