28 abril, 2008

Um prefeito em contramão

O dia primeiro de maio acredito eu ser um dia que nenhuma trabalhadora e nenhum trabalhador deveria trabalhar. É um dia de ir para praça pública, sede de sindicatos, romaria. Firmar seu protesto contra o crime da burguesia.

Mas vejam, querem mudar esta história. Não podemos deixar isso acontecer.

O prefeito da cidade de Maringá, Silvio Barros II e as pessoas ligado a ele, acredito eu diante de tantos fatos absurdos já ocorridos, procuram desviar o sentido desse dia. Seu alvo prejudicar a participação do povo na 19º. Romaria do Trabalhador e da Tralhadora da Arquidiocese de Maringá, que tratará sobre o lema “Felicidade (Feliz-cidade) é escolher a vida”. A Romaria vai abordar problemas vividos pela comunidade da Paróquia São Bonifácio que contempla bairros como o Santa Felicidade, Ipanema, João de Barro. Serão discutidos diversos problemas enfrentados como a violência, pobreza, saúde e educação. A reflexão vai usar como textos base a passagem bíblica dos "Bem-aventurados" e os textos da Campanha da Fraternidade de 2008, além da história da Santa Felicidade.

A estratégia usada pelo prefeito a fim de prejudicar a romaria é a transferência do dia doze para o dia primeiro o show da dupla Hugo Pena e Gabriel, com um quilo de alimento valendo como entrada.

Que vergonha prefeito, transformar esse dia em um show, como se as trabalhadoras e trabalhadores, roubados, enganados, explorados e mal pagos deva transformar esse dia em festança.

A verdade é que o prefeito e as pessoas ligados a ele estão inconformados. Acostumados com seu bom papo e suas estratégias levar a melhor em tudo, esta difícil engolir que não conseguiu manipular a Igreja Católica, após tentativa ao explicar o PAC Santa Felicidade para o clero. (O PAC Santa Felicidade é um recurso que a administração pública da cidade de Maringá conseguiu do governo federal usando de mentiras, como já de conhecimento).

Como é bom ver que a pratica profética de nossa igreja vem incomodando.

Uma Igreja Samaritana a serviço da vida.
“Viu, sentiu compaixão, aproximou-se e curou as feridas...” (Lc 10,33-34)

O dia mundial do trabalho foi criado em 1889 porque aconteceu uma greve geral em primeiro de maio de 1986, em Chicago. Milhares de trabalhadoras e trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada do trabalho de 13 para 8 horas. Esse movimento não foi pacifico. Num comício de protesto contra a violência da autoridade, a polícia reagiu, redobrou a violência e 10 pessoas foram mortas, mesmo assim a classe dominante não ficou satisfeita, então, pregaram um processo contra aqueles que mais se destacaram no movimento. Três foram condenados a trabalhos forçados e cinco à pena de morte. Um deles suicidou-se. Os outros quatro foram executados na manhã do dia 11/11/1887 (mais tarde, revendo o processo eles foram considerados inocentes).

Lucimar Moreira Bueno (Lucia)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Lúcia, vou copiar do seu texto a parte que conta a História do Dia 1º para usar em um texto que estou fazendo para encaminhar para a CNBB.

Colocarei créditos viu. Hehehehe...


;)


Beijos
Caroline Rocha