Quantos cristãos, mulheres e homens, propõem recomeçar uma vida nova.
Para nós cristãos, a “semana Santa” é marcada pelo mistério de nossa fé “vida, morte e Ressurreição de Jesus”.
Somos convocados a vivermos intensamente o sacramento da reconciliação e assumirmos a missão de batizados.
Para seguir Jesus, é preciso amar uns aos outros, um amor tal que, igual como Jesus fez com os seus discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de serviço e de acolhida inalcançável.
A entrega de Jesus foi tanto que chegou a fazer-se Sacramento Permanente em um pão e em um vinho que converte em Alimento seu Corpo e seu Sangue para todas e todos que queira segui-lo. Ficando assim instituída a Eucaristia.
É... Quantos cristãos, homens e mulheres, esta semana propõem recomeçar uma vida nova. Estar atento é preciso, cabe lembrar que, manipulado, teve quem, acolheu Jesus com ramos, cantando Hosana o Filho de Davi, depois gritou: crucifica-o.
No Evangelho de João 14,12 Jesus diz: eu garanto a vocês: Quem acredita em mim, fará as obras que eu faço.
As discípulas e discípulos assumem a missão de ser presença viva de Jesus no meio do Povo de Deus. Dar continuidade as suas obras.
Quantas obras, quanto testemunho Jesus nos deixou com sua vida pública, que acredito precisa ser resgatado, torna-lo presente no nosso dia a dia.
O povo tinha liberdade de chegar até Jesus, Ele era fácil de ser encontrado, estava sempre no meio do povo, presente nos mementos difíceis, a serviço da comunidade.
Mt 8, 14-15 - Jesus vai à casa de Pedro e cura sua sogra que estava com febre
Mt 26,6 - Jesus estava na casa de um leproso
Lc 8, 41-42 - Um homem que estava com sua filha de 12 anos morrendo, vai até Jesus e pede para ele ir visitar sua filha e Ele vai.
Lc 10,38 - Em quanto caminhava, Jesus entrou num povoado e foi acolhido na casa de uma mulher chamada Maria.
Jesus provoca, se opõem contra os valores impostos pelo sistema opressor. Enfrenta doutores da lei, fariseus e todos e tudo que é contrario ao projeto de Deus.
Mc 2, 1-2 - Multidão de pessoas se reuniu na casa... e Jesus anunciava a Palavra.
Lc 7,36 - Jesus na casa de um fariseu que não se considerava pecador, acolhe uma mulher considerada pecadora.
Lc 10,38- Em quanto caminhava, Jesus entrou num povoado e foi acolhido na casa de uma mulher chamada Maria.
Lc 14,1 - Num sábado Jesus vai comer em casa de um dos chefes dos fariseus.
Lc 19,1-10 - Jesus é criticado por que foi na casa do pecador Zaqueu.
Mt 19,1-10 - Jesus garante, todas as vezes que vocês derem de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, visitar alguém na prisão,... é a mim que o fazem.
Lc 6,20-26 - Jesus diz felizes..., felizes de vocês se os homens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa de Filho do homem.
Lc 24 - Jesus aproxima como amigo dos discípulos de Emaús e caminha junto, escuta, sente seus problemas e a realidade que estão vivendo, conversa com eles, retoma a sagrada escritura, na sagrada escritura eles descobrem com Jesus sinais de vida e de esperança. No caminhar junto, como amigos, encontram um novo sentido para suas vidas.
No domingo de ramos Jesus entra em Jerusalém, montado num jumentinho.
Interessante, ele não estava montado num belo cavalo, nem numa camioneta ou carro de luxo de nossa época.
Não usava coroa na cabeça, mantos ou túnicas luxuosas, nem camisas de ceda ou ternos caríssimo, ostentação de tantos homens e mulheres de ontem e de hoje, da hierarquia que até hoje permanece em tantos meios.
Jesus montado num jumentinho e vestes simples do povo. O jumentinho e a vestes simples simboliza simplicidade, humildade e igualdade Demonstrando que ali estava no meio do povo para servir e resgatar a vida e a dignidade.
A “Semana Santa” traz presente aquele dia em que Jesus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. O dia da ausência, da dor, de esperança. O próprio Cristo, esta calado. Ele é verbo, a Palavra esta calada. Tudo esta consumado.
O anúncio do amor de um Deus que desce conosco até o abismo de que não tem sentido, do pecado e da morte. Do absurdo grito de Jesus em seu abandono e em sua confiança Extrema, “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.
Mas esse silêncio não é silêncio, é a plenitude da palavra, resplandece o mistério da cruz.
É que “o Pai entregou o seu filho para que toda aquela e todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jô 3,16).
Trazemos presente o aniversário do triunfo de Cristo, a vitória da vida sobre a morte, a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.
São Paulo nos diz: “Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nosso corpo mortal”.
Celebrar a Páscoa é celebrar a libertação, não apenas de um povo, de uma nação isolada, mas do mundo inteiro. É celebrar o resgate e a reabilitação de homens e mulheres que se encontram caído. Libertação do egoísmo, complexos, individualismo, preconceitos, discriminação, comodismo. Libertação dos/as excluídos (as) e perseguidos (as).
A Páscoa é convite para seguirmos o testemunho das que sempre foram, são e serão, sacerdócias, profetas, discípula, apóstolas embora infelizmente nem sempre aceitas e reconhecidas. Seguir o testemunho das mulheres, para quem Jesus ressuscitado aparece primeiro e as envia.
E com alegria e coragem elas vão e anuncia:
“JESUS RESSUSCITOU”
Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário