Doação de sangue: mais que um ato solidário é uma necessidade que salva vidas
A cada dois segundos, um indivíduo em algum hospital do país precisa de uma transfusão de sangue para viver. “Por medo, ignorância e até mesmo desinformação, apenas 1,9% da população doa sangue anualmente no Brasil. Mesmo com todas as tecnologias e materiais hiper seguros ainda se mantém o medo de adquirir alguma doença”, destaca o coordenador nacional da Pastoral da Saúde, Alex Gomes da Motta.
A importância da doação regular de sangue, a sensibilização de novos voluntários e dos já existentes doadores é uma meta constante dos hemocentros em todo o país que lutam para manter os estoques de sangue abastecidos.
A tarefa não é fácil. Por isso, a importância de campanhas de conscientização como o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta quinta-feira, 14 de junho e que este ano tem como tema “Seja solidário. Doe sangue. Compartilhe vida”. As transfusões de sangue e de seus componentes ajudam a salvar milhões de vidas todos os anos.
“A Doação de sangue é um ato de cidadania e solidariedade ao sensibilizar a comunidade sobre a importância do sangue e da necessidade de tornar o doador fidelizado, e para construir a cultura da doação de sangue é necessária uma educação continuada da população”, ressalta Alex Motta.
O coordenador Nacional da Pastoral acrescenta ainda que os agentes da Pastoral devem aproveitar todas as oportunidades para divulgar a importância e necessidade da doação de sangue, criando ou utilizando o espaço disponível como: escola; empresas; igrejas; hospitais, etc.
Este ano, na campanha para o Dia Mundial do Doador de Sangue a Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) agradece o compromisso dos doadores voluntários e busca conscientizar o público em geral sobre a necessidade de mais doações voluntárias regulares para garantir a qualidade, a segurança e a disponibilidade do sangue e seus derivados.
“O doador tem a total consciência que está contribuindo para salvar uma vida. Diante desse gesto a Pastoral da Saúde em todo o Brasil vem conscientizando os agentes para serem multiplicadores desse ato em suas comunidades”.
Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população brasileira – 16 a cada mil habitantes – doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde tem se esforçado para aumentar a taxa.
Pensando nisso, a Pastoral da Saúde Nacional em parceria com a Pastoral da Saúde de diversas Arquidioceses e Dioceses, realiza uma ampla campanha de doação de sangue intitulada Abril Solidário. A campanha que carrega em seu lema “Solidariedade tá na veia”, tem o objetivo de exercitar e incentivar as pessoas ao hábito da doação de sangue.
As transfusões têm uma função vital no atendimento materno-infantil, na gravidez e na resposta de emergência no caso de desastres naturais ou causados pelos seres humanos.
De acordo com a Pastoral da Saúde, a doação de sangue é, ainda hoje, um problema de interesse mundial; pois não há uma substância que possa, em sua totalidade, substituir o tecido sanguíneo. Os Hemocentros têm dificuldades em manter o estoque de sangue para atender às necessidades específicas e emergenciais, colocando em risco a saúde e a vida da população.
“As estatísticas mundiais mostram que as doações sangue não acompanham o aumento de transfusões. Muitos países enfrentam dificuldades em suprir a demanda de sangue e hemocomponentes, principalmente, aqueles em que há uma política proibitiva em relação à comercialização do sangue, assim como o Brasil”, diz o coordenador nacional.
O Dia Mundial do Doador de Sangue 2018 será celebrado com um evento em Atenas, na Grécia e na Região das Américas, a República Dominicana sediará o evento.
Fonte: CNBB
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