23 setembro, 2020

“Onde esta a paróquia? esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa”

“Onde esta a paróquia? esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa”

A celebração do Padroeiro celebrada na segunda feira, dia 21 na paróquia São Mateus Apóstolo de Maringá, foi expressiva. 

Bonita a unidade das 15 Comunidades Eclesiais de Base que compõe a estrutura paroquial.
Alegria como comunidade oferecer um novo padre para a Arquidiocese de Maringá, o Donizeti Ganzá e a alegria da presença de dom Edmar Peron, Bispo de Paranaguá, como ele mesmo brincou na celebração “padre de Maringá”.


A fala do pároco o padre Genivaldo Ubinge causou um grande sentimento de acolhida e de alegria pela caminhada paroquial, constituída desde sua origem, antes mesmo de ser paróquia formada a partir das Comunidades Eclesiais de Base.

“Onde esta a paróquia esta em cada rua em nossos bairros, esta presente nas casas, na vida da pessoa, assistindo os mais frágeis pela enfermidade ou pela pobreza, estando junto com uma palavra de animo e conforto as pessoas que precisam dessa presença, esta ensinando na catequese, esta exortando e ajudando as pessoas a crescer na fé. Rede de Comunidades Eclesiais de Base, que manifestam a força e a presença de Deus, construindo a Igreja e como Igreja servindo o evangelho, testemunhando o amor a Jesus Cristo e manifestando a presença do Reino dos Céus. São Mateus que deixou exemplo a sermos convidados a nos levantarmos, a seguir Jesus, e deixar que Ele nos sustente. Nas comunidades Eclesiais de Base estão presentes todas as pastorais, todos os movimentos e serviços da nossa igreja.

A homilia de Dom Edmar uma ajuda para encorajar a caminhada pastoral na unidade na certeza que somos um povo chamado por Jesus para segui-lo e segui-lo onde Ele deseja ir e não onde nós desejamos ir. “Descobrir como paróquia onde Jesus quer os membros dessa paróquia, junto com quem, com quais pessoas afastadas Jesus deseja estar, é com essas pessoas que a paróquia São Mateus precisa estar em comunhão e sentar-se a mesa. Mesmo com o risco de não ser uma paróquia compreendida.” 
Dom Edmar iniciou a homilia dizendo que Festa do padroeiro não é a festa da comunidade onde esta situada a matriz a paroquial, é a festa da unidade da paróquia, de todas as suas comunidades conjuntamente e disse: 

“Comunhão, primeira expressão da carta de Paulo aos Efésios, caminhar de acordo com a vocação que recebemos. Enquanto paróquia a vocação é comunhão, unidade aplicar-se a guardar a unidade do Espírito pelo vinculo da paz, porque há um só corpo e um só espírito
A respeito dos serviços o bispo disse que se da em unidade com o cotidiano realizado em cada Comunidade e que Jesus capacita e sobre quem é mais importante, explicou:

“Quem é mais importante em cada trabalho? O mais importante é aquele que reconhece que todos nós recebemos a graça na medida em que cristo nos concedeu. Uns apóstolos, outros profetas, outros ainda evangelistas, outros pastores e mestres. Mas Ele capacitou a todos, para edificar o corpo da igreja, o corpo de Cristo.”

O mundo marcado pelo Covid-19, Dom Edmar diz que esta nos ajudando a rever a caminhada, ações e projetos.

“Nossos planos, agendas projetos precisaram ser revistos, isso é uma benção rever as coisas, poder rever o processo que estamos fazendo, rever o sentido de nossa participação na vida eclesial, rever o porquê a gente de fato participa. Por isso mais importante, é com humildade e mansidão ter paciência uns com os outros no amor.”

Entrando no Evangelho o chamado do Apóstolo Mateus explicou que Jesus é que toma a iniciativa de ir ao encontro de Mateus que não estava no templo e nem na sinagoga ouvindo a Palavra. Mateus estava sentado em uma banca cobrando impostos:

“Mateus sentado em uma banca cobrando impostos, servindo aos romanos odiados pelo povo de Israel, porque dominavam, roubavam de seu povo, aquelas riquezas tão necessárias para a vida.”

Dom Edmar abriu parêntese e colocou: “Mudamos de situações políticas, mas não dos roubos e corrupções que continuam a deixar o povo em situações sempre mais difíceis.” Fechou o parêntese.

Voltando para o Evangelho relatou que Mateus era homem mal visto pelo seu povo, considerado gente que não prestava e foi para esse homem que Jesus voltou seu olhar e chamou para segui-lo.

Sobre a resposta do apóstolo Mateus, explicou:

“A resposta a esse chamado não pode ser uma resposta bem elaborada em nossa cabeça, não pode ser algo abstrato, mas muito concreto, nós só respondemos a Jesus de verdade pelas nossas ações. Então o Mateus fez isso, diz o texto do evangelho, que tendo ouvido o chamado de Jesus ele se levantou e seguiu Jesus. Isso para nossa vocação comum, a vida cristã, ser cristã, ser cristão, não pode ser uma vida de belos planos e de palavras bonitas, mas nunca concretizados. Os belos planos e as palavras bonitas só tem sentido quando colocadas em prática. É isso que nos ensina São Mateus, ele não disse uma palavra. Diz o texto que ele não disse nada. Ele realizou o principal gesto de discípulos, do cristão, seguir Jesus Cristo.

Seguir Jesus, seguir Jesus a onde e para onde? Pergunta que devemos nos perguntar, segundo o bispo.

“Importante que nós nos perguntemos seguir Jesus a onde, para onde vai Jesus? E aqui nós encontramos que Jesus foi sentar-se a mesa com a patotinha do Mateus os amigos dele, gente de mau fama, condenada pelos fariseus, pecadores e publicano. Jesus e seus discípulos sentaram a mesa com essas pessoas”.

O desafio descobrir, como paróquia, onde Jesus quer os membros da paróquia vá e esteja. Com quais pessoas afastadas mesmo correndo o risco de não ser compreendido.

Disse o bispo “A pandemia não pode nos retirar o ideal de ir ao encontro das pessoas, nós para celebramos e fazermos nossas reuniões presenciais, estamos tendo muitas dificuldades, temos que selecionar que avaliar se a pessoa esta em condições de voltar a participar. Mas isso não pode nos retirar o principal, somos um povo chamado por Jesus para Segui-lo e Segui-lo onde Ele deseja ir e não onde nós desejamos ir. Descobrir como paróquia onde Jesus quer os membros dessa paróquia, junto com quem, com quais pessoas afastadas Jesus deseja estar, é com essas pessoas que a paróquia são Mateus precisa estar em comunhão e sentar-se a mesa. Mesmo com o risco de não ser uma paróquia compreendida. Isso também se manifestou no evangelho, os fariseus eles criticaram a Jesus perguntando aos discípulos, que mestre é esse mestre de vocês, que mestre é esse que come com os cobradores de impostos e pecadores, será mesmo um mestre e o texto disse que Jesus ouvindo a pergunta ele mesmo respondeu, dizendo que o medico não deve ficar esperando que venha o cheio de saúde mas sim o doente para ser curado.”

O grande problema apresentado por dom Edmar são os que hoje criticam as lideranças da igreja quando se colocam ao lado dos que são por muitos considerados piores.

“O problema não foram os fariseus daquele tempo, o problema são os que hoje criticam as lideranças da igreja quando se colocam ao lado das pessoas piores de seu bairro. Pessoas que estão ali prontas para dizer o que esta certo e o que esta errado, e se esquecem da misericórdia, se esquece do mais importante, Jesus não veio chamar quem se considera gente santa, para essa pessoas o seu orgulho não dá espaço a Jesus ao Evangelho, Jesus veio para quem se reconhece pecador.”

Prosseguindo disse: “Fariseus não conseguem trabalhar com as outras pessoas para na diversidade, edificar a Igreja, o corpo de Cristo, até que todos juntos cheguemos à unidade da fé.”

Explicou Dom Edmar que os enviados, no seguimento de Jesus, acolhendo a sua Palavra, indo onde Ele deseja ir, como nos diz São Lucas, os enviados foram à frente, por onde Jesus deveria passar.

“Então a primeira leitura com o salmo nos diz que acima de tudo como Igreja, Igreja aberta, Igreja missionária o nosso papel é proclamar a palavra como testemunhas. Não proclamar a Palavra porque eu aprendi sobre ela nas formações, proclamar a Palavra porque aprendi vivendo-a e por isso posso dar testemunho da palavra.”

Ressoar pelas palavras e pelas ações “É uma Palavra que nos anima porque Deus vem ao nosso encontro e nos chama, nos sacode para que possamos seguir seus paços nos da o espírito para formemos a unidade, na unidade do amor e da fé e nos tornemos testemunhas de cristo, fazendo com que a Palavra chegue a todo lugar.”

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Efésios 4,1-7.11-13
Salmo 18
Mateus 9,9-13

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