A
violência rural é histórica, no sentido que é praticada pelas elites fundiárias
sobre as populações com ou sem terra. O governo tem implementado políticas de
combate à violência rural, mas tem sido pouco eficaz. Por outro lado, a
resistência dos ruralistas no campo e a da Bancada Ruralista no Congresso
Nacional, tem sido eficiente na obstrução das propostas e políticas públicas
que se propõem a erradicar a violência no campo.
É da competência do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) desenvolver o programa
“Paz no Campo”, porém o quadro de pessoal insuficiente complica a execução das
ações que compõem o programa. Mediar conflitos não é um trabalho comum.
Necessita um comprometimento humano e de vida que os concursos públicos não apuram.
Outro fator que pode impulsionar a violência rural é a
consideração, por parte de setores governamentais, da existência de políticas
de primeira e as de segunda classe, como a reforma agrária e a pesca. Os
Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da
Pesca e Aquicultura (MPA) são
estigmatizados na estrutura do Executivo e seus ocupantes são politicamente
desclassificados. Porém, há referências nacionais e internacionais que elevam
as políticas de reforma agrária e as propostas que democratizam o acesso à
terra e empoderam os beneficiários, as suas organizações representativas e os
gestores que desenvolvem estas políticas.
Leia o texto na íntegra - Análise de Edélcio Vigna no portal do Inesc, 18-12-2012 sobre a violência no campo.
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