04 junho, 2018

Mas a pedra rejeitada passa a ser a pedra principal. A história continua.

Uma pequena reflexão que escrevi sobre o evangelho de:
 Marcos 12,1-12 




Mas a pedra rejeitada passa a ser a pedra principal. A história continua.  

Podemos ver nessa parábola um resumo da salvação. Segundo nosso critérios podemos dizer que o nosso Deus comporta de maneira ingenua. Mas não é isso, a verdade é que Deus e suas e seus profetas e o seu filho Jesus não manipulam o poder para realizar os seus objetivos. O que nos incomoda, penso, é que a sua força se revela na fraqueza, na humildade e na obediência até a morte. 

Mas a pedra rejeitada passa a ser a pedra principal. A história continua.

É preciso ficar atento, na ausência de nosso Deus existe a tentação de nos considerarmos donos da fé, da Igreja, dono da outra pessoa, dono do mundo,  numa inexplicável auto-suficiência. Nos tornamos o próprio Deus.

O que estamos fazendo com a vinha? Será que fazemos com a vinha o que bem entendemos, no nosso próprio interesse?

São muitos os que ficam surdos e cegos para tudo que não se encaixa na visão de sua fé. Precisamos atentarmos para não ficarmos vendo a falta de fé somente nos outros, raramente em nós mesmos.  A fé é dádiva. Salvação é para a humanidade.

O que fazemos com a vinha?

O mundo, a sociedade é a vinha. O nosso Deus quer que cuidemos bem e com carinho do Seu mundo, para entregarmos a Ele os frutos de amor, paz, justiça e obediência, conforme o critério de seu Reino.

Más o que vemos, a destruição da sociedade, da economia, da natureza, da política, da humanidade,  a destruição do mundo. Tudo, a terra e a humanidade estão sendo destruídos, como, pela busca do poder, do ter, por exploração, cobiça, injustiça e ódio. 

A mulher e o homem não podem comportar-se como dono.  A autonomia, principalmente sem nenhum critério leva ao fracasso, podendo ser, coletivo e individual.

"Nossa mãe terra, Senhor, Geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós!"

É preciso como nos ensina Papa Francisco "escutar o grito dos que sofrem". É preciso entendermos os apelos proféticos que vozes clamando no deserto deste mundo estão fazendo.

A história continua, depende de nós.

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