25 novembro, 2020

Vigiar para não procurar a felicidade noutro lugar!

Vigiar para não procurar a felicidade noutro lugar! 

A pessoa vigilante é a que aceita o convite a vigiar não se deixando dominar pelo “sono do desencorajamento”! 

No domingo, inicia um caminho lindo, onde todas e todos são convidados a percorrer, qual caminho é esse, o caminho do Advento, que nos levará no Natal do Menino Deus e nos alerta para a importância da vigilância. 

O Advento é o caminho que nos leva ao encontro com o Senhor que vem ao nosso encontro. Isso é muito bonito. Olha só, o amor do Senhor por nós é tanto que Ele vem ao nosso encontro sempre que nos abrimos para recebê-lo, no tempo do advento é um tempo forte onde fazemos memória da linda história do amor de Deus pela humanidade, enviando-nos seu filho. 

Somos peregrinos, imigrantes deste mundo, estamos de passagem, e no fim dos tempos o Senhor virá, e a espera pelo Senhor não pode ser descomprometida, tem que ser com vigilância “Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento.” (Mc 13,33). 

A pessoa atenta é a que a partir da realidade pensa diferente da lógica do mundo marcada pela indiferença e crueldade, estando atenda não se deixa tomar pela distração, pela vaidade, mas vive de maneira consciente, com uma preocupação voltada antes de tudo aos outros e assim ouvir o apelo na Palavra de Deus que nos questiona, na miséria de um pobre que nos interpela, no pedido de socorro de uma pessoa escravizado, na solidão dos idosos carentes de amor e de afeto, no sofrimento dos doentes, no grito aflito de quem sofre a injustiça e a violência, no olhar dolorido dos imigrantes e refugiados, nos rostos de crianças com fome, nas lágrimas do oprimido. 

A vigilância nos ensina papa Francisco nos leva a ver a indiferença e a crueldade presentes no mundo “e alegrando-se pelos tesouros de beleza que contudo existem e devem ser preservados. Trata-se de ter um olhar de compreensão para reconhecer quer as misérias e as pobrezas dos indivíduos e da sociedade, quer a riqueza escondida nas pequenas coisas de cada dia, precisamente ali onde nos colocou o Senhor.” 

Para Francisco, “pessoa vigilante é a que aceita o convite a vigiar, ou seja, a não se deixar dominar pelo sono do desencorajamento, da falta de esperança, da desilusão; e ao mesmo tempo, rejeita a solicitação de tantas vaidades de que o mundo está cheio e atrás das quais, por vezes, se sacrificam tempo e serenidade pessoal e familiar. É a experiência dolorosa do povo de Israel, narrada pelo profeta Isaías: Deus parecia ter deixado desviar para longe dos seus caminhos o seu povo (cf. 63, 17), mas estes era um efeito da infidelidade do próprio povo (cf. 64, 4b). Também nós encontramo-nos frequentemente nesta situação de infidelidade à chamada do Senhor: Ele indica-nos o caminho bom, o caminho da fé, o caminho do amor, mas nós procuramos a nossa felicidade noutro lugar.” 

“Estar atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a «desviar para longe dos caminhos do Senhor», perdidos nos nossos pecados e nas nossas infidelidades; estar atentos e ser vigilantes são as condições para permitir que Deus irrompa na nossa existência, para lhe restituir significado e valor com a sua presença cheia de bondade e ternura. 

Permanecemos vigilantes.

Eu, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia)

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