Os homossexuais após o Sínodo
Um vicariato para atender as pessoas homossexuais?
Na Igreja, ultimamente, tem-se prestado muita atenção à
homossexualidade. Tudocomeçou com a famosa frase
proferida pelo papa Francisco a bordo do voo que o levou do Rio de Janeiro a
Roma, em 2013: “Quem sou eu para julgar a consciência de um gay?” O carinho e o
respeito de sua santidade para com essa parcela de irmãos homossexuais manifesta-se
sempre. Sem embargo, em nenhum instante o bispo de Roma relevou uma vírgula
sequer da moral cristã, que exproba os chamados “atos homossexuais” (Catecismo
da Igreja Católica, n. 2357). Mas, a grande característica do sumo pontífice
reinante consiste em aproximar-se dos dramas humanos, sem medo, sem preocupação
com o que vão dizer. Afinal de contas, ele é o vigário de Cristo, do salvador
que veio ao mundo para trazer vida abunda nte (Jo 10,10).
A Relatio Synodi, publicada no
dia 24 de outubro de 2015, reitera a doutrina de que “não existe nenhum
fundamento para uma analogia, nem mesmo remota, entre a união homossexual e o
designío de Deus sobre o matrimônio e a família” (n. 76), porém, frisa a
obrigação de se acolher o homossexual com todo respeito e alude à premência de
se prover uma atenção específica, bem como um acompanhamento dessas situações
(idem).
Espera-se que o santo padre,
dentro em breve, divulgue uma exortação apostólica pós-sinodal, roborando e
explicitando as temáticas agitadas no sínodo de 2015, inclusive a questão da
solicitude pastoral para com os homossexuais.
As dioceses, à luz da Relatio
Synodi e, ulteriormente, com base na exortação pontifícia, decerto criarão
mecanismos pastorais de acolhida. Uma pastoral dos homossexuais? Um vicariato
para as pessoas com tendência homossexual, já que o documento em exame discorre
acerca da formação dos fiéis, leigos e clérigos, que atuarão na acolhida dos
homossexuais? É difícil dizê-lo por enquanto. Todavia, será mister traduzir em
mediações sociológicas o desvelo da Igreja de Cristo pelos homossexuais.
Ocorrerá, com certeza, uma abordagem carinhosa, respeitosa, contudo, tendente à
conversão, isto é, à vivência dos ditames éticos cristãos, um dever tanto de
homossexuais quanto de heterossexuais.
Fonte: Zenit
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