O Papa Francisco recebeu, nesta quinta-feira (09/11), na Sala Clementina, no Vaticano, cento e trinta membros da comunidade do Pontifício Colégio Ucraniano de São Josafá, em Roma.
Após dar as boas-vindas aos presentes, o Pontífice recordou que este encontro se realiza há 85 anos da construção do colégio na colina do Gianicolo, a pedido do Papa Pio XI.
“Ele foi o promotor de uma iniciativa que mostrava a atenção especial e concreta dos Sucessores de Pedro pelos fiéis da Igreja provenientes daquela área de sofrimento e perseguição, que desta forma podiam sentir-se aqui, em Roma, como filhos amados que moram e crescem numa casa, preparando-se para a missão apostólica como diáconos e sacerdotes.”
O Papa Francisco recordou que Pio XI, durante os anos de seu pontificado, enfrentou vários desafios da época, mas sempre levantou a sua voz firme na defesa da fé, da liberdade da Igreja e da dignidade de cada pessoa humana.
“Condenou claramente, através de discursos e cartas, as ideologias ateias e desumanas que ensanguentaram o século XX. Evidenciou suas contradições, indicando à Igreja o caminho mestre do Evangelho, também colocado em prática na busca da justiça social, dimensão imprescindível do resgate humano de povos e nações. Como futuros sacerdotes, os convido a estudar a Doutrina Social da Igreja a fim de amadurecerem no discernimento e julgamento das realidades sociais em que vocês serão chamados a trabalhar.”
Francisco sublinhou que o mundo atual está ferido por guerras e violência, e que a Ucrânia vive o drama da guerra que cria sofrimentos enormes, sobretudo nas áreas atingidas que se tornaram ainda mais vulneráveis devido ao inverno rigoroso que se aproxima.
“A inspiração pela justiça e pela paz é forte, e proíbe toda forma de abuso, corrupção social e política, realidade em que são sempre os pobres a pagarem as consequências. Que Deus ajude e encoraje aqueles que trabalham por uma sociedade cada vez mais justa e solidária. Que eles sejam apoiados pelo compromisso concreto das Igrejas, dos fiéis e de todas as pessoas de boa vontade.”
O Pontífice recordou em seu discurso o Santuário Nacional de Zarvanytsyae disse que Maria deseja que os sacerdotes de seu Filho sejam como as velas acesas nas noites de vigília neste santuário, para recordar a todos, especialmente aos pobres, aos sofredores, e aos que fazem o mal e semeiam violência e destruição, que «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso».
O Papa disse aos seminaristas e sacerdotes da Igreja greco-católica ucraniana que conserva e venera um pequeno ícone ucraniano de Nossa Senhora da Ternura, presente que lhe foi dado quanto estava em Buenos Aires. Francisco os abençoou, invocando a paz e a harmonia ecumênica para a Ucrânia.
(MJ)
Fonte: Rádio Vaticano
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