Compartilhando para provocar uma partilha!
Em um dos momentos no 15º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Brasil, que foi por regional, partilhar e assumir compromissos, manifestei no Regional Sul II a preocupação ao ouvir a partilha dos compromissos assumidos:
As CEBs precisam assumir:
- As lutas sociais: estar junto e fortalecer as pastorais sociais, os movimentos sociais, conselhos municipais, etc.
- Fortalecer e formar nas comunidades: grupos de reflexões e ciclos bíblicos.
- Ajudar a Igreja a ser sinodal.
- Acolher e envolver as juventudes.
- Ajudar a fortalecer a Pastoral da Juventude.
- Ser Igreja missionária.
- Ser Igreja em saídas as periféricas geográficas e existenciais.
Eu mesmo reforcei que a CNBB precisa nas Diretrizes da CNBB reconhecer as CEBs.
Más precisamos continuar dando motivo para que as CEBs continuem sendo reconhecidas e assumidas.
Partilhei no momento a preocupação com a pergunta:
Quem são as CEBs?
Quem vai assumir esses compromissos?
As CEBs são Igreja. Igrejas não são conjunto de tijolos que unidos por cimento conclui-se na igreja templo. Igreja são as batizadas e os batizados, são pessoas.
As CEBs que estão organizadas em nossas paróquias, são as pessoas que moram em um determinado prédio, condomínio, naqueles conjuntos de quadras/ruas que forma uma CEB.
Ao dizermos que as CEBs precisam assumir os compromissos, estamos dizendo, que essas pessoas precisam assumir e ser as e os protagonistas desses compromissos.
Então transversalmente a todos os compromissos precisa estar a formação da base, porque se não, no próximo intereclesial, os mesmos compromissos serão apresentados para serem assumidos, e ao fazer o ver e o julgar a conclusão é que muito pouco está sendo feito.
A caminhada das CEBs persiste e resiste, apesar de todas as dificuldades e a metodologia popular - ensinar e aprender, refletir, debater e celebrar a caminhada a partir do método Ver, julgar e Agir continua atual, e precisa ser praticado em nossas estruturas: Arq/Dioceses, Paróquias e CEBs (comunidades, setores capelas).
Formar a base (o povo que formam uma CEB) é urgente e necessário. Precisamos no Brasil, nos Regionais, nas Arq/Dioceses formar Formadores e Articuladores das CEBs e para as CEBs. O caminho é multiplicar, esse acredito ser a compreensão, ser o caminho “multiplicar formadores e articuladores”.
Não pode, não dá, é um pecado quase que imperdoável ao invés de assumirmos o que de fato é nosso dever terceirizar para outros. Não que outros não possam fazer, más é compromisso nosso, multiplicar formadores para chegar a base com estudos bíblicos e formações para capacitar as pessoas para assumirem com consciência os compromissos como os partilhados acima.
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