Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Mensagem ao Povo de Deus sobre as Comunidades Eclesiais de Base
Documento da CNBB nº 92
Apresentação
Mensagem ao Povo de Deus sobre as Comunidades Eclesiais de Base
Documento da CNBB nº 92
Apresentação
A sociedade contemporânea, cada vez mais globalizada, tornou-se ambiente propício ao anonimato das pessoas, perdidas dentro dos mecanismos das macro-organizações, das burocracias e da conseqüente uniformização de comportamentos. O processo de globalização aproximou os povos, mas criou também grande padronização nos modos de ser, pondo em risco as diferenças culturais.
Apesar dessa forte tendência à homogeneidade cultural, articula-se, lenta e intensamente, uma reação, no sentido de criar comunidades nas quais as pessoas se conheçam e sejam reconhecidas, podendo ser elas mesmas em suas biografias, dizer sua palavra, ser acolhidas e acolher, atendendo pelo nome próprio. Assim, vão surgindo grupos e pequenas comunidades por toda parte.
Nas cartas paulinas, aparecem diversas referências à igreja que se reúne nas casas (cf. 1Cor 16,19; Rm 16,5; Fl 2; Cl 4,15). Para esses primeiros cristãos, o lar com seu ambiente familiar era a igreja. A partir daqueles lares, surgiram ministérios e estruturas que moldariam a Igreja, através dos séculos.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) representam, hoje, a continuidade desse mesmo fenômeno, nos seio da Igreja. Elas representam uma maneira de ser Igreja, de ser comunidade, de fraternidade, inspirada na mais legítima e antiga tradição eclesial. Teologicamente são, hoje, uma experiência eclesial amadurecida, uma ação do Espírito no horizonte das urgências de nosso tempo.
Nesta perspectiva, a 48ª Assembléia Geral da CNBB quis contemplar as CEBs, acolhendo-as e acompanhando-as como quem procura discernir, no hoje da história, o que o Espírito diz à Igreja. Certamente, isso não nos dispensa, enquanto pastores, da deligência necessária para a busca de lucidez e de melhores caminhos, com todo esforço de compreensão que deve instaurar-se no interior dessa contemplação teológica sobre o valor eclesial das CEBs.
Que Maria, mãe de Deus e da Igreja, abençoe todas as CEBs de nosso Brasil, para que elas floresçam ainda mais, em nossas paróquias e Igrejas Particulares, com sua riqueza carismática, educadora e evangelizadora (cf. DAp, nn. 99e, 178).
Brasília, 30 de maio de 2010.
Solenidade da Santíssima Trindade
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
Apesar dessa forte tendência à homogeneidade cultural, articula-se, lenta e intensamente, uma reação, no sentido de criar comunidades nas quais as pessoas se conheçam e sejam reconhecidas, podendo ser elas mesmas em suas biografias, dizer sua palavra, ser acolhidas e acolher, atendendo pelo nome próprio. Assim, vão surgindo grupos e pequenas comunidades por toda parte.
Nas cartas paulinas, aparecem diversas referências à igreja que se reúne nas casas (cf. 1Cor 16,19; Rm 16,5; Fl 2; Cl 4,15). Para esses primeiros cristãos, o lar com seu ambiente familiar era a igreja. A partir daqueles lares, surgiram ministérios e estruturas que moldariam a Igreja, através dos séculos.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) representam, hoje, a continuidade desse mesmo fenômeno, nos seio da Igreja. Elas representam uma maneira de ser Igreja, de ser comunidade, de fraternidade, inspirada na mais legítima e antiga tradição eclesial. Teologicamente são, hoje, uma experiência eclesial amadurecida, uma ação do Espírito no horizonte das urgências de nosso tempo.
Nesta perspectiva, a 48ª Assembléia Geral da CNBB quis contemplar as CEBs, acolhendo-as e acompanhando-as como quem procura discernir, no hoje da história, o que o Espírito diz à Igreja. Certamente, isso não nos dispensa, enquanto pastores, da deligência necessária para a busca de lucidez e de melhores caminhos, com todo esforço de compreensão que deve instaurar-se no interior dessa contemplação teológica sobre o valor eclesial das CEBs.
Que Maria, mãe de Deus e da Igreja, abençoe todas as CEBs de nosso Brasil, para que elas floresçam ainda mais, em nossas paróquias e Igrejas Particulares, com sua riqueza carismática, educadora e evangelizadora (cf. DAp, nn. 99e, 178).
Brasília, 30 de maio de 2010.
Solenidade da Santíssima Trindade
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
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