Dante Alighieri, o primeiro e maior poeta da língua italiana, disse que Francisco de Assis foi uma “luz que brilhou sobre o mundo”, para mim é à luz que continua à brilhar sobre mundo. Luz que nos leva a ouvir o grito e a ver o rosto de quem escolhe a rua como sua casa, de quem encontra desempregado, de quem encontra enfermo, de quem encontra fechado em si mesmo, de quem se encontra no mundo das drogas e vícios, de quem vive na miséria da fome, de quem o “meio” levou a perder sua própria dignidade.
Enquanto que para os capitalistas, a terra, a água, as sementes, o ar, as matas são recursos que devem ser explorados conforme seus interesses econômicos, em nome do desenvolvimento, do progresso e da modernidade, avançando sobre o mundo desrespeitando limites, leis, colocando em risco a vida de todos os seres vivos, inclusive da humanidade, Francisco de Assis com sua luz que continua à brilhar sobre mundo nos ensina sentir a bondade e a maravilha da Criação, nos convidando a amar todas as criaturas, acolhendo-ás como nossos irmãos e irmãs.
São Francisco de Assis, frade católico da Itália, fazia parte da burguesia da cidade de Assis, e depois de uma juventude irrequieta e mudana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, desenvolveu uma profunda identificação como os problemas do povo e com a humanidade de Cristo. Dedicou sua vida aos mais pobres dos pobres. Num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, Francisco afirmou a bondade e a maravilha da Criação, amou todas as criaturas chamando-as de irmãos e irmãs. Fundou a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo.
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