No Jornal Nacional, o espanto: os sem-terra estavam sendo alimentados com carne e, em vez de fazer suas necessidades na rua, tinham banheiros químicos ao seu dispor.
Lembro de quando fui ao cinema ver o nacional “O homem que copiava”. Do pouco que me recordo da trama, sei que o personagem de Lázaro Ramos planejava matar o pai de uma namorada, em uma tramóia que envolvia explosão. Para tentar desviar a atenção de todos sobre o fato mais importante, a morte de alguém, o personagem tem a grande sacada: por uma galinha dentro do armário. Assim, a galinha sobreviveria à explosão e chamaria a atenção dos olhares que buscam os detalhes: eis, infelizmente, o olhar da imprensa. O plano funciona. Lá estava a dúvida maior da imprensa, uma galinha a passear pelo cenário de um crime. Aqui na Bahia, tivemos também a nossa galinha. ...
O que acabou não foi a ocupação em que os sem-terra receberam carne. Acabou a ocupação em que os sem-terra enfrentaram dia e noite na chuva noturna e na tarde de sol infernal de Salvador, debaixo de uma desconfortável estrutura de lona preta. Acabou a ocupação na qual os sem-terra lutavam por um direito, pelo cumprimento de acordos que o próprio Estado já havia feito com eles. Acabou uma ocupação de três mil trabalhadores que estavam lá pedindo a atenção do estado para que se fizessem escolas nos assentamentos, que incentivassem a produção da pequena agricultura, que melhorassem a infra-estrutura, enfim, que cumprissem os direitos constitucionais. O que acabou, portanto, foi a ocupação, e não a luta. Leia na íntegra
Lembro de quando fui ao cinema ver o nacional “O homem que copiava”. Do pouco que me recordo da trama, sei que o personagem de Lázaro Ramos planejava matar o pai de uma namorada, em uma tramóia que envolvia explosão. Para tentar desviar a atenção de todos sobre o fato mais importante, a morte de alguém, o personagem tem a grande sacada: por uma galinha dentro do armário. Assim, a galinha sobreviveria à explosão e chamaria a atenção dos olhares que buscam os detalhes: eis, infelizmente, o olhar da imprensa. O plano funciona. Lá estava a dúvida maior da imprensa, uma galinha a passear pelo cenário de um crime. Aqui na Bahia, tivemos também a nossa galinha. ...
O que acabou não foi a ocupação em que os sem-terra receberam carne. Acabou a ocupação em que os sem-terra enfrentaram dia e noite na chuva noturna e na tarde de sol infernal de Salvador, debaixo de uma desconfortável estrutura de lona preta. Acabou a ocupação na qual os sem-terra lutavam por um direito, pelo cumprimento de acordos que o próprio Estado já havia feito com eles. Acabou uma ocupação de três mil trabalhadores que estavam lá pedindo a atenção do estado para que se fizessem escolas nos assentamentos, que incentivassem a produção da pequena agricultura, que melhorassem a infra-estrutura, enfim, que cumprissem os direitos constitucionais. O que acabou, portanto, foi a ocupação, e não a luta. Leia na íntegra
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