30 novembro, 2010

Brizola versus Hobbes, ou do medo na cidade do Rio de Janeiro

“Nenhuma arte, nenhuma ciência está exposta a tão fundo grau de desprezo como quando qualquer um pode julgar dominá-la”. Quando G.W.F. Hegel pronunciou esta sentença, em seus “Princípios da Filosofia do Direito”, na cidade de Berlim, em 25 de junho de 1820, nem de longe poderia prever a relação ambivalente de amor e ódio que aconteceria, neste início de século, no país onde o surrealismo é normal, entre o povo e os aparelhos da repressão estatal. Refiro-me, é claro, ao Brasil, onde todos se arrogaram à cátedra de professores eméritos de direito penal, criminologia ou segurança pública. Todos os dias, pelas teletelas, assistimos a um constante desfilar de novas teorias criminológicas, todas elas proprietárias da verdade fundamental para conter a violência em nosso país, que haveria tomado proporções dantescas. O país estaria nas mãos do “narcotráfico” e os poderes constituídos, reféns dos traficantes!...continue lendo...

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