26 setembro, 2011

Discurso da presidenta Dilma Rousseff, dia 21, na ONU, tornou-se histórico


O discurso na ONU, da presidenta do Braisl, Dilma Rousseff, demonstrou e confirmou ao mundo que não é nenhuma marionete e que tem altivez política, sobriedade e total capacidade para ocupar o cargo para o qual foi eleita com mais de 56 milhões de votos.
Discurso direto, sem vaidades, ressentimentos ou oportunismos. Sua humildade, como chefe de Estado, mostrou-se na visão econômica, no compromisso com a democracia, na crítica ao uso de força militar e na disposição de partilhar conquistas. Com orgulho autêntico. Foi aplaudida lá e calou a oposição aqui.
Conquistou a atenção da liderança ao trazer o tema para o cotidiano, com olhar feminino. “Nós, mulheres, sabemos, mais do que ninguém, que o desemprego não é apenas uma estatística. Golpeia as famílias, nossos filhos e nossos maridos. Tira a esperança e deixa a violência e a dor”.
O discurso da presidenta, tornou-se histórico. Além da tradicional abertura brasileira, ela foi a primeira mulher a fazê-lo. Denunciou o risco de ruptura da crise econômica, ofereceu ajuda nas áreas alimentar, agrícola, energética e de combate à fome. Lembrou que o Brasil já reconheceu o Estado Palestino e destacou o papel das mulheres na superação. Sua principal ênfase foi a economia. Alertou que “a crise econômica, se não debelada, pode se transformar em uma grave ruptura política e social”. Fustigou lideranças dos países desenvolvidos, em que a luta pelo comando mundial rouba a vantagem das condições, dizendo que não encontraram solução por falta de recursos políticos e clareza de ideias, provocou.
E concluiu dizendo representar as mulheres do mundo, das que passam fome e não podem alimentar os filhos às que conquistaram espaço de poder. “Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade”. E, com esperança nestes valores, abriu o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU.

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