26 março, 2020

De um presidente se espera coragem e lucidez. Mas Bolsonaro age de modo inconsequente.


Por Padre Genivaldo Ubinge

De um presidente se espera coragem e lucidez. Mas Bolsonaro age de modo inconsequente.

Como deveria ter agido:

1. Em diálogo com a sua equipe dos ministérios da saúde, economia, comunicação, segurança... deveria ter traçado um plano claro e objetivo no confronto do coronavírus.

2. Reunido-se com estas equipes com os governadores, chefes do legislativo e judiciário. Para tratar deste plano e mobilizar os chefes das unidades federativas em ações conjuntas.

3. Neste plano deveria conter, de acordo com os marcos legais:
- Medidas sanitárias: as atividades que não poderiam parar de forma alguma, antes serem reforçadas; as que poderiam ser diminuídas e as que deveriam parar imediatamente para cumprir distanciamento social,
- Medidas econômicas: para garantir a produção e circulação de suprimentos essenciais a vida e saúde da população; mobilidade e segurança dos profissionais que não podem parar; manutenção e seguro social às famílias de autônomos; apoio às empresas que devem parar atividades e medidas de recuperação econômico.

4. Colocando este plano em prática, o Presidente, como chefe da nação vai a rede nacional para se pronunciar e gerar confiança na população para mobilizar a população no confronto a pandemia.

E o que nós temos?

- Um ministro de saúde que põe em xeque a estratégia que tinha estabelecido com sua equipe;

A população deixada à sua própria sorte e risco, sem nenhuma orientação de como deve proceder;

Uma sensação de desconfiança em relação à capacidade das autoridades no confronto à pandemia.

Um presidente que em seus discursos, empenha-se para se eximir de suas responsabilidades.

Minha pergunta: quem tem contribuído para o pânico e histeria?

Ensaio uma resposta: Bolsonaro!
O mensageiro do caos.


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